Gestão Financeira
As recentes mudanças no cenário geopolítico e econômico mundial levantam diversas questões sobre o que esperar do futuro. Nesse contexto, o Brasil não fica para trás e também se encontra no meio destas alterações de cenários, o que pode afetar o dia a dia e investimentos de todos os brasileiros. A eleição de Donald Trump é um evento que altera o xadrez geopolítico e econômico de todo o mundo e merece a atenção de todos.
Após a tomada de posse do Presidente Donald Trump no último dia 20 de Janeiro deste ano, os governos e mercados mundiais assistem a uma nova leva de protecionismo e possível guerra comercial após as ameaças de aumentos de tarifas pelo recém-eleito presidente americano. Os países alvo mais prejudicados e citados são o Canadá, o México e a China. Contudo, esta política comercial protecionista também atinge o Brasil de forma direta e indireta. Até ao momento, não houve nenhuma medida concreta direcionada ao Brasil em termos de aumento de tarifas, para além da retórica protecionista, mas o aumento para os outros países afeta diretamente o Brasil, de tal modo que pode aumentar as exportações para países mais afetados, como é o caso da China.
O aumento do fenômeno da desdolarização, isto é, transacionar e realizar comércio em moedas diferentes do dólar, causa inquietação aos Estados Unidos, cuja retaliação pode passar por aumentar a tarifa aos países que aplicarem esta política até um valor de 100% (segundo afirma Trump), como é o caso do bloco dos BRICS, no qual o Brasil está incluído. Todavia, é um dos efeitos secundários da guerra comercial.
Em termos de cotação, após um período de alta no dólar, cujo valor sofreu um aumento de 27,3% em 2024 e alcançou a marca histórica de 6,26 BRL em dezembro.
Contudo, após as sucessivas intervenções do Banco Central entre dezembro e janeiro, os aumentos da Taxa Selic e as declarações de postergação da aplicação do aumento da tarifa ao Canadá e México por parte de Trump, o mercado do dólar desacelerou e alcançou a cotação de 5,75 BRL no dia 04/02, menor patamar desde 18 de novembro de 2024.
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Nos ganhos e perdas, a aplicação de tarifas tende a ter um resultado líquido negativo a longo prazo, deteriorando o PIB, aumentando a inflação e prejudicando produtores e consumidores, além de gerar uma receita fiscal que, por vezes, não justifica a política aplicada. Além disso, a possibilidade de retaliação e o despertar de uma guerra comercial prejudica os consumidores e as empresas exportadoras, ao mesmo tempo que favorece os produtores nacionais, que enfrentam menos concorrência interna de preços, o que é o objetivo final da tarifa.
No cenário macroeconômico, com tarifas mais altas, é esperado um aumento nos preços domésticos, impactando a inflação e mantendo os juros elevados pelo Federal Reserve (FED). Com isso, os juros futuros e presentes tendem a subir, levando à valorização do dólar.
No Brasil, o cenário fiscal é desafiador e o Banco Central aumentou quatro vezes seguidas a Taxa Selic em 100 pontos-base, elevando-a de 11,25% (Copom de 06/11) para 12,25% (Copom de 11/12, mantida em 29/1) e, atualmente, para 13,25% (Copom de 29/01/2025), aproximando-se da máxima histórica de 14,25%.
O aumento da Taxa Selic favorece a valorização do Real frente ao Dólar e outras moedas, além de contribuir para a desaceleração da inflação, que ultrapassou a meta de 3% + 1,5% de margem de tolerância e atingiu 4,87% em 2024. Dessa forma, a política monetária restritiva do Banco Central do Brasil busca conter a inflação e equilibrar o Real.
No entanto, a política fiscal deveria acompanhar esse movimento, algo que, segundo economistas, não está ocorrendo, refletindo o atual desequilíbrio fiscal.
A alta sucessiva da Taxa Selic favorece principalmente o investimento em renda fixa, tornando os títulos atrelados à Selic e ao CDI muito atrativos no momento. Além disso, os principais boletins econômicos e previsões de instituições financeiras indicam que a taxa de juros pode continuar subindo, podendo alcançar 15% ou mais, diante da projeção de uma inflação de até 5,5% em 2025.
Com isso, o ganho real nesses títulos pode superar 8%, tornando opções como o Tesouro IPCA+ e o CDB mais interessantes do que ações e outros ativos de renda variável. O mercado de ações pode enfrentar dificuldades, impactado por uma possível guerra comercial com os EUA, queda nas exportações e custos elevados de financiamento com juros acima de 13%, o que pode pressionar os preços das ações na bolsa.
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