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O que é e como investir no iBovespa?

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Quando o assunto é renda variável, uma pergunta que frequentemente aparece é: Vale mesmo a pena investir em índices? E a resposta é: Depende! Depende do índice, do seu perfil como investidor, dos seus objetivos com os investimentos…

Um dos principais índices do mercado brasileiro é o Índice Bovespa, também conhecido Ibovespa B3 ou, simplesmente, IBOV. Criado em 1968, pela antiga Bolsa de Valores de São Paulo, o índice reúne hoje um histórico relevante, que hoje serve como indicador do desempenho das ações negociadas na B3.

Qual a diferença entre Bovespa, Ibovespa e B3?

A B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) é a única bolsa de valores do Brasil e uma empresa de capital aberto. É o ambiente onde ocorrem as negociações de ativos e derivativos financeiros. Ao longo de sua história, passou por várias fusões, sendo a mais recente em 2017, quando a antiga BM&FBovespa se uniu à CETIP, formando a B3.

Já a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) era o antigo nome da bolsa de valores de São Paulo, um termo que se tornou obsoleto. No passado, cada estado brasileiro tinha sua própria bolsa, e a Bovespa era uma das mais relevantes. Com o tempo, as outras bolsas foram integradas à Bovespa, que depois se fundiu com a BM&F, formando a BM&FBovespa, precursora da atual B3.

Por fim, o Ibovespa é um índice de ações e não uma bolsa de valores. Ele é o principal indicador da bolsa de valores brasileira, composto pelas ações mais negociadas na B3. O Ibovespa funciona como um termômetro do mercado de ações, refletindo o desempenho das empresas mais representativas listadas na bolsa.

O que é o Ibovespa?

O Ibovespa é, sem dúvidas, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira, a B3. De acordo com documentos disponibilizados pela própria B3, "o objetivo do Ibovespa é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações brasileiro".

Composto por ações e units de empresas listadas na B3, o índice forma uma carteira teórica de ações das empresas que, entre outros critérios, representam cerca de 85% do volume de ações negociado na bolsa. Além disso, para fazer parte do índice, as empresas devem:

  • Ter presença em pregão de 95% (noventa e cinco por cento) no período de vigência das 3 (três) carteiras anteriores.
  • Possuir participação em termos de volume financeiro maior ou igual a 0,1% no mercado à vista (lote-padrão), no período de vigência das 3 (três) carteiras anteriores.
  • Não ser classificadas como “Penny Stock” (ações de empresas com baixa capitalização de mercado e preço unitário de negociação muito baixo).

Aqui estão algumas das informações mais importantes sobre o Ibovespa:

Cálculo

O Ibovespa é calculado por meio de uma metodologia que considera o valor de mercado das ações e o volume de negociação de cada uma das empresas componentes. Vale ressaltar que os ativos são ponderados pelo valor de mercado dos ativos em circulação, também conhecido como free float ou capital flutuante, com limite de participação baseado na liquidez. Quanto maior o free float de uma empresa, maior é a quantidade de ações disponíveis para negociação, o que pode influenciar a estabilidade e a volatilidade do índice.

Além disso, existem regras específicas para a inclusão e exclusão de papéis que compõem o índice.

Empresas componentes

O Ibovespa inclui ações de empresas de diferentes setores da economia brasileira, o que contribui para que o índice apresente, muitas vezes, uma boa diversificação setorial.

Atualmente, algumas das empresas mais representativas do índice são Petrobras, Vale, Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Ambev, Bradesco, JBS e outras grandes corporações.

Índice de referência

Vale saber, ainda, que o Ibovespa é frequentemente utilizado como um índice de referência para comparar o desempenho de outras carteiras teóricas de investimentos, fundos de ações e ETFs.

Como um indicador tradicional e amplamente usado no mercado de capitais brasileiro, os gestores de fundos costumam buscar superar o desempenho do Ibovespa. Já os investidores, por sua vez, utilizam o índice para avaliar o retorno de seus investimentos.

Vale a pena investir no IBOV?

Investir no Ibovespa (IBOV), ou em qualquer outro índice, ou ativo financeiro, é uma decisão bastante particular, que requer análise cuidadosa do seu perfil como investidor, seus objetivos com aquele aporte específico, o momento econômico do país, entre outras questões. Abaixo, exploraremos alguns aspectos que podem influenciar sua escolha de investir ou não no Ibovespa:

👉 Termômetro de desempenho: como falamos anteriormente, o Ibovespa é considerado um bom termômetro do desempenho das ações e é um dos índices mais importantes da renda variável. 

👉 Referência para investidores: como o IBOV é utilizado como referência por investidores ao redor do mundo, investir no índice pode ser uma forma de acessar o mercado de ações brasileiro de maneira ampla e diversificada, distribuindo o risco.

👉 Alta liquidez: o índice apresenta alta liquidez, o que é positivo para os investidores. Isso significa que é relativamente fácil comprar ou vender ações do índice, sem enfrentar grandes dificuldades para fazer transações do IBOV. 

👉 Volatilidade dos ativos: investir no Ibovespa envolve riscos elevados, já que o mercado de ações é volátil e pode sofrer oscilações devido a fatores macroeconômicos, políticos e sociais muito diversos.

👉 Demanda de conhecimento: em geral, recomenda-se que investidores mais experientes e com maior capital disponível invistam em índices, de forma que seja possível distribuir os aportes de forma mais segura e evitando riscos desnecessários.

Quais são as principais formas de investir no Ibovespa?

