Bolsa
A principal empresa exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil, a Embraer Executive Jets (EMBR3), anunciou hoje a assinatura de um acordo com o grupo americano de aviação privada Flexjet.
Avaliado em US$ 7 bilhões, o acordo entre as duas companhias inclui a troca de 182 aeronaves e 30 opções de compra de modelos como Praetor 600, Praetor 500 e Phenom 300E, além de um pacote de serviços e suporte.
Esse é o maior pedido feito pela Flexjet nos últimos 30 anos, mas como isso pode impactar a cotação futura da Embraer na bolsa brasileira?
A primeira reação do mercado financeiro veio rapidamente. Na manhã desta quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025, as ações da EMBR3 subiram quase 9% antes das 11h, atingindo R$ 62 por ação.
Esse aumento na cotação após o acordo fechado hoje ajudará, sem dúvida, a divulgação dos números trimestrais da empresa, prevista para 27 de fevereiro, antes da abertura dos mercados brasileiros. Apesar do impacto positivo do acordo, o resultado financeiro já era esperado pelos investidores brasileiros: as ações da EMBR3 são vistas como um dos principais ativos da B3, pois ajudam a proteger contra a desvalorização do real, já que a empresa tem a maior parte de sua receita denominada em dólares.
Espera-se que a ação tenha uma taxa interna de retorno (TIR) de aproximadamente 13% em dólares, sem considerar os segmentos de aviação comercial, defesa e a unidade de veículos voadores da Eve. Com essas divisões, a rentabilidade pode atingir 20%.
Segundo diversos analistas do mercado financeiro brasileiro, há vários fatores que sustentam a valorização prolongada das ações da EMBR3:
Além desses fatores que tornam a Embraer uma empresa atraente para investidores de diversos perfis, a companhia brasileira ainda possui uma vantagem competitiva importante em relação às suas concorrentes Boeing e Airbus: a capacidade de entregar aeronaves mais rapidamente do que seus concorrentes diretos.
Abaixo, uma comparação entre as ações da Embraer (EMBR3) e outras grandes empresas do setor aeronáutico:
Empresa | Código na Bolsa | Preço Atual (R$) | Variação Anual (%) | Receita Anual (US$ Bi) | Margem de Lucro (%) | |||||
Embraer | (EMBR3) | 62,00 | +18,5% | 6,5 | 7,2% | |||||
Boeing | BA (NYSE) | 980,00 | +12,3% | 78,5 | 5,1% | |||||
Airbus | AIR (Euronext) | 155,00 | +14,8% | 75,0 | 8,3% | |||||
Lockheed Martin | LMT (NYSE) | 2.150,00 | +9,7% | 66,0 | 10,5% |
A Embraer apresenta ótima valorização anual e boa margem de lucro, além de ser uma das principais exportadoras do Brasil. Em relação às gigantes Boeing e Airbus, a empresa se destaca pelo tempo de entrega reduzido e pela foco em jatos executivos e aeronaves de médio porte, um nicho diferenciado no setor.
O JP Morgan destacou quatro pontos que fazem deste acordo um divisor de águas para a Embraer (EMBR3), que fechou 2024 como a melhor ação do Ibovespa, com uma impressionante valorização de 150% no ano.
A primeira razão está no fortalecimento da aviação executiva, segmento que, depois dos serviços, é o mais rentável da empresa. Nos últimos 12 meses, a margem Ebit do setor foi de 14%, e um pedido deste porte só reforça sua importância estratégica.
Outro fator relevante é a redução do risco de uma desaceleração de curto prazo, uma preocupação constante dos investidores. O anúncio chega como uma resposta direta a essa incerteza, garantindo mais previsibilidade para os próximos anos.
Além disso, o contrato serve como uma validação da qualidade dos jatos da Embraer. Se a Flexjet, um dos maiores nomes da aviação privada mundial, aposta nesse volume de aeronaves, é porque vê na fabricante brasileira um diferencial competitivo sólido.
Por fim, o JP Morgan chama atenção para as margens mais atraentes do negócio. O pedido implica um preço médio de US$ 33 milhões por aeronave, um valor significativamente superior ao do último contrato com a NetJets, que girava em torno de US$ 20 milhões, focado apenas no Praetor.
Com esses elementos combinados, o impacto na cotação da EMBR3 pode ser ainda mais expressivo, consolidando a empresa como uma das grandes vencedoras do setor no mercado financeiro.
A parceria entre Embraer e Flexjet não é nova. Sua origem remonta a 2003, quando a então Flight Options (empresa que se fundiu com a Flexjet em 2015) tornou-se a primeira operadora de propriedade compartilhada a incorporar o jato Legacy Executive à sua frota.
Desde então, a empresa americana já recebeu mais de 150 aeronaves da Embraer, segundo Michael Silvestro, CEO da Flexjet.
"Estamos muito satisfeitos com o renovado compromisso da Flexjet com a Embraer por meio deste amplo acordo de compra, que reforça ainda mais nossa parceria estratégica de mais de 20 anos", disse Michael Amalfitano, CEO da Embraer Executive Jets.
Em 2003, a Flexjet tornou-se a primeira cliente de frota dos jatos Praetor da Embraer Executive Jets. Essa relação continua forte e, 22 anos depois, a empresa americana adiciona à sua frota a nova geração do Phenom 300E, ampliando sua carteira de serviços para a aviação privada, conforme comunicado oficial da empresa.
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