Guia completo para escolher as melhores ações e montar sua carteira

Escolher as melhores ações é um passo essencial para quem está começando a investir na bolsa ou deseja construir uma carteira de investimentos que seja robusta e rentável.  Afinal, com as estratégias e conhecimentos adequados, é possível fazer escolhas melhores, que irão contribuir para o sucesso de seus investimentos — e para sua saúde mental.

Entretanto, escolher as melhores ações é um desafio. São muitas alternativas, diferentes setores da economia, todas com seus prós e contras. Por isso, convidamos você a continuar com a leitura para saber mais sobre como tomar decisões neste processo e montar uma carteira que combine com o seu momento atual e planos futuros.

Como escolher as melhores ações para sua carteira?

Para escolher as melhores ações para sua carteira, é essencial considerar uma série de fatores que vão além do preço do papel. Para isso, você pode usar estratégias como:

Análise Fundamentalista: entendendo os fundamentos

A análise fundamentalista é uma ferramenta essencial para investidores que buscam compreender a verdadeira saúde financeira e o potencial de crescimento de uma empresa. 

Para realizá-la de maneira eficaz, avalie documentos e indicadores financeiros:

1. Balanços patrimoniais;
2. Demonstrativos de resultados (DRE);
3. Fluxo de caixa;
4. Indicadores financeiros.

1. Balanços patrimoniais

Examine a posição financeira da empresa, incluindo ativos, passivos e patrimônio líquido. Verifique a liquidez e solvência através de índices como liquidez corrente e liquidez seca.

2. Demonstrativos de resultados (DRE)

Analise a lucratividade da empresa, observando receitas, custos, despesas operacionais e o resultado final — o lucro líquido.

3. Fluxo de caixa

Entenda como a empresa gera e utiliza seu caixa. Avalie a capacidade de gerar caixa operacional e a eficiência na gestão de investimentos e financiamentos.

4. Indicadores financeiros

São indicadores financeiros que vão te ajudar a escolher as melhores ações:

• P/L (Preço/Lucro): avalie se o preço da ação está alinhado com o lucro da empresa. Um P/L baixo pode indicar uma ação subvalorizada, enquanto um P/L alto pode sugerir sobrevalorização;
• ROE (Retorno sobre o patrimônio líquido): meça a rentabilidade da empresa em relação ao seu patrimônio, considerando um alto ROE como indicador de uma gestão eficiente dos recursos próprios;
• Dividend yield: calcule a relação entre os dividendos pagos por ação e o preço da ação. Dividend yield elevado é ideal para investidores em busca de renda passiva.

Análise Técnica: identificando tendências e padrões

A análise técnica é uma metodologia que permite aos investidores identificar padrões de mercado e prever tendências futuras de preços, sem considerar diretamente os fundamentos econômicos da empresa.

Usa, principalmente, gráficos. Para aplicá-la, é essencial compreender e utilizar os seguintes conceitos e ferramentas:

1. Médias móveis;
2. Suporte e resistência;
3. Indicadores de momentum.

1. Médias móveis

Utilize médias móveis para suavizar flutuações de preços e identificar tendências. 

A média móvel simples (MMS) e a média móvel exponencial (MME) são as mais comuns, ajudando a determinar momentos de entrada e saída do mercado.

2. Suporte e resistência

Identifique os níveis de suporte, onde o preço tende a encontrar um piso, e resistência, onde o preço parece encontrar um teto. Esses níveis são cruciais para entender os movimentos de preços e planejar transações.

3. Indicadores de momentum

Os indicadores de momentum são:

• RSI (Índice de força relativa): avalie se uma ação está sobrecomprada ou sobrevendida, analisando a velocidade e a mudança dos movimentos de preços;
• MACD (Convergência/Divergência de médias móveis): use este indicador para detectar mudanças na força, direção, momentum e duração de uma tendência de preço de uma ação.

Valuation: determinando o valor justo

O valuation é um processo analítico para determinar o valor justo de uma empresa e, por extensão, de suas ações. Para comparar e escolher as melhores ações, investidores e analistas utilizam diferentes métodos, buscando oportunidades onde as ações estão sendo negociadas abaixo do seu valor intrínseco.

São exemplos de modelo:

1. Fluxo de caixa descontado (DCF);
2. Múltiplos de mercado;
3. Comparação com empresas semelhantes.

1. DCF

O DCF é considerado um dos métodos mais fundamentais e precisos, pois se baseia na premissa de que o valor da empresa é igual ao total dos fluxos de caixa que ela pode gerar, descontando o custo de capital.

