Bolsa
Ao comprar ações à vista, existem duas formas de ganhar dinheiro: por valorização ou por dividendos. Quando uma empresa tem grandes projeções de crescimento, os investidores aplicam a estratégia de comprar e manter, para obter lucros pelo preço da ação no futuro. Mas para quem procura gerar renda passiva, os dividendos são a estratégia mais usada.
Essa estratégia de bolsa é indicada para os investidores mais conservadores e cujos objetivos são destinados ao longo prazo, dispondo de uma remuneração todos os anos e independentemente da evolução das ações nos mercados de bolsa. É como se se investisse em renda fixa. Agora, é recomendável comprar ações apenas pelo seu dividendo?
Na bolsa basicamente há duas formas de obter rentabilidade: a primeira e mais comum é quando os preços das ações sobem, o que é conhecido como revalorização, que não é mais do que comprar uma ação para vendê-la a um preço superior no futuro. O problema deste método de investimento é que fornece resultados menos previsíveis e mais voláteis já que não podemos prever se a ação na qual investimos pode subir ou descer.
No entanto, existe uma segunda via de gerar rentabilidade na bolsa, de uma forma mais previsível: os dividendos. A vantagem deste método de investimento é que não dependemos (a curto prazo) de que a ação suba ou desça, mas obteremos um pagamento constante por sermos acionistas. Embora os dividendos possam ser atraentes para muitos investidores, nem todas as empresas os pagam. Para as dois formas é, evidentemente, preciso investir na bolsa.
O reparto de dividendos é uma prática através da qual as empresas decidem distribuir parte dos seus lucros aos acionistas, proporcionando assim um retorno mais imediato. Este método é frequentemente utilizado por empresas que já atingiram um estágio de maturidade e possuem fluxos de caixa consistentes. Dessa forma, ao oferecer dividendos, essas empresas tornam-se mais atrativas para investidores que buscam uma fonte estável de rendimento, independentemente da flutuação dos preços das ações no mercado.
Os dividendos são uma forma que as empresas têm de compartilhar seus lucros com os investidores. As empresas podem usar os dividendos para dar retorno aos investidores a curto prazo e assim ter incentivos para continuar investindo. Mas para que uma empresa compartilhe lucros com os investidores, ela deve realmente ter lucros para distribuir. Geralmente são as empresas mais estabelecidas e com receitas constantes que costumam pagar dividendos.
Os dividendos podem ser uma boa forma de atrair novos investidores, pois eles poderão obter rendimentos recorrentes independentemente do que acontecer com sua cotação. Os dividendos costumam ser mais atraentes em momentos em que o preço das ações pode estar estagnado, pois os acionistas continuam obtendo retorno, mesmo que o mercado esteja plano. Na verdade, costuma ser nesses momentos que as empresas que distribuem altos dividendos costumam ser mais atraentes para os investidores.
Há empresas que pagam dividendos anualmente, enquanto outras empresas pagam dividendos a cada trimestre ou até mesmo mensalmente. A parte que uma empresa dedica ao pagamento de dividendos é chamada (pay-out) e nos indica qual porcentagem está destinada a reinvestir e qual parte está sendo distribuída. O pay-out também é utilizado para identificar empresas com histórico de dividendos sólidos, uma medida importante para saber se o dividendo de uma ação é sustentável a longo prazo ou não.
Devemos saber que nem todas as empresas pagam dividendos. Por que há empresas que decidem não distribuir dividendos? Pode ser devido a diferentes razões, sua política de dividendos, seu tamanho, o desenvolvimento de novos produtos, o setor em que estão... Mas fundamentalmente o fato de que uma empresa não distribua dividendos é porque ela precisa de fundos para desenvolver seus projetos, ou seja, para continuar crescendo.
As empresas consideradas de ‘crescimento’ geralmente não distribuem dividendos, pois reinvestem os lucros para manter seu crescimento e ampliar o negócio. Neste caso, a recompensa para os acionistas é a revalorização no preço das ações.
Isso acontece com frequência com ações tecnológicas, como, por exemplo, ao investir em ações da Amazon (AMZN), Tesla (TSLA) ou Alphabet (GOOG), o investidor não receberá dividendos, mas poderá ganhar com a revalorização no preço das ações, pois essas empresas reinvestem todos os seus lucros em melhorar a empresa. Se conseguirem crescer e ocupar uma maior fatia de mercado, suas ações valerão mais na bolsa, recompensando assim os investidores.
Também existem empresas que, em vez de distribuir lucros aos investidores, optam pela recompra de ações. Com esta operação, os acionistas que não venderem terão uma maior porcentagem da empresa no futuro e os lucros por ação serão maiores.
Como vimos, a distribuição de dividendos não segue nenhum padrão comum e cada empresa é livre para usar seu dinheiro para reinvestir ou para distribuir lucros. Muitos investidores veem a estratégia de investimento baseada em dividendos como uma alternativa mais segura do que apenas esperar a revalorização da ação. Além disso, os investidores podem ter a liberdade de escolher o que fazer com a liquidez obtida e alocá-la em novas oportunidades que considerem mais atraentes. Alguns dos argumentos a favor da distribuição de dividendos são:
A maioria dos investidores que vivem hoje em dia conheceu um mercado em que a revalorização das ações deu a maior parte da rentabilidade, no entanto, em épocas em que as bolsas se mantiveram planas, a rentabilidade por dividendo foi a principal fonte de lucro. Desde 1930 até 2017, os dividendos representaram cerca de 42% da rentabilidade total do índice S&P 500, de acordo com Hartford Funds.
