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Você sabe o que são os Altcoins?
No Brasil, o ecossistema cripto evoluiu além do Bitcoin. Hoje existem milhares de moedas digitais conhecidas como altcoins, cada uma com funções, propósitos e níveis de adoção distintos.
Neste guia, explicamos o que são as altcoins, os diferentes tipos que existem, quais dominam o mercado por capitalização e em que se diferenciam tanto do Bitcoin quanto das populares memecoins.
O que é uma altcoin?
A palavra altcoin surge da combinação de “alternative” e “coin”, e é usada para se referir a qualquer criptomoeda que não seja Bitcoin. Ou seja, todo o universo de criptos que surgiu após o BTC entra nesta categoria.
Embora no início muitas altcoins fossem apenas cópias com pequenos ajustes, hoje representam uma evolução tecnológica dentro do mundo blockchain. Algumas buscam processar transações mais rapidamente, outras focam seu desenvolvimento em contratos inteligentes, em privacidade, ou até mesmo em aplicações descentralizadas (dApps).
Em poucas palavras: as altcoins estão tentando resolver limitações do Bitcoin ou abrir novas possibilidades que o BTC não cobre.
Quais características tem uma altcoin?
Embora cada uma tenha seu próprio foco, a maioria das altcoins compartilha várias características-chave. Você está interessado em saber em que se diferenciam do clássico Bitcoin? Vamos desmembrar isso.
- Descentralização: assim como o Bitcoin, muitas altcoins funcionam em redes blockchain descentralizadas. Mas atenção: a descentralização não é igual em todas. Algumas oferecem maior controle comunitário, outras são mais centralizadas do que parecem. Por isso, é importante revisar bem a tecnologia por trás de cada projeto antes de investir.
- Transações mais rápidas: um dos motivos pelos quais várias altcoins surgiram foi para melhorar a velocidade do Bitcoin. Por exemplo, muitas altcoins confirmam transações em segundos, enquanto no Bitcoin o processo pode demorar vários minutos. Isso se traduz em envios mais rápidos e eficientes, algo que para muitas pessoas é crucial se buscam movimentar dinheiro frequentemente.
- Volatilidade: a volatilidade no preço é parte do DNA das altcoins. Para quem investe a partir do Brasil, isso significa que há tanto oportunidades quanto riscos significativos. De fato, algumas altcoins têm movimentos de preço mais bruscos que o próprio Bitcoin ou até mais extremos do que os que vemos no mercado de ações, títulos ou moedas.
- Casos de uso específicos: nem todas as altcoins buscam ser uma moeda. Muitas são projetadas para resolver problemas concretos. Por exemplo:
- Ethereum permite criar contratos inteligentes.
- Monero é destinada a quem busca privacidade total.
- Outras altcoins servem para jogar, investir, tokenizar ativos ou até mesmo para votar dentro de suas próprias redes.
- Novos modelos de consenso: Bitcoin usa o sistema de prova de trabalho (PoW), que requer uma grande capacidade de computação. Mas muitas altcoins adotaram esquemas diferentes como a prova de participação (PoS) ou prova de autoridade (PoA), que consomem menos energia e são mais escaláveis.
Para que serve uma altcoin?
Além de ser uma “alternativa ao Bitcoin”, muitas altcoins têm propósitos bem definidos. Aqui estão alguns exemplos comuns que já estão ativos no mercado brasileiro e global:
- Meio de troca: assim como o Bitcoin, várias altcoins podem ser usadas como forma de pagamento em comércios, plataformas digitais ou serviços internacionais. Isso é útil se você busca rapidez, comissões baixas ou maior privacidade.
- Contratos inteligentes e dApps: projetos como Ethereum ou Solana permitem a criação de aplicações descentralizadas (dApps) que operam sem intermediários. Isso revolucionou setores como:
- A arte digital (com NFTs)
- Os videogames baseados em blockchain
- Privacidade: criptos como Monero ou Zcash são projetadas para que ninguém possa rastrear suas transações. Se a privacidade é importante para você, essas altcoins são uma opção a considerar.
- Tokenização de ativos reais: algumas altcoins permitem representar ativos do mundo físico (casas, terrenos, ações) em formato digital. Assim, você pode dividir a propriedade de um bem e facilitar sua compra e venda sem intermediários caros.
Tipos de altcoins: qual te interessa mais?
