
Com a aproximação de 2026, muitos investidores buscam montar uma carteira mais sólida e previsível para começar o ano com ativos de qualidade. No Brasil, os grandes bancos listados na B3 continuam sendo uma das alternativas preferidas, tanto pela capacidade de geração de lucro quanto pela resiliência em cenários adversos.
Com base nos resultados do terceiro trimestre de 2025, nas projeções para 2026, e na relação risco/retorno atual de cada instituição, elaboramos uma análise completa para responder à pergunta-chave: qual banco faz mais sentido comprar agora para entrar bem em 2026?
A seguir, apresentamos um comparativo detalhado entre Banco do Brasil (BBAS3), Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) com foco total em tomada de decisão para o início do próximo ano.
O setor bancário brasileiro inicia 2026 com uma combinação de juros mais baixos, retomada gradual da demanda por crédito e maior pressão competitiva em tarifas e serviços. Em meio a esse ambiente híbrido, as instituições com:
tendem a iniciar o ano com vantagem competitiva.
Nesse sentido, Itaú e Bradesco apresentam recuperação consistente, enquanto o Banco do Brasil busca reverter o impacto das provisões elevadas de 2025. Já o Santander enfrenta desafios estruturais de escala.
Os bancos possuem modelos de negócio semelhantes, mas com desempenhos distintos. Para 2026, o investidor precisa observar três pilares: margem financeira, receitas de serviços e eficiência operacional.
| Margem Financeira Total (R$ bi) | 31,4 | 26,3 | 18,7 | 15,2 | |||||
| Receitas de Serviços (R$ bi) | 11,8 | 8,4 | 8,1 | 5,7 | |||||
| Seguros/Previdência (R$ bi) | 3,0 | 1,5 | 2,2 | 0,9 | |||||
| Despesa Operacional (R$ bi) | 17,1 | 12,9 | 16,5 | 6,4 | |||||
| Eficiência (%) - menor é melhor | 41,7% | 42,9% | 48,2% | 46,8% |
| Margem Financeira Total (R$ bi) | 31,4 | 26,3 | 18,7 | 15,2 | |||||
| Receitas de Serviços (R$ bi) | 11,8 | 8,4 | 8,1 | 5,7 | |||||
| Seguros/Previdência (R$ bi) | 3,0 | 1,5 | 2,2 | 0,9 | |||||
| Despesa Operacional (R$ bi) | 17,1 | 12,9 | 16,5 | 6,4 | |||||
| Eficiência (%) - menor é melhor | 41,7% | 42,9% | 48,2% | 46,8% |
A saúde da carteira de crédito será determinante para 2026. Uma instituição que cresce empréstimos com inadimplência sob controle tende a expandir lucros.
| Custo de Crédito (% da carteira) | 0,70% | 0,83% | 0,94% | 1,40% | |||||
| NPL 90 dias (%) | 1,9% | 4,1% | 3,4% | 4,9% | |||||
| Provisões (R$ bi) | 8,3 | 9,1 | 7,4 | 17,9 |
| Custo de Crédito (% da carteira) | 0,70% | 0,83% | 0,94% | 1,40% | |||||
| NPL 90 dias (%) | 1,9% | 4,1% | 3,4% | 4,9% | |||||
| Provisões (R$ bi) | 8,3 | 9,1 | 7,4 | 17,9 |
O Banco do Brasil apresenta o ponto mais sensível da análise: provisões excepcionalmente altas, especialmente no segmento agro. Embora exista espaço para normalização em 2026, o impacto ainda pesa no curto prazo.
| ROE (%) | 23,3% | 17,5% | 14,7% | 8,4% | |||||
| Lucro Líquido (R$ bi) | 11,9 | 3,1 | 3,8 | 3,2 |
| ROE (%) | 23,3% | 17,5% | 14,7% | 8,4% | |||||
| Lucro Líquido (R$ bi) | 11,9 | 3,1 | 3,8 | 3,2 |
A capacidade de pagar dividendos em 2026 favorece bancos com capital elevado e rentabilidade consistente.
