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Melhores ETFs de ouro: conheça quais investir para proteger seu patrimônio

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Investir em ouro nunca saiu de moda, o metal voltou a ganhar os holofotes. Em um cenário em que diversos índices de renda variável acumularam perdas, o ouro registrou uma valorização de quase 25%, reforçando seu papel como proteção e reserva de valor.

Investidores brasileiros estão cada vez mais interessados em investir em ouro para proteger seu patrimônio da alta dos preços e diversificar suas carteiras. No primeiro semestre de 2025, o volume médio diário negociado em ativos ligados ao ouro na B3 mais que dobrou em relação a 2024.

Melhores ETFs de ouro brasileiros

Trend ETF Ouro (XP)GOLD110,30% a.a.118,8%18,8%
Investo Ouro (Investo)GLDX110,30% a.a.(lançado em 2025)-
iShares Gold Trust (BDR de ETF BlackRock)BIAU390,25% a.a.118,8%18,8%
Abrdn Physical Gold (BDR de ETF Abrdn)ABGD390,17% a.a.97,1%18,0%
  • O ETF GLDX11 foi lançado em 2025, portanto ainda não há dados consolidados de 3 anos ou 12 meses completos de volatilidade.
  • Os BDRs BIAU39 e ABGD39 são certificados lastreados em ETFs de ouro no exterior; apesar de terem menos liquidez local, sua volatilidade anual tende a acompanhar de perto a do ouro em dólar, girando em torno de 18% a.a. no último ano

1) GOLD11: O principal ETF de ouro do Brasil

Entre as opções disponíveis, o GOLD11 se consolidou como o ETF de ouro de maior destaque no mercado brasileiro, e por boas razões. Lançado em 2020 como o primeiro ETF de ouro do país, o Trend ETF LBMA Ouro (código GOLD11) é gerido pela XP Asset e busca replicar o índice LBMA Gold Price em reais, investindo nas cotas do iShares Gold Trust (IAU).

O desempenho do GOLD11 tem sido expressivo. Nos últimos três anos, o fundo acumulou aprox. 118% de rentabilidade, beneficiando-se tanto da alta internacional do ouro quanto da desvalorização cambial no período. Mesmo em um horizonte mais recente, de 12 meses, o ETF rendeu em torno de 38%, bem acima da inflação e do CDI, evidenciando seu potencial como proteção contra a inflação e eventos adversos.

gold11 grafico

Em suma, o GOLD11 desponta como o ETF de ouro mais completo para o investidor brasileiro, combinando alta rentabilidade histórica, liquidez superior e simplicidade operacional. Ele permite acessar a valorização do ouro de forma eficiente, funcionando como um seguro contra a perda do poder de compra da moeda e contra turbulências nos mercados globais.

Outras opções: BDRs de ETFs e novo ETF com dividendos

Além dos ETFs listados diretamente na B3, o investidor local pode recorrer aos BDRs de ETFs internacionais de ouro como alternativas de investimento. Os principais são exatamente os já citados BIAU39 e ABGD39, que permitem comprar na B3, em reais, cotas dos maiores ETFs de ouro do mundo.

graficos abgd39 e biau39

Recentemente, a B3 também passou a contar com um ETF de ouro que paga dividendos. Lançado em agosto de 2025, o AURO11 (Buena Vista Capital) adota uma estratégia diferenciada: além de manter ouro físico em carteira, o fundo realiza operações de venda coberta de opções (covered call) sobre o ouro, distribuindo os prêmios como proventos mensais aos cotistas.

grafico auro11

Melhores ETFs de Ouro internacionais

iShares Physical Gold ETCPPFB0,1270,0015,50
VanEck Gold Miners UCITS ETFG2X0,5357,0030,00
WisdomTree Physical Swiss GoldGZUR0,1556,9016,89
Invesco Physical Gold A8PSG0,1256,8615,79
HANetf The Royal Mint Responsibly Sourced Physical Gold ETCRM8U0,2256,4615,25
iShares Gold Producers UCITS ETFSPGP0,5554,8029,10

1) iShares Physical Gold ETC

O iShares Physical Gold ETC (ticker: PPFB) acompanha o preço spot do ouro, lastreado em barras físicas que atendem aos padrões da LBMA Good Delivery, mantidas em cofres segregados. Diferente de mineradoras ou contratos futuros, aqui estamos falando de ouro físico, puro e direto.

