Bolsa
Para escrever esta coluna eu queria comprar um café. Um pouco de cafeína para me concentrar parecia completamente racional para mim.
Fui até a loja mais próxima, certifiquei-me de que vendiam americanos e comecei a pagar. US$ 1.500 para o médio ou US$ 1.700 para o grande. Dobrar o café por US$ 200? Decisão fácil.
Sem saber, deixei de ser racional e caí num dos preconceitos mais utilizados pelo mundo do marketing. Acho que vale a pena aprender mais sobre as formas pelas quais deixamos de ser racionais, porque elas podem ter um efeito importante nas nossas finanças. Vamos conhecer os preconceitos mais comuns e aprender o que podemos fazer para que não nos preguem peças.
O ano de 2024 será uma âncora para muitos novos investidores. O preconceito de ancoragem nos leva a confiar demais na primeira informação que recebemos sobre um tópico.
2023 foi um ano atípico, em que os mercados em geral tiveram um ano mau. Para quem estava no primeiro ano, provavelmente ficará com a sensação de que “investir não vale a pena” por muito tempo.
Para evitar que isso aconteça conosco no futuro, temos que tentar sair da situação inicial. Seja paciente e confie no longo prazo. É assim que alcançaremos os retornos que temos visto historicamente!
Como diz o ditado: “Depois da guerra, somos todos generais”. O que parece óbvio hoje era pura incerteza na época. A ilusão de controle nos faz pensar que afetamos mais as nossas situações do que realmente o fazemos.
É importante nos investimentos, porque algumas coincidências positivas podem nos fazer pensar que “descobrimos o segredo para vencer sempre o mercado”. Mais cedo ou mais tarde voltaremos à realidade, quando a sorte não estiver mais do nosso lado.
Para evitar esse preconceito, temos que racionalizar as decisões que queremos tomar com os nossos instintos. O que a história diz? O que dizem os números? O que mais poderia explicar o que está acontecendo? Temos que pensar como cientistas, o mais humilde dos cientistas.
Antes, a maioria das pessoas ficava sabendo o que acontecia no mundo, nos jornais, nos noticiários ou no rádio. Embora existissem canais diferentes, as informações eram semelhantes.
Hoje o mais comum é saber o que acontece no dia a dia pelas redes sociais. Cada rede social possui um algoritmo que recomenda conteúdos específicos para cada usuário. O algoritmo nos mostra o que gostamos e acreditamos que o mundo é assim. O viés de confirmação descreve nossa tendência de perceber, perceber e acreditar em mais evidências que apoiem nossas crenças.
Por exemplo, há algum tempo pesquisei os benefícios de um suplemento dietético. Dos cinco comentários que li dos usuários, fiquei com a pessoa que estava mais feliz e resolvi o problema que procurava.
Contrariar este preconceito significa ir contra os nossos princípios. Buscar ativamente conteúdos dos quais discordamos e procurar os méritos do lado oposto.
Este é talvez o preconceito mais importante que você lerá hoje. Foi em parte por isso que Daniel Kahneman e Amos Tversky ganharam o Prémio Nobel de Economia como psicólogos. Também é o mais fácil de explicar. O viés da aversão à perda explica por que perder é duas vezes mais doloroso do que quando ganhamos.
No mundo dos investimentos, esse viés muitas vezes faz com que optemos por investimentos menos arriscados, devido ao “medo de perder”. Poderíamos estar deixando dinheiro na mesa. Nós nos aprofundamos nisso diferenciando as economias de investimento.
Para combater o preconceito, podemos tentar mudar a forma como apresentamos os resultados possíveis, tirando a ênfase dos ganhos ou das perdas. Além disso, ao tomar a decisão, podemos nos colocar no pior cenário possível e ver como isso afeta a nossa decisão.
Em teoria, o dinheiro é fungível. Em outras palavras, US$ 1.000 em uma nota equivalem a uma conta bancária ou em qualquer outro formato. Dinheiro é dinheiro.
O viés contábil mental ocorre quando nosso cérebro atribui um valor subjetivo ao dinheiro, muitas vezes violando princípios econômicos básicos.
Voltando ao nosso querido café. Pagar US$ 200 a mais parecia “nada”, mas se eu estivesse no supermercado e visse duas marcas de café com uma diferença de US$ 200 pesos, muitas vezes escolheria a mais barata, porque esses US$ 200 são importantes para mim.
Espero que depois destes exemplos e explicações você concorde que nem sempre somos racionais. Quando se trata de dinheiro, eu diria que na maioria das vezes NÃO somos racionais. O bom é que quanto mais estudarmos esses efeitos, mais preparados estaremos para não cair nas mesmas velhas armadilhas.
Se você quiser continuar pesquisando sobre este tema, recomendo o livro “Thinking Fast, Thinking Slow” de Kahneman e Tversky, onde eles explicam os experimentos que os levaram a descobrir vários dos preconceitos que você leu acima.
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