No ecossistema cripto, nem tudo é Bitcoin e Ethereum. Existem diferentes tipos de altcoins, cada uma com propósitos, tecnologias e níveis de risco distintos. Já sabe qual se ajusta melhor ao seu perfil como investidor? Aqui explico os tipos de altcoins mais comuns que você pode encontrar hoje no mercado:
| Layer 1 / Tokens de plataforma | Criptos que operam em sua própria rede blockchain e permitem desenvolver outras aplicações sobre elas. | Ethereum (ETH), Cardano (ADA), Solana (SOL) | Criar contratos inteligentes, dApps, e lançar outros tokens. | ||||
| Tokens de utilidade | Usados dentro de um ecossistema para acessar serviços, pagar comissões ou ter benefícios exclusivos. | Binance Coin (BNB) | Descontos, acesso a funções premium ou participação em redes como Binance Smart Chain. | ||||
| Tokens de governança | Permitem votar em decisões chave do protocolo, como atualizações, mudanças técnicas ou novas regras. | Uniswap (UNI), Aave (AAVE) | Participação no rumo do projeto descentralizado. | ||||
| Tokens de privacidade | Projetados para realizar transações anônimas e não rastreáveis. | Monero (XMR), Zcash (ZEC) | Privacidade total em transferências, ideal para usuários que priorizam o anonimato. | ||||
| Stablecoins | Criptomoedas vinculadas ao valor de ativos estáveis como o dólar ou o ouro, para evitar a volatilidade. | USDT, USDC, PAXG, XAUT | Refúgio de valor, ideal para enviar dinheiro ou proteger capital em momentos de alta volatilidade. | ||||
| Memecoins | Tokens sem um valor técnico sólido, mas que ganham popularidade por memes, comunidades ou campanhas virais. | Dogecoin (DOGE), Shiba Inu (SHIB) | Especulação e oportunidade de ganhos rápidos, com alto risco. |
| Tipo de Altcoin | Descrição | Exemplos | Uso ou Benefício Principal |
|---|---|---|---|
| Layer 1 / Tokens de plataforma | Criptos que operam em sua própria rede blockchain e permitem desenvolver outras aplicações sobre elas. | Ethereum (ETH), Cardano (ADA), Solana (SOL) | Criar contratos inteligentes, dApps, e lançar outros tokens. |
| Tokens de utilidade | Usados dentro de um ecossistema para acessar serviços, pagar comissões ou ter benefícios exclusivos. | Binance Coin (BNB) | Descontos, acesso a funções premium ou participação em redes como Binance Smart Chain. |
| Tokens de governança | Permitem votar em decisões chave do protocolo, como atualizações, mudanças técnicas ou novas regras. | Uniswap (UNI), Aave (AAVE) | Participação no rumo do projeto descentralizado. |
| Tokens de privacidade | Projetados para realizar transações anônimas e não rastreáveis. | Monero (XMR), Zcash (ZEC) | Privacidade total em transferências, ideal para usuários que priorizam o anonimato. |
| Stablecoins | Criptomoedas vinculadas ao valor de ativos estáveis como o dólar ou o ouro, para evitar a volatilidade. | USDT, USDC, PAXG, XAUT | Refúgio de valor, ideal para enviar dinheiro ou proteger capital em momentos de alta volatilidade. |
| Memecoins | Tokens sem um valor técnico sólido, mas que ganham popularidade por memes, comunidades ou campanhas virais. | Dogecoin (DOGE), Shiba Inu (SHIB) | Especulação e oportunidade de ganhos rápidos, com alto risco. |
Quais são as altcoins mais valiosas por capitalização de mercado?
Embora o Bitcoin continue sendo o gigante do ecossistema cripto, o mercado de altcoins cresceu de forma impressionante. No Brasil, cada vez mais investidores estão de olho em outras criptomoedas com projetos sólidos, funcionalidades distintas e oportunidades de investimento interessantes.
