Bolsa
Em macroeconomia, existem conceitos que são de suma importância e é fundamental ter conhecimento deles para entender melhor o ambiente de investimento em um país e as variáveis que o afetam.
Neste artigo, abordamos o tema da Deflação, a definição, os tipos de deflação que existem, as causas e consequências desta na economia e como ela pode ter efeitos na economia e no investimento. Este tema é um princípio fundamental para aqueles que não têm claro o conceito aprendam o que é e como devem levar em conta seus efeitos na economia e nos mercados financeiros.
A deflação é definida como a queda do índice geral de preços ao consumidor. O conceito de deflação equivale a uma taxa de inflação negativa. Ocorre quando há uma queda geral e contínua dos preços da economia.
A deflação tem sido associada a recessões e crises econômicas e financeiras, segundo o FMI, para que haja deflação, a queda dos preços deve ocorrer por pelo menos dois semestres consecutivos.
Uma das características mais evidentes da deflação é que está em um ciclo negativo, embora de certa forma inicialmente isso não signifique que esteja em deflação.
Outra característica é que a renda na economia se deprime e a demanda se enfraquece e tende a se deteriorar. Também se especula na hora de comprar, considerando que os preços continuarão caindo, então é provável que os consumidores decidam esperar um pouco para comprar.
Diante do comportamento negativo na economia, com a redução da demanda, muitas empresas talvez fiquem sem vender seus produtos, o que leva à possibilidade de congelar salários e, em seu defeito, realizar demissões para compensar a perda de dinheiro devido à queda dos preços e dos volumes de vendas.
Na deflação ocorre uma superabundância de bens que provoca uma saturação no mercado, pois também não há dinheiro suficiente em circulação para realizar compras.
No período de deflação, as empresas podem acabar tendo um grande inventário de existências do bem que produzem, superando a demanda dos consumidores, forçando ainda mais a baixar os preços para atrair novos compradores.
De acordo com a forma como é apresentada, existem vários tipos de deflação:
Não existe um único tipo de deflação. A seguir, veremos os diferentes tipos de deflações que existem:
A deflação dos preços é um fenômeno que muitas vezes pode ocorrer quando no mercado há uma oferta de bens e serviços maior que a demanda, ou seja, os ofertantes para poderem vender os produtos são forçados a diminuir os preços dos produtos. As causas da deflação em uma economia são variadas e normalmente são apresentadas por fatores econômicos e políticos, entre os quais se incluem os seguintes:
Uma vez determinada a deflação, surgem as consequências desta, estabelecidas por:
Consciente de que a deflação é talvez um período de dificuldade para a economia, poderia se analisar que as desvantagens são maiores que as vantagens, no entanto, embora em menor proporção, ambas coexistem.
Esta ajuda a equilibrar os aumentos de preços se estes foram muito elevados, também pode incentivar a poupança dos consumidores se de alguma forma os salários não diminuírem, ou seja, se mantêm e com isso aumenta o poder de compra. Ao baixar os preços de todos os produtos do mercado, o salário real dos consumidores aumenta.
Compensa-se os desajustes dos ciclos econômicos e de aumentos de preços muito elevados. A explicação é que como consequência dos ciclos expansivos, algumas economias muitas vezes produzem aumentos elevados de preços, o que favorece os vendedores, enquanto que quando ocorre a deflação, há um ajuste de preços que tende ao equilíbrio, favorecendo os compradores.
A queda de preços é um fenômeno grave pois faz com que a economia estagne, o que provoca cada uma das consequências mencionadas neste artigo.
A deflação pode criar ou endurecer recessões, o que provoca crises econômicas de longa duração.
De acordo com a definição, a deflação é o oposto da inflação, pois a primeira é uma conjuntura de preços baixos e a inflação é uma situação de preços altos.
Em termos gerais nenhuma das duas coisas é boa para qualquer economia, pois o ideal é buscar um equilíbrio entre qualquer uma das duas situações, ou seja, que não haja preços altos nem baixos, razão pela qual os bancos centrais de cada país procuram ter inflações normalizadas que oscilam entre 2% a 4%, pois muitos consideram que é melhor ter uma inflação do que uma deflação.
Diante de uma conjuntura econômica de deflação existem instrumentos econômicos para poder contrariar, como a política monetária e, em seu defeito, a fiscal. Sendo neste caso uma mais efetiva que a outra. Pois a ideia consiste em incentivar o consumo e reativar a demanda, também se podem reduzir os impostos e aumentar o gasto público para tentar gerar mais emprego como parte da política fiscal.
Política fiscal: a medida é estabelecida com um aumento do gasto público, uma redução dos impostos e um aumento das transferências. Também se pode incentivar colocando nas mãos dos privados mais dinheiro para gastar.
Há medidas que se aplicam para sair da deflação, mas também existem medidas que se desenvolvem como mecanismo para evitar ou diminuir a probabilidade de sua ocorrência.
Por exemplo, o desenvolvimento de projetos para criar postos de trabalho, é outra medida para combater a deflação, pois esta medida pode aumentar o poder aquisitivo e desta maneira se pode estimular um maior consumo de bens e serviços.
Outra medida pode ser o controle de divisas pois na hora de trocar divisas estrangeiras pela moeda nacional, aumenta a oferta monetária, o que no final compensa os efeitos da deflação.
Sem que isso se torne uma fonte de consultoria financeira, deve-se levar em conta esses fenômenos macroeconômicos ao poupar ou investir. Pois quando os preços caem, o valor de nossos ativos também cai, no entanto, os valores de nossas dívidas aumentam. De certa forma, a inflação favorece aqueles que se endividaram porque diminui o valor destes, a deflação produz um efeito contrário, pois prejudica aqueles que têm dívidas porque aumenta o valor do que devem. Ou seja, a deflação tem um efeito sobre nossas economias e investimentos e, portanto, nas dívidas.
Em poucas palavras, a deflação não é uma boa notícia para aqueles indivíduos que decidiram investir se endividando. Um exemplo específico é comprar uma casa em deflação, pois o valor da construção ou tijolo cai, mas a dívida aumenta, o que é uma má combinação.
No caso do investimento em ações, este será eficaz desde que não seja feito em empresas que estão muito endividadas, as quais podem ser afetadas pela deflação.
O ideal é que em um momento de deflação, é preciso analisar onde se investe, se no banco que tem solvência ou na empresa.
No caso dos poupadores, a deflação é favorável para os poupadores tranquilos, como aqueles que têm o dinheiro em depósitos ou em algum produto de renda fixa. Pois deve-se saber que o valor real de qualquer investimento pode ser obtido subtraindo o valor da inflação que, em caso de deflação, é somá-la, por exemplo, se um investimento em renda fixa tem uma taxa de juros de 5% e a inflação é de – 0,9%, então obterá um resultado de 5%+0,9%=5,9%
De acordo com o acima, algo que deve ser levado em conta diante de um fenômeno de deflação é como isso afeta nossas economias e investimentos e dívidas.
Embora menos comum que a inflação, a deflação pode ter consequências significativas para a economia. Aqui estão alguns exemplos notáveis:
Estes casos mostram como a deflação pode ser tanto um sintoma quanto uma causa de problemas econômicos. Pode ser o resultado de uma bolha econômica que estoura, uma crise bancária ou financeira, ou políticas econômicas restritivas. As consequências geralmente incluem estagnação econômica, aumento do desemprego, e uma redução no investimento e no consumo, o que pode criar um ciclo vicioso difícil de quebrar.
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