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Inflação: entenda o impacto dela nos seus investimentos

Neste artigo, analisaremos detalhadamente como diferentes tipos de investimentos são impactados pela inflação, além de mostrar estratégias para mitigar seus efeitos negativos e aproveitar as melhores oportunidades.
Proteger seus investimentos contra a deflação
Proteger seus investimentos contra a deflação

O impacto da inflação tem sido um tema central no cenário econômico atual e, assim como em outros momentos, vem influenciando decisões políticas e financeiras globalmente. Mas esse conceito também é relevante para você, que investe e quer continuar maximizando seus lucros. Afinal, entender seus efeitos nos investimentos é crucial para proteger seu patrimônio e maximizar o valor dos seus portfólios no curto, médio e longo prazo.

Impacto da inflação: proteger o portfólio

A inflação pode ter um impacto significativo nos investimentos, reduzindo o poder de compra e corroendo os rendimentos ao longo do tempo. Para proteger seu portfólio contra o impacto da inflação, existem investimentos que acompanham ao impacto da inflação, também chamados de “investimentos indexados à inflação”, cujos rendimentos são ajustados conforme a variação de algum índice de preços. A seguir, apresentamos algumas dessas estratégias:

  • Tesouro IPCA: títulos públicos que garantem rentabilidade real acima do impacto da inflação.
  • Títulos públicos indexados: títulos cuja remuneração é atrelada a índices de preços, como o IPCA.
  • CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários): títulos de crédito emitidos por empresas que geram receita da partir de contratos imobiliários, geralmente corrigidos pela inflação.
  • Fundos de inflação: fundos que investem em ativos indexados ao impacto da inflação, como títulos públicos.
  • FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) de recebíveis: fundos que investem em CRIs e outros ativos imobiliários atrelados à inflação.
  • LCIs (Letras de Crédito Imobiliário): títulos de crédito relacionados ao setor imobiliário, emitidos por instituições financeiras, isentos de IR para pessoas físicas, com rendimentos atrelados ao impacto da inflação.
  • LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio): semelhantes às LCIs, mas voltadas para o setor agrícola, também isentas de IR e com rendimento indexado à inflação.

Impacto da inflação em investimentos de renda fixa

CDBs (Certificados de Depósito Bancário)

PrefixadosPós-fixados
Perdem atratividade em alta inflação, pois a taxa de retorno fixa pode não acompanhar o aumento dos preços, resultando em rendimento real menor.Oferecem proteção contra ao impacto da inflação, pois são atrelados a índices como o CDI, que se ajusta conforme as condições do mercado.

LCIs (Letras de Crédito Imobiliário)

PrefixadasPós-fixadas
Similar aos CDBs prefixados, podem ter rendimento real corroído pelo alto impacto da inflação.Ajustam-se conforme indicadores econômicos, como CDI ou IPCA, o que significa maior proteção contra o impacto da inflação.

Poupança

Rendimentos fixos de 70% da taxa Selic mais TR (Taxa Referencial) podem não acompanhar a inflação, resultando em perda de poder de compra em períodos inflacionários elevados. Por isso, entre os investimentos de renda fixa, não costuma ser a opção mais recomendada.

Impacto da inflação em investimentos de renda variável

O impacto da inflação pode influenciar significativamente o desempenho dos investimentos e dos fundos de investimento, afetando diretamente a rentabilidade desses ativos. Em geral, a inflação tende a elevar as taxas de juros, causando um impacto negativo no mercado de ações. 

Taxas de juros mais altas aumentam o custo do capital para as empresas, reduzindo seus lucros e, consequentemente, o valor de suas ações. Mas, como você deve imaginar, as movimentações do mercado financeiro são muito complexas e essas tendências nem sempre se confirmam, já que inúmeros outros fatores influenciam o desempenho de cada ativo.

Relação entre inflação, taxas de juros e mercado de ações

Quando a inflação sobe, os bancos centrais frequentemente aumentam as taxas de juros para tentar controlá-la. Taxas de juros mais altas tornam os investimentos em renda fixa, principalmente aqueles atrelados à inflação, mais atraentes em comparação com as ações, levando a uma possível migração de capital do mercado acionário para ativos de renda fixa. Vale lembrar, também, que essas relações têm impactos diferentes em alguns setores. Veja alguns exemplos: 

  • Consumo: empresas de consumo, especialmente aquelas que dependem de insumos importados, podem ver seus custos aumentarem com a inflação, reduzindo suas margens de lucro. No entanto, setores de consumo básico resistem mais, pois seus produtos são essenciais e menos sensíveis a aumentos de preços.
  • Infraestrutura: setores de infraestrutura tendem a sofrer com o aumento dos custos de construção e manutenção devido à inflação. No entanto, esses setores frequentemente possuem contratos de longo prazo ajustados pela inflação, o que dilui parte do impacto.

Como ajustar estratégias de investimento em períodos de inflação alta

Primeiro, precisamos falar de diversificação. Conheça os principais riscos de um investimento e diluí-lo entre diferentes classes de ativos, reduzindo a exposição aos impactos negativos da inflação em um único setor ou tipo de investimento.

Foque, por exemplo, em ativos com rendimento atrelado à inflação, tais como tesouro IPCA, CRIs, commodities, imóveis e LCIs pós-fixadas. Eles protegem o poder de compra ao ajustar rendimentos conforme a inflação.

Ajuste constantemente a carteira para se adaptar às mudanças nas condições econômicas e inflacionárias, mantendo os investimentos alinhados aos seus objetivos financeiros.

O que é inflação?

Não confundir com a deflação. A inflação é a variação positiva dos preços dos produtos e serviços em um período de tempo. É um indicador econômico que mostra como o custo de vida está mudando, refletindo a diminuição do poder de compra da moeda em circulação, onde, com a mesma quantidade de dinheiro, é possível comprar menos produtos ou serviços do que anteriormente.

Principais índices de inflação usados no Brasil

  1. IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo): considera os gastos de famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos, abrangendo diversas regiões metropolitanas e capitais do país.
  2. INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor): similar ao IPCA, mas focado nas famílias com rendimento de 1 a 5 salários mínimos. É um índice que reflete mais diretamente os impactos na população de menor renda.

Como esses índices são calculados?

Os índices de inflação como o IPCA e o INPC são calculados a partir da análise de preços de bens e serviços que fazem parte do consumo das famílias. O processo geral de cálculo inclui os procedimentos a seguir:

  • Definição da cesta de produtos e serviços: a cesta inclui uma variedade de itens, como alimentos, bebidas, habitação, transporte, saúde, educação, vestuário, entre outros. Cada item tem um peso específico, que reflete sua importância no consumo das famílias;
  • Coleta de preços: os preços dos itens da cesta são coletados periodicamente em diversos estabelecimentos comerciais, como supermercados, lojas, escolas, clínicas, etc.
  • Cálculo do índice: os preços coletados são comparados com os preços do período anterior. A variação percentual dos preços é ponderada pelos pesos dos itens na cesta de consumo, resultando na taxa de inflação do período.

Compreender a inflação e seu impacto nos investimentos é fundamental para proteger e maximizar o valor do seu portfólio. Diversificar os investimentos e ajustar sua carteira conforme as condições econômicas são estratégias essenciais para enfrentar períodos de alta inflação. Manter-se informado sobre os indicadores econômicos e revisar regularmente suas estratégias financeiras ajudará a garantir que seus objetivos de longo prazo sejam alcançados, independentemente das flutuações do mercado.

Questiones fundamentais da inflação:

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