BTG Pactual vs Inter Investimentos: qual a melhor corretora?

Escolher uma corretora é uma das primeiras e mais importantes decisões para quem deseja investir com autonomia e segurança no Brasil. Nesse contexto, BTG Pactual e Inter Investimentos se destacam como duas das principais plataformas digitais voltadas ao investidor pessoa física. Ambas oferecem acesso a produtos de renda fixa, renda variável, fundos, criptoativos e mais, com estruturas de custos competitivas e diferentes abordagens em termos de plataforma, atendimento e suporte ao cliente.

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Produtos oferecidos pela BTG e Inter

BTG Pactual e Inter Investimentos estão entre as principais plataformas de investimento no Brasil, oferecendo portfólios amplos que atendem desde investidores iniciantes até os mais experientes. Ambos disponibilizam produtos de renda fixa e renda variável, mas com algumas diferenças em variedade e foco. A seguir, destacamos os produtos disponíveis em cada uma:

• Renda Fixa: As duas corretoras oferecem Tesouro Direto, CDBs, LCIs/LCAs, debêntures, CRI/CRA e COEs. No Tesouro Direto, tanto BTG quanto Inter não cobram taxa de administração, incidindo somente a taxa obrigatória da B3 (0,20% a.a.) sobre os títulos.
• Renda Variável: BTG Pactual e Inter possibilitam investir em ações listadas na B3, ETFs, BDRs e Fundos Imobiliários (FIIs). Todas essas categorias de renda variável estão acessíveis via home broker das duas instituições. Além disso, ambos oferecem operações de derivativos, como opções e contratos futuros (minicontratos de índice/dólar), para investidores que desejam operar no mercado futuro.

Ambos são participantes do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), então investimentos elegíveis contam com garantia de até R$ 250 mil por CPF por instituição emissora. Já debêntures, CRI/CRA não têm essa garantia, devendo o investidor avaliar o risco do emissor. A tabela abaixo resume os principais produtos oferecidos por cada instituição:

Estrutura de custos: Inter Investimentos vs BTG Pactual

Uma comparação fundamental para investidores de varejo é o conjunto de taxas e custos que cada corretora cobra. Taxas elevadas corroem a rentabilidade e podem afastar sobretudo os pequenos investidores. Vamos examinar os principais custos envolvidos, taxa de corretagem, taxa de custódia, taxas em fundos, e também comentar sobre spreads em renda fixa.

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No geral, o Inter Investimentos pratica política de “taxa zero” para a maioria dos serviços básicos, enquanto o BTG Pactual adota uma estrutura de cobrança de corretagem regressiva. Abaixo destrinchamos cada aspecto:

Corretagem

Taxa de corretagem é a comissão cobrada por ordem de compra ou venda de ativos de renda variável. Nesse ponto, as corretoras adotam abordagens distintas:

• Inter Investimentos: Corretagem zero para negociações via home broker. O cliente do Inter não paga nada de corretagem nem de custódia para comprar/vender ações, FIIs, ETFs ou BDRs através do aplicativo ou internet banking. Essa isenção inclui operações de swing trade e day trade, a única cobrança sobre as operações são os custos obrigatórios da B3 (taxa de liquidação e emolumentos, ~0,03% do valor negociado).
• BTG Pactual Digital: O BTG cobra corretagem nas operações de renda variável, porém utilizando um modelo regressivo: quanto mais ordens o cliente executa no mês, menor o valor por ordem. Atualmente, a corretagem no autoatendimento do BTG é de R$ 4,50 por ordem nas primeiras 10 ordens do mês; cai para R$ 4,00 entre 11ª e 40ª ordem; R$ 3,50 entre 41ª e 75ª; R$ 1,20 de 76 até 500 ordens; e R$ 0,25 por ordem a partir da 501ª. Além disso, clientes que operam Day Trade com RLP ativado têm corretagem zero nessas operações intradiárias. Importante destacar que não há cobrança de corretagem para Fundos Imobiliários (FIIs) no BTG, o banco isenta corretagem na negociação de FIIs, tornando-as gratuitas.

