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ETFs ESG: o que são e como funcionam

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Na última década, o investimento responsável ganhou protagonismo significativo, tanto na agenda global quanto nos portfólios de investimento. Os chamados ETFs ESG (sigla para Environmental, Social, and Governance, que em português significa Ambiental, Social e Governança), reúnem empresas comprometidas com práticas sustentáveis, responsabilidade social e boa governança. Esses ETFs podem abranger diversos setores, incluindo tecnologia, saúde, finanças e energias renováveis, oferecendo aos investidores uma oportunidade de gerar retornos enquanto contribuem para um futuro mais sustentável.

A narrativa é que a crescente preocupação com a mudança climática, juntamente com o aumento de políticas governamentais focadas na sustentabilidade como o Acordo de Paris, somado ao aumento da consciência ambiental, pode resultar que o investimento em ETFs sustentáveis combine retornos com um impacto positivo no meio ambiente.

No entanto, assim como qualquer outro investimento, os ETFs de energia limpa não apresentam apenas vantagens, mas também riscos que devem ser analisados cuidadosamente antes de tomar qualquer decisão. Neste artigo, tentarei explorar todos esses nuances.

Vantagens de investir em ETFs ESG

A seguir, listo algumas das vantagens deste tipo de ETFs Temáticos:

Oportunidades de crescimento a longo prazo

Uma das principais vantagens de investir em ETFs ESG é a oportunidade de se beneficiar do crescimento a longo prazo da indústria de energias limpas. Segundo um relatório do Fórum Econômico Mundial, o investimento global em energias limpas atingiu 2 trilhões de dólares, o dobro do destinado a combustíveis fósseis. Isso é um claro sinal de que o mercado está evoluindo para um modelo mais sustentável, com países como Estados Unidos, China e várias nações europeias liderando o caminho.

fóssil vs sustentavel etf
Investimento fóssil vs Sustentável

Crescimento potencial em setores emergentes

Os ETFs ESG geralmente incluem setores que estão em rápido crescimento e que recebem apoio dos governos, como energias renováveis, tecnologia, saúde e empresas financeiras comprometidas com boas práticas ESG. Além disso, algumas gestoras de ETFs excluem setores controversos, como combustíveis fósseis, tabaco e armas, garantindo um alinhamento maior com critérios sustentáveis. Esses setores não são apenas cruciais para a transição para uma economia de baixo carbono, mas também apresentam oportunidades significativas de crescimento a longo prazo. Segundo um relatório da BloombergNEF, espera-se que o investimento em energias renováveis alcance US$ 4,5 trilhões até 2030, o que destaca o potencial desses setores.

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Como selecionar um ETF de sustentabilidade

Selecionar um ETF de energia limpa requer uma análise abrangente de vários fatores, como a estratégia do fundo, a diversificação e a estrutura de custos. A seguir, apresentamos algumas considerações chave:

  1. Enfoque temático da carteira: os ETFs ESG podem ter diferentes estratégias. Alguns são setoriais, focados em energias renováveis, tecnologia ou infraestrutura sustentável. Outros são mais amplos, investindo em empresas de diversos setores que atendem a critérios ESG, como grandes empresas de tecnologia, bancos e indústrias que adotam práticas sustentáveis. Entender a composição da carteira e o objetivo que seu índice tem é muito importante para saber se está em sintonia com o que buscamos, nossas convicções, e também os retornos esperados e riscos.
  2. Retornos: usar os retornos recentes deste tipo de ETFs é um dos erros mais comuns que existem. O retorno histórico recente dos ETFs temáticos não é um bom indicador para selecioná-los, a menos que se esteja fazendo trading baseado em tendências e momentum de curto prazo. A primeira razão é que muitos desses ETFs aparecem no mercado quando a tendência do ativo subjacente já está chegando ao seu ponto máximo. E a segunda razão é porque não existe histórico suficiente sob diferentes circunstâncias econômicas para ter uma boa probabilidade de um retorno esperado.
  3. Custos e despesas: certifique-se de revisar a estrutura de custos do ETF. Os mais baratos nem sempre são os melhores quando falamos de índices de nicho, estratégias sofisticadas ou temáticos. Os custos de gestão de alguns ETFs ESG podem variar significativamente, e são uma das variáveis mais importantes da redução dos retornos a longo prazo.

