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O que é um exchange de criptomoedas e como funciona?

exchange criptomoedas

Os exchanges de criptomoedas deixaram de ser simples casas de câmbio digital. Hoje são plataformas completas que permitem comprar, vender, trocar e até investir em criptoativos com serviços como staking, empréstimos e derivativos.

Mas afinal, o que são essas plataformas, como funcionam e quando podem ser mais vantajosas do que uma corretora tradicional?

Entendendo o conceito de exchange de criptomoedas

Um exchange de criptomoedas é uma plataforma digital de negociação de ativos digitais. Diferente de uma corretora tradicional, ela se dedica exclusivamente ao universo cripto.

Nela você pode adquirir criptomoedas diretamente, trocá-las por outras ou utilizar serviços adicionais, como lending e staking.

Se o seu objetivo é investir também em ações, ETFs ou fundos de investimento, então a solução mais adequada continua sendo uma corretora tradicional.

Tipos de exchanges de criptomoedas

Os exchanges se dividem basicamente em duas categorias: centralizadas (CEX) e descentralizadas (DEX).
Enquanto as CEX oferecem mais simplicidade e suporte ao cliente, as DEX privilegiam privacidade e controle do usuário. Ambas têm prós e contras que precisam ser analisados.

Exchanges Centralizadas (CEX)

São empresas que atuam como intermediárias das operações. Elas oferecem maior liquidez, interface amigável e suporte ao cliente. Exemplos: Binance, Coinbase e Mercado Bitcoin. A grande questão é a custódia: os ativos ficam sob controle da exchange, não do usuário.

👉 Coinbase vs Binance: Qual é a Melhor?

Exchanges Descentralizadas (DEX)

Funcionam em redes blockchain e não dependem de uma empresa intermediária. As negociações ocorrem diretamente entre carteiras de usuários via contratos inteligentes. Exemplos: Uniswap, PancakeSwap.
Oferecem maior privacidade e controle, mas exigem mais conhecimento técnico.

Como funciona um exchange de criptomoedas?

Na prática, o funcionamento é parecido com um home broker. O usuário deposita dinheiro (fiat) ou cripto, escolhe um par de negociação e executa ordens.

Existem dois tipos principais de ordens:

  • Maker (limitadas): adicionam liquidez ao livro de ofertas.
  • Taker (a mercado): retiram liquidez executando ao preço disponível.

As taxas costumam variar de acordo com o volume negociado. Muitas plataformas oferecem descontos para quem utiliza tokens próprios ou assina planos premium.

Custos e comissões em exchanges

As exchanges geram receita de várias formas. A principal é a taxa por operação. Mas também podem cobrar:

  • Depósitos e saques em reais ou cripto.
  • Uso de margem e alavancagem.
  • Serviços premium com dados avançados.
Operação Maker/Taker0,1% - 0,5%0,2% - 0,3% em tokens da rede
Depósito em fiatPode ter taxa fixaNão disponível
Saque de criptoVariável, depende da redeDepende do gas da blockchain
CustódiaCustodiado pela exchangeTotalmente do usuário

Regulação das exchanges no Brasil

Desde junho de 2023, entrou em vigor o Marco Legal dos Criptoativos (Lei nº 14.478/2022). Ele estabelece princípios básicos para o funcionamento das exchanges no país, incluindo:

  • Necessidade de registro e autorização do Banco Central para operar.
  • Regras contra lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo.
  • Maior transparência nos serviços e comunicação com os clientes.

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) também atua em casos que envolvem criptoativos considerados valores mobiliários. Essa combinação regulatória busca dar mais segurança ao investidor brasileiro, embora o setor ainda esteja em desenvolvimento.

Segurança e custódia de ativos digitais

Um ponto crucial é a segurança das chaves privadas. Nas exchanges centralizadas, você não tem controle direto sobre elas (“not your keys, not your coins”).

Por isso, muitos investidores preferem transferir fundos para carteiras frias (cold wallets) após comprar.
As DEX, por outro lado, dão total controle ao usuário, mas exigem que ele saiba gerenciar carteiras e evitar golpes.

No Brasil, a Lei de Criptoativos de 2023 começou a estabelecer regras de funcionamento e responsabilidade para exchanges, trazendo mais proteção para o investidor.

Principais riscos ao usar exchanges

Apesar da praticidade, as exchanges não estão livres de riscos:

  • Hacks e falhas de segurança: já ocorreram casos de grandes exchanges que perderam fundos devido a ataques.
  • Custódia centralizada: em CEX, o usuário não possui suas chaves privadas, ficando dependente da plataforma.
  • Golpes e fraudes: phishing, promessas de rendimentos garantidos e pirâmides disfarçadas de serviços de exchange.
  • Risco regulatório: mudanças nas leis podem impactar operações, saques ou até suspender atividades de uma exchange.

Por isso, a recomendação é clara: use exchanges apenas para negociação ativa e armazene seus criptoativos em carteiras próprias quando o objetivo for longo prazo.

O que é melhor: exchange ou corretora?

Ativos disponíveisApenas criptoativos e tokensAções, ETFs, fundos, derivativos e cripto via CFDs
CustódiaNormalmente controlada pela exchange (CEX)Custódia regulada, geralmente via bancos/custodiantes
SegurançaRisco de hacks; carteiras próprias recomendadasProteção via regulamentação financeira
Regulação no BrasilMarco Legal Cripto (2023), supervisão inicialCVM, Banco Central, legislação consolidada
Perfil indicadoInvestidor focado em criptoInvestidor diversificado em vários mercados

A escolha depende do perfil do investidor.

  • Quem busca simplicidade e deseja negociar criptomoedas sem entrar em aspectos técnicos, pode começar por uma exchange centralizada.
  • Para quem já opera no mercado tradicional e quer ter tudo em uma única conta (ações, ETFs, cripto via derivativos), uma corretora pode ser mais prática.
  • Se o objetivo é profundidade no universo cripto, com acesso a liquidez global e operações mais avançadas, as DEX podem ser a melhor opção.
Iniciante em criptoExchange CentralizadaInterface simples, suporte ao cliente
Trader de ativos tradicionaisCorretora onlineMesma conta para vários ativos
Investidor avançado em criptoExchange DescentralizadaMaior controle e variedade de tokens

Exchange de criptomoedas: por onde começar?

Se o objetivo é apenas conhecer o mercado e realizar as primeiras operações, um exchange centralizado é a escolha mais intuitiva. Já para quem valoriza autonomia e entende os riscos, as DEX oferecem o caminho mais descentralizado.

Em qualquer caso, a recomendação é nunca deixar grandes quantias paradas dentro de uma exchange e sempre utilizar carteiras próprias para custódia. Segurança deve vir antes de rendimento.

Perguntas Frequentes (FAQs)

  • Abertura de conta fácil e rápida em poucos minutos.
  • Sem comissões por operação, apenas o spread sobre o preço do ativo.
  • Proteção contra saldo negativo.
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