Embora possa parecer contrário à intuição, as empresas que pagam e aumentam seus dividendos de forma constante têm historicamente superado as ações que não pagam dividendos.
O maior inimigo da rentabilidade na bolsa a longo prazo são as emoções humanas. Investindo em empresas ou ETF focados em empresas de qualidade, com paciência e sem vender nos piores momentos, os investidores podem obter melhores resultados a longo prazo. Nesse sentido, os pagamentos de dividendos ajudam psicologicamente nos momentos em que os mercados passam por um período difícil.
Por que algumas empresas não pagam dividendos? Muitas empresas estão em mercados cujo crescimento é tão alto que não podem permitir a desalocação de recursos para o pagamento de dividendos aos seus acionistas, pois precisam enfrentar grandes investimentos. Este reinvestimento é feito com o objetivo de não ficar para trás em relação aos seus concorrentes e crescer a cada ano para gerar valor para o acionista.
Muitas vezes, diz-se que isso é uma vantagem, pois os acionistas podem recuperar seu investimento se desejarem, vendendo algumas ações de modo a obter um rendimento periódico (como um dividendo reinvestido automáticamente), mas não estão obrigados a reinvestir o dividendo, pagando impostos e custos extras. Vamos ver alguns dos argumentos contra o pagamento de dividendos:
Quando uma empresa paga um dividendo, o valor deste é descontado do preço da ação. Se a empresa "A" pagar 50 milhões de euros em dividendos aos seus acionistas, o valor da empresa acabou de diminuir em 50 milhões. Embora seja comum um debate entre os investidores a favor e contra os dividendos sobre se isso tem um impacto real ou não na rentabilidade, o desconto do dividendo do preço da ação é um fato incontestável.
Um dos pontos contra os dividendos é em relação ao pagamento de impostos. Cada vez que recebermos um dividendo, teremos que passar pela Receita Federal, gostemos ou não. Por outro lado, se uma empresa não distribuir dividendos e reinvestir o lucro, podemos nos beneficiar do juros composto e só vender quando precisarmos.
O número de empresas do mercado mundial que pagam dividendos tem diminuído nas últimas décadas. Isso significa que nosso círculo de investimento, se investirmos apenas neste tipo de empresa, está diminuindo, afetando a diversificação da carteira.
Por que algumas empresas não pagam dividendos? Muitas empresas estão em mercados cujo crescimento é tão alto que não podem permitir a desalocação de recursos para o pagamento de dividendos aos seus acionistas, pois precisam enfrentar grandes investimentos. Esta reinvestimento é feito com o objetivo de não ficar para trás em relação aos seus concorrentes e crescer a cada ano para gerar valor para o acionista. Em 1991, 71% das ações mundiais pagavam dividendos.Em 2012, apenas 61% das ações mundiais pagavam dividendos.
Empresas | Ticker | ISIN | |||
Exxon Mobil Corp. | XOM | US30231G1022 | |||
Johnson & Johnson | JNJ | IE00BY7QL619 | |||
JPMorgan Chase & Co | JPM | US46625H1005 | |||
Procter & Gamble | PG | US7427181091 |
Em 1991, 71% das ações mundiais pagavam dividendos. Em 2012, apenas 61% das ações mundiais pagavam dividendos. Existem algumas empresas que têm aumentado consistentemente o pagamento de dividendos ao longo de muitos anos e, mesmo em períodos de crise, conseguiram mantê-los. Este seleto grupo de empresas que pagou dividendos por 25 e 50 anos consecutivos é conhecido como os "Aristocratas do Dividendo" e os "Reis do Dividendo". Coca-Cola e Johnson & Johnson, um das melhores ações dos Estados Unidos para investir a partir do Brasil, são um exemplo disso. Se confira o nosso caléndario de dividendos no Brasil, sempre estará atualizado.
Empresas | Ticker | ISIN | |||
Amazon | AMZN | US0231351067 | |||
AutoZone | AZO | US0533321024 | |||
Meta Platforms | META | US30303M1027 | |||
Tesla | TSLA | US88160R1014 | |||
Alphabet | GOOGL | US02079K3059 | |||
Berkshire Hathaway | BRK.B | US0846707026 | |||
Booking Holdings | BKNG | US09857L1089 | |||
VeriSign | VRSN | US92343E1029 | |||
Waters Corp. | WAT | US9418481035 |
Ações que distribuem dividendos são atraentes para muitos investidores que procuram rendimentos recorrentes ou que tentam construir uma carteira com valores estáveis e um histórico crescente de lucros. Nem todas as empresas pagam dividendos, e que uma empresa não distribua lucros não significa que seja menos atraente. Por isso, somos nós, investidores, que devemos escolher quais ações temos em nossa carteira e porque, com base em nossa estratégia e objetivos financeiros.
Não devemos descartar uma ação porque ela não distribua dividendos, pois talvez seu futuro possa ser mais brilhante, ao mesmo tempo que uma empresa pague dividendo hoje, não significa que esse pagamento seja sustentável a longo prazo. A realidade é que muitas empresas continuam pagando dividendos mesmo não gerando caixa suficiente com seu negócio, simplesmente para não perder esse compromisso histórico com os acionistas.
Em suma, não devemos nos guiar apenas pelo critério do dividendo ao escolher uma empresa, mas é necessário fazer uma análise mais aprofundada, na qual vejamos como a empresa em questão ganha dinheiro, quais são suas perspectivas futuras e qual é o uso do dinheiro. Se a rentabilidade vier através do dividendo, seja bem-vinda, mas não deveria ser, a priori, um elemento indispensável.
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