A tabela abaixo resume a corretagem em ações/ETFs/FIIs nas duas corretoras:

As taxas acima referem-se ao autoatendimento (operando pelo app/web). O BTG Pactual também oferece atendimento via mesa de operações/assessores, caso em que as taxas podem seguir tabela diferenciada (percentual sobre volume, com mínimo fixo), algo geralmente usado por clientes private e não pelo investidor comum. No Inter, não há mesa de operações tradicional para varejo, tudo é via plataforma digital.

Taxas de custódia

Taxa de custódia é uma cobrança (mensal ou anual) pela guarda dos ativos. Atualmente, as principais corretoras isentam a custódia na maior parte dos produtos, e BTG e Inter seguem essa prática:

• Custódia de Ações: Nenhuma das duas cobra custódia de carteira de ações ou outros ativos de Bolsa.
• Custódia de Renda Fixa: Da mesma forma, não há cobrança para manter títulos de renda fixa ou saldo aplicado em CDB/LCI/etc em nenhuma das plataformas.
• Taxa do Tesouro Direto: Tanto Inter quanto BTG estão na categoria “taxa zero” para Tesouro Direto, ou seja, não cobram nenhuma taxa administrativa ao investir em títulos públicos. A única cobrança que permanece é a taxa de custódia da B3 (0,25% ao ano), que é padrão do programa Tesouro Direto e é repassada ao investidor pelas duas corretoras. Nenhuma delas, até o momento, anunciou subsídio ou desconto nessa taxa da B3, mas pelo menos não cobram nada adicional de si próprias.
• Custódia em Fundos e Outros Produtos: Não é cobrada custódia para aplicações em fundos de investimento, previdência ou demais produtos disponíveis.

Ambas as corretoras são isentas de taxas de custódia e manutenção de conta. Isso é uma ótima notícia para o investidor de longo prazo, que pode manter seus ativos custodiados sem despesas, e para quem está começando, que não vê seu saldo sendo corroído por tarifas.

Taxas em fundos de investimento

No caso de Inter e BTG, não há cobrança de taxa de ingresso, saída ou custódia para aplicar em fundos. O acesso à plataforma de fundos é gratuito em ambos. Ou seja, se você investir R$1000 em um fundo através do Inter ou do BTG, serão cobradas apenas as taxas normais do fundo (pela gestora), sem nenhum ágio da corretora sobre isso.

No Inter, muitos fundos disponíveis são de gestoras terceiras e o raciocínio é o mesmo. Nenhuma das plataformas cobra “ágio” para investir em fundos de terceiros, elas são remuneradas via o rebate que a gestora repassa, não do investidor diretamente.

Portanto, investir em fundos pelo Inter ou pelo BTG tem o mesmo custo: taxa de administração/performance do próprio fundo (varia conforme o fundo) e eventualmente IOF/IR conforme o caso. Não há taxa de carregamento, nem de resgate, nem custódia.

Spreads em produtos de renda fixa

Quando dizemos que não há “taxa” na renda fixa, isso não significa que a corretora não seja remunerada. Em títulos de renda fixa (como CDBs, LCIs, etc.), a corretora costuma ganhar dinheiro através de spreads embutidos ou comissões pagas pelos emissores. Aqui vale comparar como Inter e BTG operam e se há diferenças de rentabilidade oferecida ao investidor:

• CDBs e LCIs do próprio banco: Tanto o Banco Inter quanto o Banco BTG Pactual emitem seus próprios CDBs e LCIs/LCAs para captação. Em geral, essas emissões direcionadas ao varejo têm taxas competitivas e a corretora (sendo do mesmo conglomerado) não coloca “spread” além do que o banco define.
• Títulos de outros emissores: As duas plataformas funcionam como “supermercados” de renda fixa, distribuindo CDB/LCI de outros bancos também. Em ambos os casos, os spreads variam conforme o emissor. Bancos menores pagam taxas mais altas (120%, 130% do CDI, por exemplo), das quais uma parte fica como comissão para a corretora. O investidor vê a taxa já líquida desse spread, então para ele o que importa é comparar as taxas oferecidas. Em geral, Inter e BTG ofertam taxas similares para um mesmo emissor e prazo, pois ambas competem no mesmo mercado. Diferenças podem ocorrer em ofertas específicas: o Inter pode ter um CDB exclusivo do Banco X a 115% do CDI enquanto o BTG oferece do Banco Y a 118%, e vice-versa. Essas variações dependem mais das negociações com os emissores do que da corretora cobrar algo do investidor.
• Tesouro Direto: Aqui não há spread, pois o preço é definido pelo Tesouro Nacional/B3. Conforme mencionado, as duas corretoras não cobram taxa administrativa, então o rendimento é igual em ambas (a taxa de compra/venda divulgada no site do Tesouro). Ambas repassam integralmente as taxas do Tesouro Direto para o investidor (menos a taxa B3 de 0,25% a.a.).
• Debêntures, CRIs/CRAs: Esses títulos de crédito privado são negociados no mercado secundário e as corretoras podem atuar como intermediárias. Normalmente, a remuneração da corretora vem via spread entre o preço de mercado e o repasse ao cliente.

