Os ETFs (Exchange Traded Funds) continuam se consolidando como uma forma prática, diversificada e eficiente de investir no mercado global.
Em 2025, com um cenário de juros elevados e volatilidade nas bolsas, muitos investidores estão priorizando fundos que unem estabilidade, inovação e geração de renda. A seguir, apresentamos um Top 3 ETFs com breve análise de cada um, explicando por que vale a pena ficar de olho.
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Melhores ETFs para investir em dezembro 2025
Dezembro traz oportunidades relevantes para investidores na B3 e também nos mercados globais. Esse conjunto de fatores impulsiona setores estratégicos e favorece ETFs com maior resiliência, liquidez e potencial de retorno para fechar 2025.
A seguir, destacamos três ETFs promissores para investir em dezembro de 2025, oferecendo exposição ao Brasil, aos Estados Unidos e ao mercado global. São alternativas sólidas para quem busca retorno competitivo, proteção cambial e gestão eficiente de risco, num cenário de volatilidade e ajustes de política monetária.
1. SMAL11: Small Caps Brasileiras
SMAL11 é o ETF que replica o Índice Small Cap (SMLL) da B3, composto por dezenas de pequenas empresas brasileiras de capital aberto. Trata-se de companhias de diversos setores, menores em valor de mercado, porém com grande potencial de crescimento a longo prazo. O SMAL11 apresentou forte recuperação após anos de desvalorização: cerca de +27% de alta até setembro, figurando entre os ETFs de melhor retorno no ano. Essa valorização acima do Ibovespa reflete uma correção de preços.
Investir em produtos financeiros implica um certo nível de risco.
Perfil de investidor indicado: por se tratar de um ETF de ações voláteis, é mais apropriado para o investidor arrojado, que busca rentabilidade superior.
Queda de juros à vista: A expectativa de início de corte da Selic em breve é um dos motores de otimismo para ações. Essas empresas menores tendem a se beneficiar ainda mais de um ciclo de afrouxamento monetário.
Descontos e potencial de alta: Mesmo com a recente alta, os múltiplos de valuation das small caps permanecem descontados historicamente. Especialistas apontam que ainda há espaço para avanço em 2025, apoiado pela busca de barganhas por investidores estrangeiros via ETFs.
Diversificação interna: O SMAL11 oferece acesso a uma cesta diversificada de ações de empresas brasileiras de menor porte com uma única aplicação. Isso dilui riscos específicos e permite ao investidor comum participar da performance de várias small caps sem precisar selecionar individualmente cada ação.
Prós
Alto potencial de valorização: Small caps costumam registrar ganhos expressivos em ciclos de recuperação econômica e queda de juros.
Acesso fácil e diversificação: Com uma única cota de SMAL11, o investidor tem exposição a dezenas de empresas brasileiras de setores variados.
Retomada do interesse estrangeiro: Há um fluxo positivo de capital estrangeiro entrando em small caps brasileiras via ETFs, atraído pelos preços descontados.
Benefício do cenário doméstico: A melhora dos fundamentos no Brasil tende a beneficiar especialmente empresas menores voltadas ao mercado interno, o que favorece o SMAL11.
Contras
Alta volatilidade e risco: As small caps são notoriamente voláteis.
Liquidez reduzida: Muitas empresas do índice SMLL têm baixa liquidez no mercado.
Menor previsibilidade: Empresas menores tendem a ter resultados mais instáveis e são menos cobertas por analistas.
Dependência do cenário econômico: O sucesso do SMAL11 depende crucialmente de um ambiente benigno (queda consistente dos juros, confiança na economia).
2. IVVB11: diversificação global com o S&P 500
IVVB11 é o ETF da BlackRock iShares que replica o S&P 500, oferecendo aos investidores brasileiros investir nas 500 maiores empresas dos EUA via B3. Ao comprar IVVB11, você adquire um pacote que reflete a performance do S&P 500. Na prática, o fundo investe nas cotas do ETF IVV (iShares Core S&P 500) no exterior, trazendo essa exposição para o investidor local.
