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Top 5 stablecoins que você deveria conhecer

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O dólar americano continua sendo uma referência chave para poupança e investimentos, especialmente quando há incerteza ou expectativas de inflação. No entanto, comprar dólares físicos ou transferir dinheiro para contas no exterior nem sempre é tão fácil ou conveniente quanto parece.

Entre restrições bancárias, custos de transferências internacionais e a burocracia dos bancos, cada vez mais brasileiros olham para as stablecoins como uma forma prática de ter dólares digitais no bolso, sem sair do país ou passar por casas de câmbio tradicionais.

E faz sentido. Essas criptomoedas estão ancoradas ao valor do dólar (em uma proporção de 1:1) e operam em redes blockchain que permitem transações rápidas, globais e sem intermediários bancários.

Quais são as vantagens das stablecoins em relação ao dólar físico?

CaracterísticaStablecoinsDólares físicos
Volatilidade de preçoPodem variar se houver dúvidas sobre o respaldo da empresa emissora.É uma moeda estável, embora possa ser afetada por decisões macroeconômicas.
Velocidade nas transaçõesPagamentos e envios quase instantâneos de qualquer parte do mundo.Internacionalmente pode demorar dias, dependendo do canal utilizado.
ComissõesGeralmente baixas, variam conforme a rede utilizada.Trocar pesos por dólares implica custos bancários ou diferenciais em casas de câmbio.
AcessibilidadeSão geridas a partir de apps móveis, sem necessidade de conta bancária nos EUA.Transportar ou acessar dólares físicos pode ser complicado ou limitado.
RegulaçãoFalta de regulamentação clara no Brasil.Totalmente regulamentado pelo Federal Reserve nos EUA.

1. USDT da Tether

USDT é a stablecoin com maior presença global. Desde 2014, ganhou popularidade graças à sua liquidez e ao fato de operar em múltiplas blockchains (Ethereum, Tron, Solana, entre outras). Hoje, ocupa o terceiro lugar entre as criptomoedas mais capitalizadas, apenas abaixo de Bitcoin e Ethereum.

No Brasil, é possível comprar USDT através de exchanges como Binance, ou por meio de plataformas peer-to-peer como Paxful ou LocalCryptos.

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Prós

  • É uma das stablecoins mais estáveis do mercado, ideal frente à volatilidade de outras criptomoedas.
  • Alta liquidez: pode ser comprado e vendido facilmente nas principais exchanges.
  • Opera em múltiplas blockchains, o que permite transações rápidas e taxas variáveis dependendo da rede.

Contras

  • Enfrenta riscos regulatórios significativos, especialmente por parte de autoridades governamentais.
  • Existem dúvidas sobre se a Tether mantém reservas suficientes para respaldar todos os USDT em circulação.
  • Não é uma criptomoeda descentralizada, por isso depende da confiança na empresa emissora.

2. USDC da Circle

USDC é a stablecoin impulsionada pela empresa Circle, com apoio da Coinbase. É a principal concorrente da Tether e ganhou peso em mercados regulados como Europa e EUA.

No Brasil, você pode acessar USDC na Binance, CryptoMarket, e outras exchanges que aceitam depósitos via transferência bancária local ou cartões.

Prós

  • Tem uma grande compatibilidade com protocolos DeFi, facilitando empréstimos, trocas e mais.
  • Conta com alta liquidez e adoção por ser a segunda stablecoin mais popular do mercado.

Contras

  • É altamente centralizada: Circle pode bloquear endereços e congelar fundos.
  • Depende de instituições bancárias para respaldar e resgatar os tokens.
  • Apenas a Circle tem a capacidade de emitir ou destruir unidades de USDC.

3. DAI da MakerDAO

DAI é ideal se você prefere evitar a dependência de bancos ou empresas. É uma stablecoin colateralizada em criptomoedas como Ethereum, e não tem respaldo direto em dólares físicos. Seu funcionamento é mais complexo: cada token DAI é emitido a partir de um colateral depositado em contratos inteligentes.

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Isso sim, essa arquitetura permite operar de forma totalmente autônoma e sem censura. No Brasil, DAI está disponível em exchanges como Binance, CryptoMarket, Kraken e através de plataformas DeFi como Oasis.app.

Prós

  • É descentralizada, não depende de bancos nem empresas, o que evita censura ou controle por terceiros.
  • Permite interagir com múltiplas aplicações DeFi no Ethereum, incluindo pagamentos e empréstimos.
  • Não depende da confiança em uma empresa, o que a torna mais segura em comparação com outras stablecoins centralizadas.

Contras

  • Depende do ether como principal ativo de garantia, por isso seu valor é afetado por sua volatilidade.
  • Possui maior complexidade técnica ao requerer o uso de contratos inteligentes.
  • Está exposta ao risco de colateralização, o que pode causar perda de paridade com o dólar em momentos de alta volatilidade.

4. USDe de Ethena

USDe é uma stablecoin mais recente, lançada em 2024 pelo protocolo Ethena. Sua particularidade está em que não só busca manter o valor 1:1 com o dólar, mas também pode gerar rendimento por meio de contratos de futuros. Está projetada para funcionar sem a necessidade de bancos ou emissores centralizados, com uma estrutura focada em contratos inteligentes e garantias colateralizadas.

Prós

  • Introduz um modelo inovador baseado em criptomoedas e posições curtas em futuros para oferecer estabilidade e desempenho.
  • Utiliza contratos inteligentes que permitem automação, descentralização e maior transparência.
  • Conta com uma comunidade ativa que impulsiona seu desenvolvimento e adoção.

Contras

  • Está exposta a riscos derivados do mercado, o que pode afetar sua estabilidade diante da volatilidade em preços ou futuros.
  • Pode enfrentar desafios regulatórios por seu componente especulativo e inovador.
  • Por estar no Ethereum, suas transações podem implicar em comissões elevadas.

5. TrueUSD (TUSD)

TUSD foi uma das primeiras stablecoins a implementar auditorias abertas e provas de reserva em tempo real. Opera sobre blockchains como Ethereum, BNB Chain, Tron e outras. No Brasil, pode ser comprada na Binance ou transferida de outros exchanges internacionais.

Embora não tenha tanto uso quanto USDT ou USDC, continua sendo uma opção atraente para quem valoriza a rastreabilidade.

Prós

  • Destaca-se por sua transparência, com auditorias regulares que respaldam cada token com dólares reais.
  • É aceita em exchanges importantes como Binance, o que facilita seu uso.
  • Sua regulamentação gera confiança para aqueles que buscam estabilidade e segurança em transações.

Contras

  • Depende do sistema bancário tradicional, o que pode afetar sua descentralização e estabilidade.
  • Está exposta a mudanças regulatórias que podem impactar seu funcionamento.
  • Compete com stablecoins mais consolidadas como USDT e USDC, o que pode limitar sua adoção.

Vale a pena comprar stablecoins no Brasil?

Enquanto o dólar continua sendo um refúgio clássico, as stablecoins oferecem velocidade, menor fricção e acesso 24/7 a partir do celular. No entanto, é importante ter em mente que o Brasil já possui um marco legal para ativos virtuais, mas ainda não regulamentou de forma específica as stablecoins, portanto, qualquer operação deve ser feita com responsabilidade, usando plataformas confiáveis e entendendo os riscos.

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Se você está buscando resguardar valor, enviar dinheiro para o exterior ou começar a investir em cripto sem assumir a volatilidade de moedas como Bitcoin ou Ethereum, as stablecoins são um excelente ponto de partida.

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