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Guia completo sobre ETFs de soja no mercado brasileiro

Guia completo sobre ETFs de soja no mercado brasileiro

A soja tem uma história que remonta a milhares de anos. Originária da China, os primeiros registros de cultivo da soja datam de 13 mil anos atrás, fazendo dela uma das culturas mais antigas domesticadas pelo ser humano. Ao longo dos séculos, a soja desempenhou um papel importante na agricultura e na alimentação asiáticas, sendo valorizada pela sua alta concentração de proteína e versatilidade. 

A disseminação da soja para o resto do mundo começou no século XVIII, quando missionários e viajantes levaram sementes de soja para a Europa e para as Américas. Mas, foi no século XX que a soja se tornou um produto central na economia moderna. Isso porque durante esse período aumentou muito a demanda global pela proteína vegetal. A soja se destacou como uma cultura com alto teor proteico e capacidade de cultivo em larga escala. Além disso, a descoberta de métodos para extrair óleo de soja e produzir ração animal aumentou ainda mais a demanda pelo grão. Uma terceira área em que a soja se destaca é na produção de biocombustíveis, o seu biodiesel serve desde veículos de passeio até maquinários pesados. 

À medida que a demanda pela soja e seus subprodutos foi crescendo ao longo do século XX, foi necessário estabelecer preços e contratos padronizados para esse mercado, o que tornou a soja efetivamente uma commodity que começou a ser negociada no mercado financeiro. No texto a seguir você entenderá como o produto se tornou um ETF, as vantagens de investir na soja, seu contexto dentro do Brasil e algumas estratégias de investimento em ETFs de soja. 

Introdução aos ETFs de soja

Primeiro, recomendamos que compreenda bem o que é um ETF e a nova geração de ETFs de gestão ativa. Na sequência, nos aprofundaremos em ETFs de soja, que como explicamos anteriormente, é uma commodity do mercado financeiro. Portanto, vamos entender primeiro o que são ETFs de commodities para, em seguida, entrarmos nos ETFs de soja. 

O que são ETFs de commodities 

As commodities são produtos que funcionam como matéria-prima, sendo que suas características são uniformes e, portanto, o que define a quantidade de demanda e oferta é apenas o preço, algumas commodities são: soja, milho, feijão, entre outros. Portanto, o investimento é todo na produção em larga escala e a baixo custo. 

No mercado financeiro, uma das formas de investir em commodities é por meio de ETFs. Na bolsa de valores brasileira, existem ETFs de commodities diversificadas e também ETFs que se expõem a uma commodity específica. 

ETFs de soja na B3  

Para investir em ETF de soja, o mercado brasileiro possui a opção de investir em ETFs de commodities pela bolsa de valores brasileira, a B3.  Se você está à procura de liquidez em ETFs, saiba mais sobre os benefícios e os diferenciais desse tipo de ativo. 

Os principais ETFs que comercializam soja na bolsa brasileira são o ETF do Banco do Brasil – ticker AGRI11, e o ETF do Banco BTG – ticker CMDB11. O primeiro indica o desempenho de ações de companhias classificadas como agronegócio e que possuam suas ações negociadas na B3 e replica o índice IAGRO-FFS. Enquanto o segundo, tem como referência o Índice Teva Ações Commodities Brasil. 

Vantagens de investir em ETFs de soja

Dentre todas as commodities, a soja tem algumas características que a tornam única e interessante aos olhos dos investidores. Entre as principais estão: boa rentabilidade e alta demanda do grão. O plantio da soja também apresenta certas vantagens que a tornam atraente se comparada a outros produtos agrícolas, como o tempo de cultivo — menor do que outros produtos, custos de plantio relativamente baixos e resistência da planta a muitos herbicidas. 

Portanto, os ETFs que investem na soja colhem tais vantagens de maneira indireta ao investirem no cultivo do grão. Existem também produtos financeiros que investem na soja de forma direta, como ações. Quem investe em ações de produtores de soja, usufrui mais dos benefícios que o plantio do grão apresenta nos momentos de alta. Todavia, é fundamental lembrar que a soja, como qualquer outro produto, também tem os seus momentos de baixa, em que as ações caem consideravelmente e quem optou por essa forma de investimentos perde dinheiro. 

