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Resizing: como rebalancear a sua carteira de ações de forma lucrativa?

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O resizing de carteira é uma técnica que ajuda a manter o equilíbrio entre risco e retorno nos seus investimentos. Aprenda como aplicar isso na prática, com exemplos reais e decisões táticas que todo investidor precisa dominar.

O que significa resizing?

Por experiência própria, o mercado financeiro adora dificultar as coisas. Talvez, numa tentativa de deixar a sua compreensão turva, para que possa induzir ao seu erro. Uma das minhas missões é descomplicar essa linguagem.

Resizing significa ajustar o tamanho da posição de um ativo ou de toda uma carteira. É basicamente recalibrar o quanto do seu capital está alocado em determinado investimento, para manter os níveis de risco e retorno desejados.

Isso pode ser feito, por exemplo, reduzindo a exposição a uma ação que se valorizou muito (e que agora ocupa um peso excessivo) ou aumentando a posição em uma outra ação que caiu muito e pode estar subvalorizada.

👉 Como posso diversificar minha carteira de investimentos?

Exemplo de resizing com ações da B3

Imagine que você começou com R$ 100 mil e decidiu investir:

  • 10% em VALE3
  • 10% em PETR4
    Ou seja, R$ 10 mil em cada uma.

Depois de alguns meses:

  • VALE3 dobrou de valor (+100%) → agora vale R$ 20 mil
  • PETR4 caiu pela metade (-50%) → agora vale R$ 5 mil

Sua carteira agora tem:

  • VALE3 com 20% do total
  • PETR4 com apenas 5%

O que fazer?

*Consideramos aqui que ambas as empresas apresentam boa saúde financeira, projeção de lucros e dividendos e que seriam oportunidades interessantes.

Preço inicial20,0020,00
Posição inicial10 mil (Lote 500)10 mil (Lote 500)
Flutuação+100%-50%
Cotação (Saldo)40,00 (Saldo 20 mil)10,00 (Saldo 5 mil)
MovimentaçãoRealização 5 mil (Lote -125)Recompra 5 mil (+500 Lotes)
Preço Médio375 Lotes a 20,001.000 Lotes a 15,00
Alocação15 mil15 mil

Monitorando a sua carteira de investimentos

Ao montar um portfólio para o longo prazo é natural que os preços oscilem e desequilibrem os percentuais de alocação. É importante, então, que você monitore esses pesos e desempenhos dos seus ativos ao longo do tempo. Não falamos aqui somente de uma carteira de ações, como no exemplo citado acima. Mas, também, para uma carteira diversificada em classes de ativos.

Imagine que você queira ter 70% em renda fixa e outros 30% em renda variável. Pode ser que, depois de um período, a sua carteira de ações tenha se valorizado bastante lhe permitindo realizar parte do lucro e aplicá-lo em renda fixa, equalizando novamente o risco/retorno.

O contrário também pode acontecer. Imagine que a Bolsa de Valores despencou e derrubou o valor das suas ações. Você poderia retirar da renda fixa e comprar mais ações dessas boas empresas a preços descontados. Você pode estipular uma frequência de rebalanceamento (“resizing”) da sua carteira, desde que seja compatível com o seu tempo disponível e tolerância ao risco

Essa periodicidade pode ser mensal, trimestral, semestral, anual ou mesmo com gatilhos de compra ou atingimento de metas ou alvos estabelecidos.

A “regra dos 80”

Esta teoria pode ser um pouco polêmica, mas vale a pena citarmos para que você possa ter uma parametrização de alocação de dinheiro no seu portfólio. Ela parte da premissa de uma expectativa de vida de 80 anos. Dessa maneira, quanto mais idade você tiver, menor deveria ser a sua exposição ao risco, já que teria menos condições de trabalhar, gerar renda ou mesmo tempo para recuperar um investimento mal sucedido.

Além disso, sabemos que os gastos com saúde e cuidados na terceira idade tendem a subir. Portanto, você deveria pegar a sua idade e subtrair desses 80 para ter uma ideia do máximo que poderia alocar em renda variável.

A conta é direta:
80 - sua idade = % máxima recomendada em renda variável.

Exemplos:

  • Idade 30 anos: logo, 80 - 30 = 50% em renda variável;
  • Idade 50 anos: logo, 80 - 50 = 30% em renda variável;
  • Idade 70 anos: logo, 80 - 70 = 10% em renda variável;

Vale ressaltar que, esta regra pode não funcionar para todos. Ela pode valer como uma orientação, mas você nunca deverá se expor à um risco maior do que o tolerável para o seu perfil e objetivos. É importante se respeitar. Pode ser que você esteja na meia idade e que não queria uma carteira exposta à uma maior volatilidade. Mesmo podendo alocar 40% em ações por essa regra, talvez, o seu limite confortável seja de 20%. Não tem problema.

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O cenário inverso também pode acontecer. Imagine que você tenha 75 anos, mas desfrute de uma boa aposentadoria. Assim, poderia aumentar o seu risco em ações visando retornos maiores e mais rápidos. Vai de cada um.

Quando vale a pena fazer resizing?

O resizing é mais útil quando:

  • Uma ação cresceu demais e virou um risco para o portfólio
  • Um ativo desvalorizou, mas ainda tem fundamentos sólidos
  • Você quer realizar lucros taticamente sem sair totalmente da posição
  • Há oportunidades mais atrativas em outros papéis

Não se trata de “comprar na baixa e vender na alta” de forma cega, e sim de realocar capital com base em peso, potencial e risco.

  • Baixas comissões de trading.
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Investir em produtos financeiros implica um certo nível de risco.

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