3 ações para investir em setembro de 2025

Setembro chega com novas oportunidades para quem investe na B3. Em um contexto de inflação e desvalorização, cada vez mais brasileiros buscam dolarizar carteiras. Nesse cenário, essas ações se consolidam como a ferramenta mais utilizada para acessar empresas globais sem a necessidade de abrir conta no exterior.

As ações mais promissoras em setembro 2025

Com base na análise de fundamentos, cenário macroeconômico e projeções de mercado, selecionamos três ações que se destacam pela solidez, potencial de valorização ou geração consistente de renda. A combinação entre empresas brasileiras e internacionais permite ao investidor diversificar riscos, equilibrar o portfólio e posicionar-se estrategicamente para o segundo semestre de 2025. A seguir, detalhamos os principais destaques de cada uma delas:

1. Itaú Unibanco (ITUB4)

O Itaú Unibanco (ITUB4) é o maior banco privado do Brasil, com modelo universal e disciplina de risco reconhecida. A trajetória recente combina rentabilidade elevada, inadimplência controlada e capital robusto, sustentando geração de caixa consistente ao longo do ciclo.

Com forte agenda digital (Pix/Open Finance) e foco em PMEs, o banco aprofunda receitas de serviços e eficiência operacional. Para o investidor, ITUB4 oferece exposição a um negócio resiliente, com diversificação de fontes de resultado e histórico de execução acima da média do setor.

• Valuation e sensibilidade a resultados: ITUB4 costuma negociar a múltiplos de P/L e P/VPA que refletem prêmio vs. pares devido à qualidade de ativos e ROE. Surpresas positivas em margem com clientes, custo de crédito e eficiência tendem a reprecificar o papel; já deterioração de inadimplência ou provisões pressiona múltiplos.
• Remuneração ao acionista (dividendos/JCP e eventuais recompras): O banco tem histórico de distribuir resultados via dividendos e juros sobre capital próprio, preservando um colchão de capital confortável. A previsibilidade do payout, somada a potenciais recompras em janelas oportunas, é parte relevante do “retorno total” do papel.
• Liquidez e acessibilidade (B3 e ADR): ITUB4 possui alta liquidez na B3 e espelho em ADR (NYSE: ITUB), o que facilita entrada/saída e amplia a base de investidores. A liquidez reduz custos implícitos de transação e melhora a descoberta de preço, tornando o papel adequado tanto para posições táticas quanto de longo prazo.

Por que investir na Itaú em setembro?

• Qualidade e rentabilidade: ROE ≈23%, inadimplência contida (1,9%) e CET1 de 13,1% oferecem colchão contra o ciclo.
• Benefício da digitalização: a capilaridade de Pix/Open Finance e a ativação do Pix Automático favorecem cobranças recorrentes, maior tráfego transacional e vendas cruzadas.
• Execução e guidance: crescimento do margen com clientes de 11–14% em 2025 e foco em PMEs com Itaú Emps reforçam a tese de ganhos sustentáveis.

2. ASML Holding (ASML)

A ASML ocupa um lugar único no ecossistema tecnológico: é a única empresa no mundo capaz de fabricar máquinas de litografia ultravioleta extrema (EUV), necessárias para produzir os chips mais avançados.

👉 ASML Holding já fez parte da nossa lista de empresas para investir ao longo de 2025

• Monopólio tecnológico: não tem concorrentes diretos. Seus equipamentos são utilizados por TSMC, Samsung e Intel. O investimento em P&D é tão elevado que constitui uma barreira de entrada praticamente intransponível.
• Crescimento estrutural: a demanda por semicondutores não para. A inteligência artificial, os carros elétricos e a Internet das Coisas requerem chips cada vez mais sofisticados. Iniciativas como a CHIPS Act nos EUA e programas similares na Europa e Ásia visam expandir a produção, gerando ainda mais demanda para a ASML.

