Trading de CFDs
Antes de sair operando ativos internacionais com alavancagem, é preciso entender bem como investir em CFDs no Brasil, especialmente se você está começando agora. Neste guia, vamos explicar como brasileiros podem acessar esse tipo de investimento por meio de corretoras estrangeiras, quais cuidados tomar, o que diz a CVM, como funciona a tributação e o que considerar na hora de escolher uma corretora.
Você já se perguntou se dá pra começar a investir fora do país sem sair do sofá? Muita gente pensa que acessar o mercado internacional é coisa só pra quem tem milhões ou trabalha em banco, mas a verdade é bem diferente.
Hoje, qualquer brasileiro com conexão à internet e um pouco de disciplina pode começar a operar CFDs com total autonomia. Mas como colocar isso em prática, na vida real?
Investir em CFDs do Brasil exige abrir conta em uma corretora estrangeira confiável que aceite residentes brasileiros. O processo é online e rápido, mas precisa ser feito com atenção. Veja o passo a passo:
É por esse caminho que muitos brasileiros operam em índices como Nasdaq, ações da Apple, pares de moedas como EUR/USD e commodities como ouro, tudo sem sair do Brasil.
Muita gente começa a operar CFDs e só depois descobre que precisa declarar e pagar imposto sobre os lucros. Não caia nessa. Mesmo operando fora do país, você continua tendo obrigações fiscais no Brasil.
O lucro obtido em negociações com CFDs é considerado ganho de capital com ativos financeiros no exterior. Isso significa que:
Além disso:
Uma dica final: mantenha registro de todas as suas operações, comprovantes de envio de recursos e extratos das corretoras. Isso evita dores de cabeça com a Receita no futuro.
Para quem busca operações rápidas e diversificação internacional, os CFDs podem ser interessantes. Para quem pensa em dividendos e longo prazo, as ações continuam sendo mais adequadas.
Característica | CFDs | Ações | |||
Posse do ativo | Não | Sim | |||
Alavancagem | Sim | Limitada | |||
Custo | Spread + swap | Corretagem + taxas | |||
Risco | Alto | Médio | |||
Prazo ideal | Curto | Longo |
Se você está começando agora a investir em CFDs, uma das coisas mais importantes que pode fazer é se proteger. Não adianta acertar uma ou duas operações se, na terceira, você perde tudo por não ter controle de risco. Vamos combinar uma coisa? Antes de pensar no lucro, pense em não perder.
A primeira dica é simples, mas muita gente ignora: nunca invista mais do que está disposto a perder. CFDs são instrumentos alavancados e, por isso, o capital pode evaporar rápido. Determine previamente quanto está disposto a arriscar por operação (o famoso risco por trade), e mantenha-se fiel a isso.
Outra dica fundamental é usar sempre ordens de stop loss e take profit. Elas não são opcionais. O stop limita o prejuízo se o mercado for contra você. O take profit garante que você realize o lucro quando atingir sua meta. Não confie na sorte ou na sua intuição para encerrar operações manualmente.
Comece testando diferentes abordagens em uma conta demo. Pratique, erra, ajuste. Só depois vá para o mercado real. Mesmo assim, comece com posições pequenas, operando com alavancagem baixa.
Evite operar em horários com alta volatilidade (como abertura de mercado americano ou divulgação de dados econômicos) se ainda não domina o emocional. E nunca opere baseado em dicas de redes sociais ou grupos de WhatsApp. Tenha um plano, e siga esse plano.
Quanto às estratégias, vale começar com modelos simples como breakout de suporte e resistência ou tendência com médias móveis. O importante aqui não é ganhar rápido, mas aprender como o mercado reage e como você reage a ele.
Se você é iniciante, comece com uma conta demo e estude bastante sobre gestão de risco. Não invista mais do que está disposto a perder e evite operar alavancado sem entender o impacto disso no seu saldo.
Com disciplina e preparo, os CFDs podem sim ser uma ferramenta válida para diversificar e explorar oportunidades globais. Mas lembre-se: trata-se de um produto complexo, e não uma forma rápida de enriquecer.