Segundo dados recentes do CoinMarketCap, este é o top de altcoins com maior capitalização de mercado (excluindo o Bitcoin):
| Ethereum | ETH | - Segunda maior cripto - Base de contratos inteligentes e dApps - Popular no Brasil para diversificação | |||
| Tether | USDT | - Stablecoin atrelada ao dólar - Refúgio contra volatilidade - Usada para trading e transferências entre exchanges | |||
| Solana | SOL | - Blockchain rápida e barata - Baixo custo e alta escalabilidade - Usada em NFTs, gaming e DeFi | |||
| Binance Coin | BNB | - Usada para taxas, staking e dentro da BSC - Alta adoção no Brasil - Versátil e comum entre os usuários da Binance local |
| Altcoin | Símbolo | Puntos clave |
|---|---|---|
| Ethereum | ETH | - Segunda maior cripto - Base de contratos inteligentes e dApps - Popular no Brasil para diversificação |
| Tether | USDT | - Stablecoin atrelada ao dólar - Refúgio contra volatilidade - Usada para trading e transferências entre exchanges |
| Solana | SOL | - Blockchain rápida e barata - Baixo custo e alta escalabilidade - Usada em NFTs, gaming e DeFi |
| Binance Coin | BNB | - Usada para taxas, staking e dentro da BSC - Alta adoção no Brasil - Versátil e comum entre os usuários da Binance local |
1. Ethereum (ETH)
Conhecida como a rainha das altcoins, Ethereum se mantém firme como a segunda criptomoeda mais importante do mundo. Por quê? Porque é a plataforma base onde são construídos a maioria dos contratos inteligentes e aplicações descentralizadas (dApps).
Muitos projetos de finanças descentralizadas (DeFi), NFTs, jogos blockchain e novos tokens operam dentro de sua rede.
👉 Bitcoin (BTC) vs Ethereum (ETH): qual é mais vantajoso?
2. Tether (USDT)
USDT é a stablecoin mais utilizada a nível mundial, e no Brasil também tem alta adoção. Seu valor está vinculado ao dólar americano, por isso serve como um refúgio frente à volatilidade cripto.
Muitos traders brasileiros a usam para guardar valor, fazer trading com menor risco, ou mover capital entre exchanges sem sair para o sistema bancário tradicional.
3. Solana (SOL)
Solana ganhou relevância por oferecer uma blockchain com alta velocidade, baixo custo de transação e boa escalabilidade. Assim como Ethereum, permite desenvolver dApps e contratos inteligentes, mas seu grande atrativo é que faz isso de forma mais rápida e barata.
Além disso, tem captado atenção em setores como os NFTs, gaming e DeFi, com um ecossistema que não para de crescer.
4. Binance Coin (BNB)
BNB nasceu como um token dentro da exchange Binance, mas hoje tem muitos usos: pagar comissões, participar em lançamentos de novos projetos, fazer staking, e operar dentro da Binance Smart Chain (BSC).
Se você usa Binance do Brasil, com certeza já se deparou com BNB mais de uma vez. Sua versatilidade o tornou uma das altcoins com mais adoção real.
Outras altcoins populares que vale a pena acompanhar de perto
A seguir, deixo uma lista com outras criptomoedas importantes que também figuram no top global por capitalização. A ordem pode variar, mas todas são projetos conhecidos por sua comunidade, tecnologia ou volume de operações:
- USD Coin (USDC)
- Toncoin (TON)
- Shiba Inu (SHIB)
- Chainlink (LINK)
- Dai (DAI)
- Near Protocol (NEAR)
- Sui (SUI)
- Aptos (APT)
- Uniswap (UNI)
Vantagens e riscos que você deve considerar antes de investir em altcoins
Prós
- Inovação tecnológica: Muitas altcoins são projetadas para superar as limitações do Bitcoin, seja em escalabilidade, velocidade, privacidade ou interoperabilidade.
- Diversificação: Investir em diferentes altcoins pode ajudá-lo a não depender exclusivamente do preço do Bitcoin. É uma estratégia comum entre traders brasileiros que buscam equilibrar seu portfólio.
- Potencial de ganhos rápidos: Com preços baixos e capitalizações menores, algumas altcoins podem multiplicar seu valor em pouco tempo... embora também possam despencar igualmente rápido.
Contras
- Maior volatilidade: As altcoins são menos estáveis que o Bitcoin. Podem subir ou descer de preço drasticamente em questão de horas.
- Incerteza do projeto: Muitas altcoins estão em fase beta, com roteiros pouco claros ou sem uma comunidade forte que as apoie.
- Falta de regulamentação: No Brasil, e em geral na América Latina, não há uma regulamentação clara para todas as criptos, o que abre a porta para fraudes ou esquemas duvidosos.
- Dependência do hype: Muitas altcoins (e especialmente memecoins) são impulsionadas pela moda, não por valor real. Quando o hype passa, o preço também.