Por que investir no ASML em setembro?

ASML Holding oferece exposição à indústria de semicondutores, um setor crítico para o avanço da inteligência artificial, dos carros elétricos e da tecnologia de próxima geração.

Embora possa apresentar volatilidade no curto prazo, as tensões geopolíticas entre EUA e China sobre o controle do fornecimento de chips reforçam a importância estratégica da ASML.

3. Microsoft (MSFT)

A compra de ações da Microsoft continua sendo uma das empresas mais atraentes para os brasileiros que buscam um investimento seguro e diversificado em tecnologia.

• Diversificação de negócios: suas receitas provêm de software tradicional (Windows, Office), junto com segmentos de forte expansão como Azure (computação em nuvem), inteligência artificial e videogames (Xbox, Activision).
• Solidez financeira: com uma capitalização que supera os 3 trilhões de dólares, a Microsoft apresenta um balanço robusto, com grande fluxo de caixa livre e a capacidade de continuar investindo em inovação. Além disso, remunera os acionistas com dividendos e programas de recompra de ações.

Por que investir na Microsoft em setembro?

Microsoft, por outro lado, oferece estabilidade e diversificação. Sua força financeira e liderança em software, nuvem e inteligência artificial a tornam uma das empresas mais seguras e líquidas do mundo.

Microsoft combina o melhor de ambos os mundos: é defensiva por estabilidade e, ao mesmo tempo, uma empresa com motores de crescimento de longo prazo na nuvem e inteligência artificial.

Como comparar essas três ações antes de investir?

A diversificação é a melhor aliada do investidor brasileiro. Combinar uma aposta local através da Itaú Unibanco, junto com a solidez de gigantes internacionais como ASML e Microsoft, permite montar uma carteira equilibrada e em dólares.

Essas três ações, pensadas em um horizonte de médio a longo prazo, não só protegem o capital frente à desvalorização, mas também oferecem exposição às tendências mais relevantes do futuro: energia, semicondutores e inteligência artificial.

Critérios de seleção das ações

Para escolher as ações, utilizamos os seguintes critérios principais:

• Fundamentos sólidos: empresas financeiramente saudáveis, com lucros consistentes, boa rentabilidade e endividamento controlado. Buscamos ações negociadas a múltiplos atrativos (P/L razoável) em relação aos pares e com vantagem competitiva sustentável.
• Bom momento de mercado: consideramos o desempenho recente e catalisadores de curto prazo. Ações em tendência de alta ou com momentum positivo (ou que sofreram correções temporárias, criando ponto de entrada) foram privilegiadas.
• Potencial de crescimento: companhias com perspectivas de expansão nos resultados, seja por crescimento orgânico, novos projetos (caso de techs e commodities) ou melhora do cenário macroeconômico (como queda de juros impulsionando consumo). Incluímos tanto ações de crescimento quanto “value” com potencial de valorização.
• Dividendo atrativo: demos peso à renda passiva para equilibrar a carteira. Ações com dividend yield elevado e política de distribuição consistente foram selecionadas para atender ao investidor focado em geração de renda, desde que sem comprometer o crescimento futuro.

As três ações recomendadas: Itaú, ASML Holding e Microsoft, oferecem uma combinação estratégica para o investidor brasileiro neste meio de 2025. Em conjunto, essas ações se complementam ao diluir riscos: estão distribuídas em setores diferentes e em diferentes moedas/regiões, equilibrando o portfólio.

Montar a carteira com esses três papéis, portanto, une o melhor de dois mundos: renda e crescimento, Brasil e exterior, defesa e agressividade moderada, adequando-se à máxima da alocação inteligente: não colocar todos os ovos na mesma cesta. Com disciplina e visão de longo prazo, o investidor brasileiro pode se beneficiar da sinergia dessa seleção, preparando-se para atravessar 2025 com uma carteira mais robusta e diversificada.

Perguntas frequentes (FAQs)