2. Múltiplos de mercado

Este método avalia a empresa comparando-a com outras semelhantes no mercado, utilizando métodos como P/E (Price-to-Earnings) e P/B (Price-to-Book). 

O P/E relaciona o preço da ação com o lucro por ação (EPS), enquanto o P/B compara o preço da ação com o valor contábil por ação.

3. Comparação com empresas semelhantes

Analise empresas do mesmo setor e porte para estabelecer benchmarks de valuation. A comparação é útil para identificar ações subvalorizadas ou sobrevalorizadas em um contexto de mercado específico.

Análise de desempenho histórico

A análise do histórico de desempenho das ações é uma ferramenta muito importante para investidores que buscam entender a trajetória de uma empresa no mercado de capitais. 

Embora o desempenho passado não seja um indicador definitivo dos resultados futuros, ele oferece informações suficientes sobre como a ação pode se comportar sob diversas condições econômicas.

Para isso, considere os seguintes pontos:

1. Análise de tendências;
2. Volatilidade histórica;
3. Reação a eventos;
4. Comparação setorial.

1. Análise de tendências

Observe as tendências de longo prazo no preço das ações. Ações com uma tendência de alta consistente podem indicar uma gestão sólida e um modelo de negócios bem-sucedido.

2. Volatilidade histórica

Avalie a volatilidade dos preços das ações ao longo do tempo. Alta volatilidade pode significar maiores retornos, mas também apresentam riscos mais elevados.

3. Reação a eventos

Examine como a ação reagiu a eventos específicos, como crises econômicas, mudanças regulatórias ou lançamentos de produtos. Isso pode ajudar a prever reações futuras a eventos semelhantes.

4. Comparação setorial

Compare o desempenho da ação com o de outras empresas do mesmo setor para entender se a ação está superando ou performando abaixo do esperado em relação aos seus pares.

Dicas práticas para montar uma carteira de ações

Acompanhe algumas dicas simples que podem facilitar no momento de escolher as melhores ações para investir:

• Diversificação;
• Gestão de risco;
• Setores de economia.

Diversificação

A diversificação é uma técnica que reduz o risco ao alocar investimentos entre diferentes instrumentos financeiros, setores e outras categorias. 

Ela visa maximizar o retorno ao investir em diferentes áreas que reagiriam de maneira diferente ao mesmo evento. 

Uma carteira diversificada contém uma mistura de ações de diferentes setores e tamanhos de empresas, além de outros ativos, como títulos e fundos imobiliários, para balancear o risco. Outra opção, é investir nas melhores ações da Europa, que oferecem oportunidades interessantes para investidores que buscam diversificar suas carteiras. Além disso, há tendências do mercado americano, com as melhores ações para investir a partir do Brasil.

Gestão de risco

A gestão de risco envolve identificar, avaliar e priorizar riscos seguidos pela aplicação coordenada de recursos para minimizar, controlar e monitorar a probabilidade ou impacto de eventos adversos. 

No contexto de uma carteira de ações, isso pode significar definir um limite de perda aceitável, usar ordens de stop-loss ou ajustar a alocação de ativos com base em mudanças no perfil de risco pessoal, ou no ambiente de mercado.

Setores da economia

Investir em diferentes setores da economia é uma parte essencial da diversificação e, consequentemente, do processo para escolher as melhores ações. Cada setor responde de maneira diferente às condições econômicas e tem diferentes ciclos de negócios. 

Alguns setores, como tecnologia e saúde, podem oferecer crescimento rápido, enquanto outros, como utilidades públicas e bens de consumo, podem oferecer estabilidade e dividendos regulares no longo prazo. 

Sendo assim, é importante pesquisar e entender os setores em que você está investindo, incluindo os riscos e oportunidades que eles apresentam.

Dê o próximo passo para escolher as melhores ações!

Neste guia, você aprendeu como identificar ações promissoras para formar um portfólio de investimentos sólido. A chave é entender seu perfil de investidor e analisar bem as empresas antes de escolher suas ações. 

Independente da sua escolha, lembre-se, para montar um portfólio bem-sucedido é necessário paciência, uso de técnicas e ferramentas, análise crítica e muita pesquisa. 

Mantenha o foco nos seus objetivos e no tempo de investimento. Com diversificação e controle de risco, você poderá fazer escolhas inteligentes que protegem e aumentam seu patrimônio no mercado de ações.

Enquanto isso, você também pode investir em estudar cada vez mais sobre o assunto e se aprofundar em temas como ações pagadoras de dividendos no Brasil.

São muitas as oportunidades para quem deseja melhorar seu planejamento financeiro pessoal e dar novos passos em direção à independência financeira!