A tabela a seguir traz alguns exemplos ilustrativos de produtos de renda fixa e as taxas oferecidas em cada corretora (valores aproximados, podem variar diariamente):

Plataformas e ferramentas oferecidas pela BTG e Inter

Os dois concorrentes diferem no estilo de plataforma, embora ambos tenham evoluído para atender bem o investidor digital. Vamos analisar os aspectos de usabilidade e ferramentas:

Plataforma Web (Home Broker)

• BTG Pactual: Disponibiliza um home broker web robusto, acessível pelo site de investimentos. A interface do BTG é orientada para performance, com informações completas do mercado em tempo real, book de ofertas, gráficos integrados e possibilidade de envio rápido de ordens. Além do home broker padrão, o BTG permite integração com plataformas gráficas profissionais.
• Inter Investimentos: O Banco Inter inicialmente focou no super app mobile, mas também possui um home broker web acessível via internet banking. A versão web do Inter é mais simples e leve, adequada para ordens casuais. No home broker do Inter é possível negociar ações, FIIs, ETFs e outros produtos da B3, visualizando cotações em tempo real (com certo delay para quem não assina tempo real da Bolsa). A plataforma prioriza a facilidade: é integrada à conta corrente, então transferir dinheiro e investir é bem intuitivo. Para investidores que queiram mais recursos gráficos, o Inter oferece o Home Broker PRO (uma versão aprimorada com gráficos e ferramentas extras) e suporta plataformas de terceiros como Tryd e Profit através de convênios.

Aplicativos móveis da BTG e Inter

No mobile, as diferenças refletem as estratégias de cada instituição:

• BTG Pactual: O BTG oferece aplicativos móveis dedicados para investimentos. O principal é o app BTG Invest (ou BTG Pactual Digital), onde o cliente pode acompanhar sua carteira, realizar operações em renda fixa e variável, investir em fundos, etc. Há também apps específicos, como o Mynt (para criptomoedas) e o BTG+ (conta digital/banco). Em termos de funcionalidades, o app de investimentos do BTG traz cotações em tempo real, permite envio de ordens de bolsa, aplicações em produtos diversos e acesso a conteúdos (relatórios, recomendações) para clientes.
• Inter: O Super App do Inter é um dos grandes diferenciais. Nele, a conta bancária e a corretora são integradas em um só aplicativo, oferecendo uma experiência unificada. Na seção de investimentos do app Inter, é possível aplicar em CDBs, Tesouro Direto, fundos, comprar/vender ações na B3, investir nos EUA, comprar criptomoedas, tudo sem trocar de aplicativo.

Ferramentas de análise e pesquisa

• BTG Pactual: Um ponto forte do BTG é a disponibilidade de relatórios e análises profissionais. Como maior banco de investimentos da América Latina, o BTG possui uma equipe interna de analistas de renda variável, economia e estratégia. Clientes da corretora têm acesso a diversos relatórios de pesquisa: análises de ações, recomendações de alocação, material de estratégias (longo prazo, dividendos, small caps etc.), além de morning calls e comentários diários sobre o mercado. O BTG também oferece no seu site e app ferramentas de análise gráfica básica, book de ofertas, e calculadoras, por exemplo, simuladores de rentabilidade e de Imposto de Renda.
• Inter: O Inter, apesar de banco digital, vem investindo em conteúdo e ferramentas para investidores. Dentro do app e do blog do Inter há sessões educativas explicando produtos (como artigos “Tudo sobre Tesouro Direto” etc.), e eventualmente eles publicam análises de mercado simples. Contudo, o Inter não possui uma equipe própria de analistas de ações dedicada como o BTG; as recomendações de investimentos são mais genéricas ou provenientes de parcerias.