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Riscos do investimento verde

Aqui listo alguns dos riscos mais importantes a serem considerados quando estamos analisando este tipo de ETFs.

  • Risco de Mercado: no contexto dos ETFs ESG, esse risco pode ser exacerbado pela natureza emergente de muitas das tecnologias e setores nos quais esses fundos investem. Por exemplo, a energia solar e eólica, embora em crescimento, continuam suscetíveis a flutuações nos custos de produção, mudanças na demanda e avanços tecnológicos que poderiam alterar a competitividade dessas tecnologias.

    Um exemplo recente é o impacto da guerra na Ucrânia, que provocou flutuações significativas nos preços da energia e desestabilizou muitos mercados energéticos, afetando tanto os setores tradicionais quanto os de energia limpa.
  • Risco de Concentração: refere-se à possibilidade de que um ETF esteja excessivamente exposto a um setor, região geográfica ou tipo de ativo específico. Alguns ETFs ESG podem ter uma exposição significativa a poucos setores ou grandes empresas. Muitos ETFs ESG, especialmente os que seguem índices globais, possuem alta concentração em empresas de tecnologia, como Apple, Microsoft e Tesla, ou em instituições financeiras. Esse risco deve ser analisado para garantir uma diversificação adequada no portfólio

    Esta concentração pode amplificar o impacto de eventos adversos específicos, como mudanças nas políticas governamentais ou o surgimento de novas tecnologias que façam com que as empresas atuais percam sua vantagem competitiva. Além disso, as mudanças nas políticas ambientais e energéticas dos países onde essas empresas operam podem afetar negativamente o ETF como um todo.
  • Risco de Mudanças Regulatórias e Políticas: as políticas e regulamentações governamentais são um fator crucial que pode influenciar significativamente o desempenho dos ETFs ESG, seja positiva ou negativamente. Por exemplo, o Inflation Reduction Act nos Estados Unidos proporcionou um apoio considerável ao investimento em energias limpas, mas também criou incerteza em torno da elegibilidade de certos projetos e a extensão de benefícios fiscais.

    Além disso, a pressão política e o escrutínio regulatório sobre os ETFs e Fundos ESG (Environmental, Social, and Governance) aumentaram nos últimos anos. Um fator que intensificou isso é a investigação do Congresso dos Estados Unidos sobre esse tipo de instrumentos. Recentemente, um comitê da Câmara dos Representantes emitiu uma intimação à Vanguard como parte de uma investigação para determinar se os fundos ESG violam as leis antitruste ao não permitir que os investidores escolham livremente se desejam investir em setores como petróleo e gás. Esse tipo de ações legais e regulatórias aumenta a percepção de risco em torno dos ETFs verdes e a possível saída de fluxos.

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Impacto das políticas ambientais nos ETFs Verdes

As políticas ambientais e as regulamentações governamentais desempenham um papel crucial no desempenho dos ETFs verdes. Essas políticas podem influenciar para o bem ou para o mal, como acabei de explicar no ponto anterior. Aqui estão as principais variáveis se quisermos analisar o impacto das políticas públicas:

  • Incentivos Fiscais e Subsídios
  • Regulamentações de Emissões
  • Políticas de Transição Energética

Ferramentas e recursos para investir em ETFs Verdes

Investir em ETFs ESG requer acesso a ferramentas e recursos que facilitem a tomada de decisões informadas. Além deste blog e dos recursos que a Rankia oferece, aqui estão algumas das ferramentas úteis para os interessados neste setor.

  • Morningstar: fornece classificações e análises abrangentes de ETFs.
  • ETFdb: oferece uma ampla base de dados de ETFs verdes com filtros avançados para facilitar a busca.
  • Sustainalytics: fornece avaliações de sustentabilidade e riscos ambientais para as empresas incluídas nos ETFs.
  • MSCI ESG Fund Ratings and Climate Search Tool: permite aos investidores buscar e avaliar fundos de investimento e ETFs com base em suas classificações ESG.

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Investir envolve riscos. Perca pode exceder o valor investido. Avalie cuidadosamente.

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