logo RankiaBrasil

Ações defensivas vs cíclicas: qual é a melhor para sua estratégia de investimentos?

ações defensivas vs ciclicas

Você já se perguntou por que algumas ações resistem bem em tempos de crise enquanto outras despencam? A chave está em entender a diferença entre ações defensivas e ações cíclicas.

No mercado brasileiro, essa distinção pode ajudá-lo a construir um portfólio mais equilibrado e adaptado aos altos e baixos da economia. Neste guia, explicamos como identificar cada tipo, quais empresas da B3 representam melhor cada categoria e como ajustar sua estratégia de acordo com o ambiente macroeconômico.

O que são ações defensivas?

As ações defensivas correspondem a empresas cujas receitas e lucros tendem a ser estáveis e previsíveis ao longo do tempo, independentemente do ciclo econômico. Essas companhias operam em setores que fornecem bens ou serviços essenciais, como alimentos, saúde, energia elétrica, saneamento, telecomunicações e varejo básico.

Principais características técnicas:

  • Baixa volatilidade: Os preços oscilam menos em comparação ao mercado geral.
  • Receitas estáveis: Menor sensibilidade a crises econômicas.
  • Dividendos constantes: Distribuem lucros regularmente.
  • Beta abaixo de 1: Reagem menos às variações do mercado.
  • Grande capitalização: Presença relevante em índices como o Ibovespa.

Exemplos na B3:

  • Ambev (ABEV3): Bebidas e consumo recorrente.
  • Engie Brasil (EGIE3): Geração de energia elétrica.
  • Itaúsa (ITSA4): Holding com histórico de dividendos estáveis.
  • Grupo Pão de Açúcar (PCAR3): Varejo alimentar.
  • Sabesp (SBSP3): Saneamento básico.
  • TIM Brasil (TIMS3): Telecomunicações.
  • Raia Drogasil (RADL3): Farmácias e saúde.

O que são as ações cíclicas?

As ações cíclicas representam empresas cujo desempenho está diretamente relacionado ao ciclo econômico. Em fases de expansão, tendem a crescer, mas durante recessões, sofrem retrações significativas.

👉 Teoria de Wyckoff: Análise técnica e sucesso no mercado

Setores típicos: automóveis, construção civil, turismo, mineração, financeiro, tecnologia e varejo de bens duráveis.

Principais características técnicas:

  • Alta volatilidade: Oscilações de preços mais amplas.
  • Lucros atrelados ao PIB: Desempenho segue a economia.
  • Maior potencial de valorização: Especialmente em ciclos de alta.
  • Beta acima de 1: Alta sensibilidade ao mercado.
  • Risco sistêmico elevado: Sensíveis a juros, inflação e crédito.

Exemplos na B3:

Como os ciclos econômicos afetam as ações defensivas e cíclicas?

O ciclo econômico (expansão, pico, recessão e recuperação) tem impacto direto sobre essas duas categorias.

  • Durante expansões: Ações cíclicas se beneficiam do aumento no consumo e nos investimentos.
  • Durante recessões: Ações defensivas tendem a manter estabilidade graças à demanda inelástica.

Exemplo recente: Na crise de 2020, empresas como Raia Drogasil, TIM e Engie Brasil apresentaram menor queda do que cíclicas como Azul ou Magazine Luiza.

Indicadores econômicos para se antecipar:

  • PMI industrial
  • Taxa Selic e política do Banco Central
  • Nível de desemprego
  • Produção industrial
  • Indicadores de confiança do consumidor e do empresário

Ações defensivas ou cíclicas? De acordo com seu perfil de investidor?

A decisão entre ações defensivas e cíclicas depende do seu perfil de risco, prazo de investimento e metas financeiras.

  • Conservador:
    • Foco em proteção de capital e estabilidade.
    • Preferência por defensivas (até 80% da carteira).
  • Moderado:
    • Busca equilíbrio entre risco e retorno.
    • Composição mista (ex: 60% defensivas / 40% cíclicas).
  • Agressivo:
    • Tolera alta volatilidade e busca crescimento acelerado.
    • Pode alocar até 70% em ações cíclicas.

Fatores adicionais: idade, liquidez necessária, tolerância emocional, diversificação geográfica e regime tributário.

👉 Que perfil de investidor você é? Agressivo, moderado ou conservador

Estratégia mista: balancear entre ações defensivas e cíclicas

Uma estratégia balanceada permite se adaptar às mudanças macroeconômicas:

  • Atribuição estratégica: Base constante de defensivas (ex: 50-60%) com exposição a cíclicas.
  • Atribuição tática: Ajustes conforme política monetária, inflação, juros ou consumo.

Modelos comuns:

  • Rotação setorial baseada no ciclo econômico.
  • Análise quantitativa de momentum setorial.

Instrumentos disponíveis:

  • ETFs setoriais (ex: BOVA11, SMAL11, DIVO11).
  • Fundos multimercado e fundos de ações temáticos.
  • Carteiras recomendadas por casas de análise.
  • Operações estruturadas com opções sobre ações.

Prós

  • Redução de perdas em cenários negativos.
  • Potencial de ganhos em retomadas econômicas.
  • Flexibilidade na alocação de ativos.

Contras

  • Requer monitoramento frequente do cenário macroeconômico.
  • Estratégia mais complexa, exige conhecimento técnico.
  • Possibilidade de erros no timing ao alternar entre setores.
  • Custos operacionais podem ser maiores, especialmente em estratégias com ETFs e derivativos.

Quais ações defensivas e cíclicas são negociadas na B3?

Ações DefensivasAções Cíclicas
Ambev (ABEV3)Vale (VALE3)
Engie Brasil (EGIE3)Petrobras (PETR4)
TIM Brasil (TIMS3)Magazine Luiza (MGLU3)
Sabesp (SBSP3)Gerdau (GGBR4)
Raia Drogasil (RADL3)Azul (AZUL4)
Itaúsa (ITSA4)Gol (GOLL4)
Pão de Açúcar (PCAR3)Localiza (RENT3)

Essas ações podem ser combinadas conforme o ciclo econômico e o perfil do investidor. Investidores brasileiros podem usar tanto ações individuais quanto ETFs e fundos de ações como instrumentos para aplicar essas estratégias de maneira diversificada e eficaz.

  • Baixas comissões de trading.
  • Ampla gama de produtos.
  • Juros de até 4,83% em contas em USD e 3,49% em euros.
Visitar

Investir em produtos financeiros implica um certo nível de risco.

Publicidade
Artigos relacionados