Facilidade de uso para iniciantes

Quando o assunto é atender investidores iniciantes, ambos têm méritos, mas com enfoques distintos:

• Inter Investimentos: Por ser originalmente uma fintech de banco digital, o Inter sempre prezou pela experiência simplificada do usuário. Isso se traduz na jornada de investimento sem burocracia: abertura de conta 100% online e rápida, interface intuitiva, linguagem acessível nas descrições de produtos e ausência de “letras miúdas” em taxas. Em resumo, o Inter é extremamente amigável aos novatos, com UX desenhada para quem nunca investiu antes e quer dar os primeiros passos com confiança.
• BTG Pactual: O BTG, vindo de uma tradição de alta renda, adaptou sua plataforma para o varejo desde 2017 e tem tido sucesso em atrair iniciantes também. Ainda assim, a percepção comum é que o BTG é um pouco mais “sério” ou complexo em comparação ao Inter.

Em conclusão nessa seção, o Inter tende a oferecer uma curva de aprendizado mais suave, quase “gamificando” o início no mundo dos investimentos, ao passo que o BTG disponibiliza mais recursos (e eventualmente orientação humana) caso o iniciante deseje evoluir para um patamar mais profissional com o tempo.

BTG Pactual vs Inter Investimentos: atendimento ao cliente

Um bom atendimento ao cliente é crucial, especialmente em se tratando de dinheiro. Vamos comparar como BTG e Inter se saem em suporte aos investidores:

• Canais de Atendimento: As duas instituições disponibilizam múltiplos canais. O Inter oferece atendimento via telefone, chat no aplicativo e e-mail. O BTG Pactual também atende por telefone (números para capitais e demais regiões), chat online no app e portal, além de e-mail. Ambos possuem Ouvidoria.
• Horário de Suporte: Tanto o Inter quanto o BTG anunciam atendimento 24 horas por dia, 7 dias por semana para suporte geral. O Inter, como banco, mantém central 24h para emergências e dúvidas (inclusive finais de semana). O BTG também indica suporte 24/7 via telefone e chat, o que é um diferencial entre corretoras tradicionais.
• Qualidade do Atendimento: Avaliações de usuários e rankings indicam satisfação semelhante. Em sites como Reclame Aqui, ambas costumam ter reputação boa/ótima (o BTG Pactual digital com nota acima de 8; o Banco Inter também na faixa de 8 em reputação, resolvendo praticamente todas reclamações).
• Atendimento Personalizado: Aqui há uma diferença notável. O BTG Pactual disponibiliza assessoria para clientes que assim o desejarem, ou seja, você pode ter um agente autônomo credenciado ao BTG acompanhando sua carteira, tirando dúvidas e propondo investimentos (geralmente para clientes com patrimônios maiores ou que solicitaram esse serviço). Esse atendimento personalizado não tem custo direto (o assessor é remunerado pela corretora via comissionamento de produtos), mas adiciona uma camada de suporte consultivo interessante para quem quer. Já o Inter não possui assessores de investimento. Toda a operação no Inter é autoatendimento, e o suporte se limita a questões operacionais (por exemplo, ajuda com aplicativo, esclarecimento sobre produtos, resolução de problemas técnicas). Portanto, investidores que preferem ter um “gerente” ou consultor podem encontrar isso no BTG, mas não no Inter.

Segue uma tabela resumindo o atendimento:

Segurança na Inter e BTG

Segurança é prioridade absoluta quando falamos de instituições financeiras. No caso tanto do BTG Pactual quanto do Inter, os investidores podem ter confiança, pois ambas seguem as regulações brasileiras e possuem estruturas sólidas de proteção.

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Regulação e autorizações

BTG Pactual e Inter operam sob supervisão das principais autoridades financeiras do Brasil. O BTG Pactual S.A. é um banco múltiplo autorizado pelo Banco Central do Brasil, e sua divisão de corretora é credenciada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e participante da B3.

Da mesma forma, o Banco Inter S.A. é um banco comercial autorizado pelo Banco Central, e sua corretora (Inter DTVM Ltda.) também é devidamente registrada na CVM e integrante da B3. Isso significa que ambas as instituições cumprem exigências de capital mínimo, controles internos e auditorias periódicas impostas pelos órgãos reguladores, garantindo solidez e conformidade.