Tal como descrito pela B3, é possível investir no IBOV através de vários produtos financeiros que são indexados ao índice. São eles:

  • ETF - Fundo de índice
  • Futuro de Ibovespa;
  • Futuro Mini de Ibovespa
  • Opção sobre Ibovespa
  • Operação Estruturada de Rolagem de Minicontrato de Ibovespa
  • Operação Estruturada de Rolagem de Ibovespa
  • Opção Flexível de Ibovespa
  • Opção Flexível de BOVA11

As escolhas mais comuns são, geralmente, via ETFs, que são fundos que replicam a performance dos índices.

Passo a passo completo para investir no Ibovespa

Entenda como investir no Índice Bovespa, na prática, através do passo a passo abaixo:

Passo 1: Analise bem os seus objetivos de investimento

Esse primeiro passo é super importante. Afinal de contas, é importante saber que investir no Ibovespa é uma operação em renda variável e, por isso, envolve riscos. 

Sendo assim, não é recomendado que você invista no Ibovespa se os seus objetivos são voltados para reserva de emergência ou ganhos no curto prazo, por exemplo.

Passo 2: Escolha uma das formas de investir no Índice Bovespa

Como explicamos anteriormente, o índice não é exatamente um papel que você compra, como acontece com as ações. Você pode investir em um índice através de outros produtos financeiros, como os ETFs, contratos futuros, opções, etc.

Cada formato tem suas particularidades, especialmente em termos de risco e potencial de retorno associados. 

Por isso, antes de escolher uma alternativa de forma “aleatória”, lembre-se que todos se baseiam no índice, mas funcionam de maneira completamente diferente, e você deve estar consciente das diferenças antes de concretizar qualquer transação.

Passo 3: Selecione a corretora que atende às suas necessidades

Para investir em índices, você precisará fazer esse processo com intermédio de uma corretora de investimentos. Existem muitas alternativas no mercado. Para descobrir a que melhor se encaixa no seu contexto, considere critérios como:

  • praticidade;
  • taxas cobradas pelas operações que você fará com mais frequência;
  • usabilidade do app;
  • segurança da corretora;
  • quantidade de produtos financeiros disponíveis;
  • bom suporte ao cliente

Passo 4: Pesquise pelos produtos associados ao Ibovespa

Nesse sentido, vale saber que os principais ETFs indexados ao Índice Bovespa são:

  • BOVV11 (do Itaú Unibanco);
  • BOVA11 (da Black Rock);
  • BOVB11 (do Bradesco Asset Management);
  • XBOV11 (da Caixa Econômica Federal); e
  • BBOV11 (do Banco do Brasil).

Passo 5: Execute a ordem de compra

O processo para executar a ordem de compra dentro de cada site ou aplicativo varia de corretora para corretora. 

Entretanto, geralmente, após buscar pelo código do produto financeiro no Home Broker, você precisa confirmar que deseja fazer a compra e que está ciente do risco, inserir sua senha eletrônica e, então, a solicitação de compra é efetuada.

Em seguida, quando a compra for confirmada, você receberá um e-mail ou notificação com o aviso.

Passo 6: Acompanhe a performance do índice

O passo a passo para investir em índices, assim como acontece com outros produtos financeiros, não acaba após enviar a solicitação de compra.

Para investir de forma bem-sucedida, é essencial acompanhar o desempenho da sua carteira, o que inclui acompanhar a performance do Ibovespa e também do produto financeiro indexado ao índice no qual você investiu. 

Dicas importantes para considerar ANTES de investir no Ibovespa

Agora que você já sabe em detalhes o que é o Ibovespa, quais são as alternativas para investir no índice e o passo a passo, confira as principais recomendações para evitar riscos desnecessários e melhorar as chances de sucesso dos seus investimentos:

Analise as empresas que compõem o índice

Antes de investir, é fundamental realizar uma análise cuidadosa, considerando diversos aspectos como análise fundamentalista das empresas que compõem o índice, análise técnica do próprio índice, notícias e eventos econômicos relevantes, entre outros.

Isso é importantíssimo pois, como já falamos em outros conteúdos, o bom histórico do Ibovespa não garante a rentabilidade futura do índice. 

Por isso, quanto mais dados você tiver para analisar as empresas mais representativas do Ibovespa, maior será sua clareza sobre a escolha de como investir.

Diversifique sua carteira

Como sempre, vale reforçar que a diversificação de carteira é a melhor estratégia para reduzir a exposição excessiva ao risco, proteger seu patrimônio e garantir uma boa rentabilidade no médio e longo prazo.

Por isso, se optar investir no Ibovespa, prepare-se para lidar com a volatilidade do mercado no curto prazo, diversifique sua carteira para mitigar riscos e acompanhe a evolução do índice regularmente.

Acompanhe o mercado e as notícias relevantes 

Outra dica super importante é acompanhar, sempre que possível, o mercado brasileiro, notícias sobre o Índice Bovespa e sobre as empresas que compõem a carteira teórica.

As flutuações no Ibovespa são impulsionadas por uma grande variedade de eventos e informações. Indicadores econômicos, resultados financeiros das organizações, mudanças nas políticas governamentais e eventos geopolíticos podem influenciar o índice. Por isso, acompanhar essas notícias e eventos relevantes permite que o investidor tome decisões mais fundamentadas e, se necessário, ajuste sua estratégia de investimento.

E aí: tem todas as informações que precisa para começar a investir no Ibovespa?

O Ibovespa é um índice que reproduz uma carteira teórica das ações mais negociadas na B3. Considerado um importante indicador do desempenho médio das ações brasileiras, ele também pode refletir a saúde geral da economia do país.

Dada a sua importância, liquidez e volatilidade, antes de investir em produtos financeiros indexados ao Ibovespa, é crucial realizar uma análise cuidadosa, levando em conta outros aspectos, especialmente a saúde financeira das empresas com maior representatividade na carteira.

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Investir em produtos financeiros implica um certo nível de risco.

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