| Bradesco | 8,5% | Melhor yield entre os pares; tese híbrida (renda + recuperação). | |||
| Santander | 7,2% | Bom yield, mas sem gatilhos fortes de crescimento. | |||
| Itaú | 6,2% + possível extraordinário | CET1 elevado abre espaço para distribuição adicional. | |||
| Banco do Brasil | 5,5% | Impactado pelo ciclo de provisões. |
| Banco | Dividend Yield 2026 | Comentário editorial |
|---|---|---|
| Bradesco | 8,5% | Melhor yield entre os pares; tese híbrida (renda + recuperação). |
| Santander | 7,2% | Bom yield, mas sem gatilhos fortes de crescimento. |
| Itaú | 6,2% + possível extraordinário | CET1 elevado abre espaço para distribuição adicional. |
| Banco do Brasil | 5,5% | Impactado pelo ciclo de provisões. |
Todos os bancos negociam com upside semelhante, mas o motivo do upside é completamente diferente:
| Itaú | 8,1 | 10,1 | R$ 50,00 (48 pós dividendos) | 25% | |||||
| Bradesco | 7,3 | 7,7 | R$ 24,00 | 25% | |||||
| Santander | 7,0 | 8,5 | R$ 40,00 | 23% | |||||
| Banco do Brasil | 5,5 | 6,7 | R$ 27,00 | 23% |
| Itaú | 8,1 | 10,1 | R$ 50,00 (48 pós dividendos) | 25% | |||||
| Bradesco | 7,3 | 7,7 | R$ 24,00 | 25% | |||||
| Santander | 7,0 | 8,5 | R$ 40,00 | 23% | |||||
| Banco do Brasil | 5,5 | 6,7 | R$ 27,00 | 23% |
Após cruzar todos os indicadores, crescimento, risco, rentabilidade, dividendos e valuation, chegamos a um veredito claro e alinhado com o perfil típico do investidor brasileiro:
| Itaú (ITUB4) | Maior ROE, menor inadimplência, carteira mais diversificada, eficiência superior, potencial de dividendo extraordinário | Ideal como posição núcleo da carteira | |||
| Bradesco (BBDC4) | Melhor assimetria risco/retorno, redução de NPL, eficiência em alta, DY ainda elevado | Indicado para quem busca re-rating com maior tolerância a volatilidade | |||
| Banco do Brasil (BBAS3) | Tese de valor em desconto; preço reflete período atípico e pode ter upside adicional se provisões normalizarem | Para investidor que procura desconto e paciência de médio prazo | |||
| Santander (SANB11) | DY atrativo, mas eficiência e escala limitam potencial frente aos pares | Opção menos interessante para início de 2026, uso mais tático na carteira |
| Banco / Ticker | Destaque principal | Perfil do investidor / Uso na carteira |
|---|---|---|
| Itaú (ITUB4) | Maior ROE, menor inadimplência, carteira mais diversificada, eficiência superior, potencial de dividendo extraordinário | Ideal como posição núcleo da carteira |
| Bradesco (BBDC4) | Melhor assimetria risco/retorno, redução de NPL, eficiência em alta, DY ainda elevado | Indicado para quem busca re-rating com maior tolerância a volatilidade |
| Banco do Brasil (BBAS3) | Tese de valor em desconto; preço reflete período atípico e pode ter upside adicional se provisões normalizarem | Para investidor que procura desconto e paciência de médio prazo |
| Santander (SANB11) | DY atrativo, mas eficiência e escala limitam potencial frente aos pares | Opção menos interessante para início de 2026, uso mais tático na carteira |
Para começar 2026 com uma carteira sólida, Itaú (ITUB4) é a escolha mais consistente, destacando-se pelo alto ROE, baixa inadimplência e eficiência operacional. Seu potencial de dividendos extraordinários e carteira diversificada fazem dele o núcleo ideal para investidores que buscam investimento seguro em ações bancárias.
Bradesco (BBDC4) continua atraente para quem procura oportunidades de re-rating, apresentando melhorias em eficiência e redução de NPL, equilibrando risco e retorno. Banco do Brasil (BBAS3) surge como uma aposta de valor, com preço refletindo um período atípico, oferecendo potencial de valorização no médio prazo caso as provisões se normalizem. Por fim, Santander (SANB11) mantém um dividend yield competitivo, mas sua escalabilidade e eficiência limitam o upside no curto prazo, tornando-o uma opção mais tática na carteira.
Investir em produtos financeiros implica um certo nível de risco.