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Ambas as instituições também aderem às normas de suitability (adequação de investimentos ao perfil do cliente), compliance contra lavagem de dinheiro e demais regulamentações do mercado de capitais brasileiro. Ou seja, do ponto de vista regulatório, Inter e BTG estão no mesmo patamar de segurança e credibilidade, sendo fiscalizadas de perto pelas autoridades.

Garantias do FGC

O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) é um mecanismo de proteção para alguns investimentos de renda fixa. Tanto o BTG Pactual (por ser banco) quanto o Banco Inter são instituições associadas ao FGC, o que traz as seguintes garantias aos clientes:

• Depósitos à vista e CDB/RDB: Valores depositados na conta corrente (no caso do Inter) e aplicações em CDBs/RDBs emitidos pelo BTG ou pelo Inter são cobertos pelo FGC até R$ 250.000 por CPF, por instituição. Isso quer dizer que, em um cenário improvável de quebra do banco emissor, o investidor seria ressarcido pelo fundo até esse limite.
• LCI/LCA, LC, COE: Títulos como LCI, LCA, Letra de Câmbio e COE emitidos pelas instituições também são garantidos até R$ 250 mil pelo FGC. Novamente, vale por emissor, se você tiver LCI do Banco Inter e LCI do BTG, cada uma estaria coberta separadamente no limite.
• Poupança: (Inter possui caderneta de poupança integrada; BTG não opera poupança tradicional para varejo), de toda forma, depósitos de poupança também entram na garantia de R$250 mil por banco.

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É importante destacar que o FGC não cobre investimentos em Bolsa, fundos ou títulos de crédito privado como debêntures. Porém, nesses casos, há outros níveis de segurança: ações, ETFs, BDRs e FIIs são ativos custodiados na B3 em nome do investidor, protegidos por lei (se a corretora quebrar, o investidor pode transferir seus ativos para outra instituição). Fundos de investimento têm CNPJ próprio e patrimônio separado da gestora/distribuidora, o que também isola o investidor de problemas com a instituição financeira.

Tanto Inter quanto BTG utilizam infraestrutura tecnológica robusta para segurança digital: autenticação de dois fatores, criptografia de dados, seguro contra fraudes, etc. Não há diferença significativa, ambos são ambientes seguros para investir, atendendo às regras do Banco Central e CVM, com proteção do FGC nos produtos aplicáveis e as devidas segregações de custódia.

Diferenciais entre BTG e Inter

Por fim, vale apontar alguns diferenciais notáveis de cada plataforma, que podem agregar valor dependendo do perfil do investidor:

Conteúdo Educacional

No quesito educação financeira e conteúdo para o usuário, os dois concorrentes atuam de formas complementares:

• BTG Pactual: O BTG produz bastante conteúdo educativo e informativo. Eles possuem blogs e portais com artigos explicativos, videos no YouTube (canal BTG) com análises de mercado e entrevistas, podcasts de morning call e relatórios especiais. Além disso, o BTG frequentemente promove webinars e lives abertos ao público sobre temas econômicos e oportunidades de investimento, trazendo seus especialistas para comentar. Hoje, no app do BTG, o usuário encontra sessões educativas, glossário de investimentos, tutoriais de como usar a plataforma e um blog atualizado com notícias relevantes.
• Inter: O Inter também não fica atrás em preocupação educativa, mas seu foco é tornar o investimento descomplicado. No Blog do Inter, há uma série de artigos didáticos (“Inter Invest” publica textos explicando tipos de investimento, dicas para iniciantes, planejamento financeiro, etc.). O Inter inclusive criou um portal de educação chamado Inter Learn, com cursos gratuitos básicos sobre investimentos e finanças pessoais (com videoaulas curtas e quizzes, integrados ao app). No próprio aplicativo, quando o cliente acessa certos produtos pela primeira vez, aparecem pop-ups informativas e conteúdo guia, por exemplo, ao clicar em “Criptomoedas”, o app oferece um mini-tutorial sobre riscos e funcionamento antes de habilitar a função. Essa educação contextual ajuda muito quem está aprendendo. Além disso, o Inter tem investido em redes sociais e eventos, como lives no Instagram com especialistas parceiros e divulgação de e-books gratuitos para download no site.

