Trading
Existem conhecimentos fundamentais que todos deveriam ter antes de começar a investir. Uma delas é a ideia de que qualquer investimento envolve riscos, embora alguns deles venham acompanhados de um maior nível de segurança.
Na verdade, qualquer atitude tomada no que diz respeito às finanças acarreta riscos.
Até mesmo deixar dinheiro em casa o expõe à perda de valor devido à inflação ou ao roubo. Portanto, o perigo não é uma característica exclusiva dos produtos de investimento.
Entender esse ponto e conhecer as diferenças entre risco e volatilidade – característica dos investimentos em renda variável – é essencial para proteger sua carteira.
A volatilidade é um dos conceitos básicos das finanças, mas as suas implicações nem sempre são claras para todos. A volatilidade é uma medida da variação percentual no preço de um instrumento financeiro ao longo do tempo. O objetivo é determinar a intensidade da flutuação do seu valor.
Simplificando, você poderia dizer que a volatilidade de um título (ou de um índice ou de uma carteira) indica o nível de risco associado a ele . Ao possuir uma ação mais volátil, você fica mais exposto a flutuações em seu valor.
E nem todos estão preparados para ver o valor da sua carteira subir e descer da mesma forma: por isso é importante compreender o seu apetite pelo risco ao decidir investir.
A volatilidade de um ativo será maior quando os preços de mercado estiverem instáveis. Portanto, a volatilidade permite-nos medir o risco: quanto maior for a volatilidade de um produto, maior será o risco associado a este produto.
Isso é normal se o preço de um produto variar muito, você não pode ter certeza se poderá revendê-lo com lucro ou mesmo sem prejuízo.
O VAR, em finanças, é um indicador utilizado para estimar o risco de mercado de determinado instrumento de investimento, com base em estimativas de rentabilidade e volatilidade. Num sentido mais amplo, esta medida pode referir-se ao risco de crédito, risco de liquidez e risco operacional.
No primeiro sentido, o VAR expressa a perda potencial máxima que a posição financeira poderá sofrer no período de tempo considerado .
O cálculo do Valor em Risco é baseado em diversos fatores. O primeiro parâmetro é dado pelo intervalo de tempo (horizonte temporal) e pela duração da detenção do ativo (holding period).
Para estabelecer o intervalo de tempo também é considerado o tempo necessário para a venda dos investimentos: em mercados muito líquidos e com alto volume diário de negociação, o prazo pode ser de um dia, vice-versa, considera-se um intervalo mínimo de 10 dias.
O segundo elemento principal é o nível de confiança estatística: a probabilidade de perda, na verdade, pode ser estimada em 95% ou 99%.
Para calcular o risco associado a um investimento, normalmente faz-se referência aos conceitos de volatilidade e desvio padrão. Aplicado a um título de uma carteira de investimentos, esse valor expressa os movimentos registrados pelos retornos em um determinado período de tempo.
Uma carteira muito volátil, no curto prazo (e ainda mais em tempos de crise) estará provavelmente sujeita a contrações significativas antes de regressar a território positivo e estabilizar.
Ao contrário do que acontece com o Value at Risk (VAR), a fórmula de cálculo da volatilidade é bastante simples e baseia-se em dados históricos objetivos.
Comparado ao conceito de volatilidade, o VAR fornece uma indicação adicional e faz parte de uma estratégia mais ampla de mitigação de risco de mercado.
O conceito de volatilidade é muito mais conhecido do que o VAR para calcular o risco associado a um investimento, até porque é geralmente considerado mais imediatamente compreensível.
Aplicado a um título ou a uma carteira, este valor expressa os movimentos registados pelos retornos num determinado período de tempo. Por exemplo, uma carteira que é muito volátil no curto prazo (e especialmente em tempos de crise) estará sujeita a contrações significativas antes de voltar a ser positiva.
Mas no que diz respeito à volatilidade, sempre expressa em valor percentual, o VAR oferece mais informações e também pode ser indicado, como vimos antes, em números absolutos.
Existem também outras diferenças, como o facto de a volatilidade medir a oscilação dos retornos, que podem ser tanto positivos como negativos, enquanto o VAR trata apenas de perdas. Os dois conceitos são, portanto, muito diferentes. Mesmo que dois investimentos tenham volatilidade muito semelhante, o seu VAR não é necessariamente o mesmo.
O primeiro passo é saber que a volatilidade é inevitável e se você tiver um horizonte de tempo longo o suficiente, poderá usá-lo a seu favor.
Compreender as diferenças entre risco e volatilidade é aprender a gerir a volatilidade com mais fluidez. Quem investe em ações por meio de análise fundamentalista, por exemplo, não precisa se preocupar tanto com as oscilações do mercado.
Se os fundamentos da empresa permanecerem atrativos, a queda dos preços não significa perda. Pode até indicar o contrário: uma boa oportunidade para adquirir mais ações.
Compreender a volatilidade também é importante para investidores focados no curto prazo no mercado de ações. Afinal, eles buscam lucrar exatamente com as variações de preços ao longo de horas, dias ou semanas.
Tradicionalmente, diversificar os seus investimentos em diferentes classes de ativos e estilos de investimento pode contribuir muito para tornar o seu portfólio menos volátil e a sua vida financeira mais fácil.
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