Isso permite diversificar a carteira internacionalmente, com exposição ao dólar e a empresas como Apple, Microsoft, Amazon, Google, Tesla, entre outras. Em 2025, mesmo enfrentando juros altos nos EUA, o S&P 500 acumula cerca de +15% de valorização no ano, mostrando resiliência semelhante à bolsa brasileira.
Investir em produtos financeiros implica um certo nível de risco.
No horizonte mais longo, o desempenho impressiona: nos últimos 5 anos o IVVB11 valorizou cerca de +95%, evidenciando o robusto retorno histórico do mercado americano.
Perfil de investidor indicado:perfil moderado a arrojado, aceitando a volatilidade das ações internacionais em troca de participar do crescimento das maiores empresas do mundo.
Por que IVVB11 é um ativo a ser observado
Diversificação geográfica e cambial: O IVVB11 é uma das formas mais práticas de o brasileiro ter investimentos no exterior sem burocracia. Com ele, sua carteira ganha exposição a ativos de economia desenvolvida e ao dólar americano, servindo como hedge em cenários de desvalorização do real. Essa diversificação reduz a dependência exclusiva do mercado doméstico, diluindo riscos específicos do Brasil.
Empresas líderes e inovadoras: O S&P 500 reúne companhias líderes mundiais em seus setores, de Big Techs a grandes bancos e indústrias. Investir nesse ETF significa ser sócio indireto de negócios altamente lucrativos, inovadores e globalmente diversificados. Setores como tecnologia da informação, saúde, financeiro e consumo dominam a carteira.
Histórico de retornos sólidos: Embora rentabilidade passada não garanta futuro, o S&P 500 construiu uma trajetória consistente de ganhos ao longo das décadas. Mesmo com crises pontuais, sempre se recuperou e atingiu novas máximas.
Resiliência em 2025: Apesar do cenário de juros elevados, tanto o S&P 500 quanto o Ibovespa tiveram desempenho positivo em 2025.
Prós
Diversificação e redução de risco: Com IVVB11, o investidor acessa 500 empresas globais em um só ativo, diluindo riscos idiossincráticos.
Exposição ao Dólar: O ETF proporciona proteção cambial, pois suas cotas refletem a variação do dólar além do desempenho das ações.
Alta liquidez e facilidade: Por ser lastreado no gigantesco ETF IVV nos EUA, o IVVB11 usufrui de alta liquidez.
Empresas de qualidade: As companhias do S&P 500 são, em sua maioria, lucrativas, bem estabelecidas e líderes de mercado.
Contras
Risco cambial (para o bem e para o mal): A exposição ao dólar é uma via de mão dupla. Se o real se apreciar frente ao dólar, o IVVB11 pode ter desempenho abaixo do esperado ou até negativo em reais, mesmo que o S&P 500 suba moderadamente.
Valuation elevado nos EUA: O mercado americano atingiu patamares de valuation relativamente altos após sucessivas altas.
Menor rentabilidade de dividendos: Comparado ao mercado brasileiro, o índice americano possui dividend yield mais baixo.
Fatores externos e regulatórios: Investir via IVVB11 implica aceitar riscos do ambiente externo: política monetária do Fed, desempenho da economia dos EUA, tensões geopolíticas, mudanças regulatórias globais, etc.
3. BOTZ: robótica e inteligência artificial
BOTZ é o código do Global X Robotics & Artificial Intelligence ETF, um fundo internacional que investe em empresas globais ligadas à robótica e IA. Com aproximadamente 50 ações no portfólio, o BOTZ inclui desde fabricantes de robôs industriais até gigantes de tecnologia voltados à IA.
Entre as principais posições estão Nvidia (referência em chips para IA), a japonesa Fanuc (robótica industrial) e empresas inovadoras como Intuitive Surgical (robôs médicos). Metade do capital do fundo está alocado em companhias de tecnologia, enquanto o restante se distribui entre setores como indústria e saúde. A taxa de administração é 0,68% a.a., um custo um pouco mais elevado devido à natureza temática e internacional do ETF.