Os ETFs apresentam maior estabilidade, ao investirem em uma cesta de empresas relacionadas a diversos processos que envolvem a soja — plantação de soja, produção de óleo e biodiesel — ou mesmo a uma variedade de commodities. Isso promove maior estabilidade e segurança financeira, de forma que as curvas ascendentes não são tão acentuadas, assim como as quedas não são tão bruscas. 

Como analisar ETFs de soja no Brasil

No Brasil, a expansão da soja nas últimas décadas foi de tal ordem que o país tornou-se o maior produtor do mundo, com mais de 120 milhões de toneladas exportadas para outros países por ano. Isso porque o país possui muitas terras cultiváveis, especialmente no cerrado. O país exporta a maioria do grão para ser processado fora do país e transformado em produtos com alimentos, ração animal e biodiesel. 

Na forma de commodity, a soja chegou ao Brasil no ano de 1997, quando a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMF) lançou o contrato futuro de soja. A soja e o óleo de soja são negociados como produtos diferentes no mercado financeiro, o que permite uma gestão de risco mais precisa e também maior transparência e padronização dos preços. Com a chegada do grão na forma de commodity, ele foi incluído em ETFs que investem nessa espécie de produtos, como o AGRI11 e o CMDB11.

Para analisar os ETFs brasileiros que investem em soja é importante conhecer suas características. O CMDB11 oferece uma cesta de ativos formada por 31 ações dos setores de papel e celulose, mineração, siderurgia, óleo, gás, proteína animal, soja, entre outros. O ETF AGRI 11 é o primeiro ETF voltado para o setor agro do mercado e é composto por mais de 30 ações do setor de agronegócios, com as empresas que compõem a cesta divididas nos subsetores primário, insumos, agroindústria e agro serviços. A taxa de administração do primeiro, CMDB11, é de 0,50% ao ano, contra uma taxa de 0,35% a.a. do AGRI 11

É possível perceber, portanto, que o CMDB11 agrega mais setores em sua cesta, enquanto o AGRI11 está estritamente focado no mercado agro. Apesar da quantidade de empresas que compõem a cesta ser bastante parecida, 31 e 30 respectivamente, a quantidade de setores incluídos pode impactar fortemente no desempenho dos produtos, tanto positiva quanto negativamente em momentos de alta ou de baixa. Além disso, é importante considerar as empresas que gerem ambos os fundos, o AGRI11 é gerido pelo Banco do Brasil e o CMDB11 pelo Banco BTG; avaliando quem está à frente de cada uma das organizações, quais são os membros do conselho, como está o nível de transparência das informações e perspectivas futuras. Tudo isso impacta no desempenho dos ETFs de soja.    

Estratégias de investimento em ETFs de soja

Os ETFs funcionam bem para estratégias de investimento de longo prazo. Isso porque não estão sujeitos a variação de preços diárias, como as ações, exigindo, portanto, uma estratégia mais paciente e menos agressiva. Para ganhar dinheiro com ETFs de soja é necessário compreender como está a demanda mundial pela commodity e seus derivados, como rações, óleo de soja e biodiesel; e quais são as perspectivas futuras. 

Se o mercado está em um momento de baixa procura pela soja, os preços dos ETFs caem, logo essa é a hora certa para comprar o seu ETF de soja. Porém, o retorno não costuma vir em poucas semanas. É necessário aguardar que o cenário se altere e a demanda pelo grão volte a crescer para que seus investimentos comecem a gerar lucros. Isso pode demorar alguns meses ou até mais de um ano para chegar o momento ideal de vender os investimentos e lucrar. O mesmo vale para os ETFs que se expõem a commodities variadas, são ideais para quem busca certo nível de estabilidade e segurança na carteira de investimentos. 

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