ETF de Renda Fixa ou Tesouro Direto? Descubra qual ter na sua carteira

Investir em renda fixa é uma das opções mais seguras para quem deseja preservar o capital e, ao mesmo tempo, obter uma rentabilidade constante. No entanto, uma dúvida comum entre investidores é: vale a pena investir nos ETFs de renda fixa ou é melhor investir diretamente nos títulos do Tesouro? Neste artigo, vamos explorar os principais ETFs de renda fixa disponíveis no mercado, analisar suas vantagens e desvantagens, além de comparar com os títulos do Tesouro Direto para que você saiba qual opção é a mais adequada para sua estratégia de investimento.

O que são ETFs de renda fixa e como funcionam

Os ETFs de renda fixa são fundos de índice que buscam replicar o desempenho de um índice de títulos de dívida, como Tesouro Direto e títulos atrelados à inflação (IPCA). Eles são uma alternativa para quem deseja diversificar o portfólio de renda fixa sem precisar comprar individualmente cada título.

Principais ETFs de renda fixa para investir

Vamos apresentar os quatro principais ETFs de renda fixa disponíveis no mercado, com maior liquidez e volume de negociação. Conhecer as características de cada um deles ajudará a tomar uma decisão mais informada sobre onde investir.

1. IMAB11: o ETF mais conhecido

O IMAB11 é, sem dúvida, o ETF de renda fixa mais popular, com grande volume de negociação. Criado em 2019, ele replica o Índice IMAB, que é composto por títulos do Tesouro atrelados ao IPCA. Ou seja, o ETF investe em títulos públicos que têm sua rentabilidade atrelada à inflação.

2. B5P211: um ETF com foco em títulos de 5 anos

O B5P211 segue o Índice IMA B5, que investe em títulos do Tesouro IPCA com vencimento de 5 anos. Lançado em 2020, esse ETF também é uma opção para quem deseja proteger o capital contra a inflação a um prazo mais curto.

O B5P211 possui uma oscilação mais acentuada em relação ao IMAB11 devido ao menor prazo dos títulos que ele replica. Isso pode ser vantajoso para quem busca um retorno mais rápido com potencial de ganho superior, mas também implica maior risco de perda caso o investidor precise vender o ETF antes do prazo.

3. IRFM11 – Focado em títulos pré-fixados

O IRFM11, lançado também em 2019, investe em títulos do Tesouro pré-fixados. Ele é ideal para investidores que acreditam em uma redução das taxas de juros no futuro, pois os títulos pré-fixados se valorizam quando as taxas de juros caem.

Caso as taxas de juros caiam, o IRFM11 pode gerar ganhos significativos devido à marcação a mercado dos títulos pré-fixados. No entanto, também existe o risco de desvalorização se as taxas de juros subirem.

4. LFT-S11 – O ETF dos títulos Selic

Lançado em 2022, o LFT-S11 segue o Índice IMA-S, que é composto por títulos do Tesouro Selic. Esses títulos são de curto prazo e são menos sujeitos à volatilidade do mercado. Ele é considerado uma boa opção para quem busca rentabilidade estável.

O LFT-S11 pode ser uma boa opção para quem deseja segurança e uma rentabilidade mais previsível, mas sua tributação de 25% sobre o lucro o torna menos vantajoso para investimentos de curto prazo.

Quando investir em ETFs de renda fixa?

Os ETFs de renda fixa são uma ótima opção para quem busca diversificação, já que eles oferecem exposição a uma cesta de títulos. Além disso, a tributação de 15% sobre o lucro é um grande atrativo, especialmente para quem não deseja ficar exposto a taxas de juros variáveis por um longo período.

• Diversificação: para quem deseja investir em vários títulos ao mesmo tempo.
• Curto e médio prazo: para quem busca potencial de valorização com marcação a mercado.
• Estratégia de longo prazo: para proteger o capital da inflação.

Comparativo detalhado: ETFs vs Tesouro Direto, qual escolher?

Agora vamos aprofundar a comparação entre ETFs de Renda Fixa e Tesouro Direto, analisando características como tributação, liquidez, segurança e rentabilidade. Vamos detalhar as opções de títulos do Tesouro e compará-los com os ETFs apresentados.

O Tesouro Direto oferece várias opções de títulos que podem ser adquiridos diretamente pelo investidor. Vamos analisar os principais tipos de títulos:

1. Tesouro Selic (LFT)

O Tesouro Selic é ideal para quem busca segurança e liquidez. Ele acompanha a taxa básica de juros (Selic) e é considerado uma das opções mais estáveis do Tesouro Direto.

2. Tesouro IPCA+ (NTN-B)

O Tesouro IPCA+ é vinculado à inflação (IPCA), garantindo que o investidor tenha uma rentabilidade real. Ele é ideal para quem deseja proteger seu capital da inflação ao longo do tempo.

3. Tesouro Prefixado (NTN-F)

O Tesouro Prefixado oferece uma rentabilidade fixa, conhecida no momento da compra. É interessante para quem acredita que as taxas de juros vão cair no futuro.

Quando investir no Tesouro Direto?

Investir diretamente nos títulos do Tesouro Direto pode ser vantajoso quando se busca maior controle sobre os vencimentos e taxas de juros. Se o objetivo é fazer uma reserva de emergência ou investir para o longo prazo, o Tesouro Direto pode ser uma opção mais simples e com menor custo de administração.

• Reserva de emergência: o Tesouro Selic é ideal para esse propósito, principalmente após a mudança na tributação do LFT-S11.
• Investimentos de longo prazo: para quem tem uma perspectiva de rendimento mais previsível.

ETF de renda fixa ou Tesouro Direto? A escolha ideal para sua carteira

A escolha entre ETFs de renda fixa e Tesouro Direto depende de vários fatores, como objetivos financeiros, prazo de investimento e apetite ao risco. Os ETFs oferecem diversificação, baixa taxa de administração e a possibilidade de ganhos com marcação a mercado. Já o Tesouro Direto oferece segurança, rentabilidade previsível e controle total sobre os vencimentos.

Se o objetivo é proteger o capital da inflação e buscar rendimento real ao longo do tempo, Tesouro IPCA+ pode ser uma excelente escolha. Se a preferência é por liquidez e segurança, Tesouro Selic é ideal.

Ambas as opções têm suas vantagens e desvantagens, por isso, é importante considerar suas necessidades antes de tomar uma decisão.