Relatórios e Análises de Investimento

Aqui fazemos um comparativo específico dos recursos de pesquisa e recomendações de investimentos oferecidos:

• Equipe de análise própria: O BTG Pactual conta com uma equipe experiente de analistas (Research do BTG) que produz relatórios sobre empresas, setores e economia. O Inter não possui equipe interna dedicada exclusivamente a equity research; suas análises de investimento vêm de parceiros ou são de caráter mais geral (macroeconomia, por exemplo, via Inter Asset).
• Relatórios e recomendações de ações: Clientes do BTG têm acesso a relatórios periódicos com recomendações de compra/venda de ações específicas, preço-alvo, análise fundamentalista detalhada, além de carteira recomendada mensal elaborada pelos estrategistas do banco. O Inter, por sua vez, não fornece relatórios proprietários de ações com preço-alvo; contudo, ele disponibiliza carteiras recomendadas feitas em parceria (ex: carteiras sugeridas de ações e FIIs que podem aparecer no app, resultado de cooperação com casas de análise externas). Essas carteiras no Inter servem como orientação básica para quem quer sugestões, mas não há um documento analítico profundo como no BTG.
• Relatórios de mercado e economia: O BTG produz morning call diário, relatórios de estratégia global, comentários de política econômica, etc., e costuma enviar e-mails ou notificações aos investidores com esses insights. O Inter, via sua área econômica, também divulga relatórios macro (por exemplo, a Inter Asset publica visões sobre PIB, juros, cenário de inflação), mas com menor frequência e alcance que os do BTG.
• Ferramentas de análise no app/web: No app BTG, há seções como “Insights” ou “Análises” onde o cliente encontra posts com recomendações, vídeos curtos de analistas comentando resultados de empresas, e chatbots que respondem perguntas básicas sobre investimentos. No app Inter, as “análises” se traduzem mais em notícias e indicadores das ações (fornecidos por agências) e calls resumidos eventualmente exibidos na tela inicial (ex: “Semana promete volatilidade com decisão do Copom...” com link pro blog). A profundidade é menor, mas cobre o essencial.
• Qualidade das recomendações: O BTG historicamente tem forte presença em research, sendo reconhecido no mercado institucional. Suas recomendações para varejo derivam dessa mesma expertise, por isso, para um cliente que valoriza seguir recomendações de analistas renomados, o BTG leva vantagem. O Inter, ao não ter research proprietário, acaba servindo mais como hub neutro: ele permite que o investidor se informe pelo que disponibiliza mas incentiva que cada um tome decisão própria ou consuma análises de terceiros conforme preferir.

A tabela abaixo resume comparativamente os pontos de análises e relatórios:

Como se nota, o BTG foca em oferecer ao investidor um leque completo de análises e recomendações profissionais, quase como um private bank acessível ao varejo. Já o Inter preza por simplificar a experiência, fornecendo informações essenciais e curadoria de conteúdo educativo, mas sem se aprofundar em recomendações ativas. A escolha entre um e outro pode depender do quanto o investidor valoriza ter research de ponta à disposição ou prefere uma abordagem mais autodirigida.

Compare BTG Pactual e Inter Investimentos com outras corretoras

Ainda não está convencido? Leia outras comparações:

BTG Pactual e Inter Investimentos são ótimas opções, cada qual com suas vantagens. De forma neutra e objetiva, podemos concluir que o Inter se destaca pela isenção de taxas, simplicidade e integração bancária, sendo muito atraente para o pequeno investidor que quer começar sem custos e com facilidade.

O BTG Pactual, por sua vez, sobressai em variedade de produtos, estrutura profissional de suporte (assessoria) e acesso a ferramentas e análises aprofundadas, o que pode fazer diferença para investidores em busca de um leque mais amplo de oportunidades ou que pretendem crescer em sofisticação.

Ambos são seguros, regulamentados e reconhecidos no mercado brasileiro, cabendo ao investidor ponderar qual alinhamento de serviços atende melhor seus objetivos. Em síntese, seja qual for a escolha entre BTG Pactual vs Inter, o investidor de varejo estará bem servido, com a possibilidade inclusive de utilizar ambos de forma complementar, aproveitando o melhor de cada um.