Investir em produtos financeiros implica um certo nível de risco.
Em 2025, o BOTZ vem apresentando desempenho positivo, impulsionado pela euforia em torno da IA generativa e pelos resultados robustos de empresas-chave.
Perfil de investidor indicado: este ETF setorial é indicado para o investidor de perfil arrojado. É ideal como uma aposta moderada dentro da carteira, para quem deseja exposição ao tema de Inteligência Artificial de forma diversificada.
Por que BOTZ é um ativo a ser observado
Megatendência de longo prazo: A Inteligência Artificial e a Robótica deixaram de ser ficção científica e tornaram-se parte central da economia global. Empresas de vários setores estão adotando IA para inovar, reduzir custos e aumentar eficiência, desde fábricas automatizadas até serviços financeiros e de saúde. Estimativas indicam que o mercado global de robótica, avaliado em US$94 bilhões em 2024, pode quase quadruplicar para US$373 bilhões até 2034.
Inovação e catalisadores tecnológicos: avanços rápidos em IA, a queda de custos de computação e o desenvolvimento de robôs mais versáteis estão atuando como catalisadores.
Diversificação em empresas globais de IA: o ETF BOTZ proporciona uma diversificação temática: reúne empresas de vários países e indústrias. Isso inclui desde fabricantes de hardware (chips, sensores, robôs) até companhias de software e serviços de IA.
Valorização recente e momentum: 2023 e 2024 foram anos de disparada das ações de IA. Muitas subiram dezenas ou centenas de por cento impulsionadas pelo hype e pelos resultados efetivos (Nvidia, por exemplo, multiplicou seu valor).
Prós
Alto potencial de crescimento: O principal atrativo do BOTZ é a possibilidade de ganhos expressivos no longo prazo, acompanhando a expansão de um setor disruptivo.
Exposição a líderes tecnológicos: O BOTZ inclui empresas líderes e pioneiras na tecnologia global. Investidores têm acesso indireto a companhias inovadoras difíceis de selecionar sozinho, como fabricantes de robôs cirúrgicos, veículos autônomos e softwares de IA de última geração.
Diversificação setorial e geográfica: Apesar de temático, o ETF é bastante diversificado: abrange empresas de tecnologia, indústria, saúde e até energia que estejam envolvidas em automação.
Benefício da nova economia: Diferentemente de setores tradicionais, a área de IA/Robótica possui baixa correlação com commodities ou com a economia velha.
Contras
Volatilidade elevada: ETFs temáticos de tecnologia tendem a oscilar muito. O BOTZ não foge à regra, seu beta em relação ao S&P 500 é ~1,47, indicando volatilidade bem maior que o mercado amplo.
Risco de concorrência e hype: O setor de IA está em rápido desenvolvimento e há muita concorrência (startups disruptivas, gigantes incumbentes entrando no espaço).
Valuation e juros: Muitas companhias de robótica/IA negociam a múltiplos de lucro bastante elevados (P/L médio do fundo em torno de 35x).
Concentração temática: Embora o BOTZ seja diversificado dentro do tema, ele continua sendo um ETF concentrado em um só tema.
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ETFs promissores para fechar 2025
Os três ETFs acima, SMAL11, IVVB11 e BOTZ, despontam como destaques em dezembro de 2025 por motivos distintos. O SMAL11 oferece participação na esperada retomada das small caps brasileiras, o IVVB11 traz a força das líderes globais e diversificação internacional, e o BOTZ coloca o investidor na vanguarda de uma revolução tecnológica em curso.
Cada um tem suas vantagens e riscos, cabendo ao investidor avaliar quais se encaixam em sua estratégia, objetivos e perfil de risco. Com uma seleção criteriosa e visão de longo prazo, esses ETFs promissores podem contribuir para uma carteira de investimentos mais equilibrada, global e com alto potencial de crescimento no ano que se inicia.