Principais características:

  • Nome do fundo: iShares Physical Gold ETC
  • Rentabilidade em 5 anos: +96%
  • Distribuição de dividendos: Não, trata-se de um fundo de acumulação
  • TER: 0,12%
  • Volatilidade (1 ano): 16,50%
Gráfico de desempenho do ETF PPFB em 2025, mostrando valorização consistente e tendência de alta year to date.

A estrutura física do fundo elimina o risco de contraparte e, por não realizar empréstimo de ativos, o tracking error é praticamente nulo, ficando restrito apenas à taxa de administração anual.

2) VanEck Gold Miners UCITS ETF

O VanEck Gold Miners UCITS ETF (ticker: G2X) oferece exposição direta às maiores mineradoras de ouro e prata do mundo. O fundo replica o NYSE Arca Gold Miners Index por meio de réplica física total e reinveste automaticamente os dividendos.

Principais características:

  • Nome do fundo: VanEck Gold Miners UCITS ETF
  • Rentabilidade em 5 anos: +68%
  • Distribuição de dividendos: Não, fundo de acumulação
  • TER: 0,53%
  • Volatilidade (1 ano): 30%

As 10 maiores posições representam cerca de 64% da carteira, com destaque para gigantes como Agnico Eagle (11,7%), Newmont (11,6%), Wheaton Precious Metals (7,5%) e Barrick Gold (7,2%). Do ponto de vista geográfico, o Canadá lidera a alocação com 52%, seguido pelos Estados Unidos (16%) e Austrália (11%).

Gráfico de desempenho do ETF G2X mostrando valorização consistente em 2025.

De forma geral, este ETF ainda mostra potencial de valorização, já que, embora o futuro do preço do ouro seja incerto (com espaço para novas altas), muitas mineradoras ainda estão começando a incorporar nos seus balanços os lucros extraordinários obtidos com a valorização do metal.

3) WisdomTree Physical Swiss Gold

O WisdomTree Physical Swiss Gold é um ETC que acompanha o preço do ouro por meio de reservas físicas colateralizadas. Ele não oferece proteção cambial e está registrado na ilha de Jersey.

Principais características:

  • Nome do fundo: WisdomTree Physical Swiss Gold
  • Rentabilidade em 5 anos: +95%
  • Distribuição de rendimentos: Não distribui dividendos (fundo de acumulação)
  • TER: 0,15%
  • Volatilidade (1 ano): 17%
Gráfico de desempenho do ETF GZUR em 2025, evidenciando tendência positiva e valorização acumulada no ano.

5) Invesco Physical Gold A

O Invesco Physical Gold A é um ETC que acompanha o preço do ouro por meio de uma obrigação colateralizada, lastreada em reservas físicas de ouro. O fundo é domiciliado na Irlanda, e o metal é armazenado em cofres aprovados pela London Bullion Market Association (LBMA), garantindo segurança e qualidade do ativo.

Principais características:

  • Nome do fundo: Invesco Physical Gold A
  • Rentabilidade em 5 anos: +96%
  • Distribuição de rendimentos: Não, trata-se de um fundo de acumulação
  • TER: 0,12%
  • Volatilidade (1 ano): 16,50%
Gráfico de desempenho do ETF 8PSG em 2025, mostrando valorização acumulada e tendência de alta year to date.

Entre os ETFs disponíveis na Europa, este é o que apresenta maior histórico de performance, além de ocupar o segundo lugar em ativos sob gestão (AUM).

6) HANetf The Royal Mint Responsibly Sourced Physical Gold ETC

O HANetf The Royal Mint Responsibly Sourced Physical Gold ETC acompanha o preço spot do ouro em USD por meio de uma obrigação colateralizada com reservas físicas do metal precioso.

Principais características:

  • Nome do fundo: HANetf The Royal Mint Responsibly Sourced Physical Gold ETC
  • Ticker: RM8U
  • Rentabilidade em 3 anos: 56,46%
  • Volatilidade em 3 anos: 15,25%
Gráfico de desempenho do ETF RM8U em 2025, evidenciando valorização consistente e alta expressiva year to date.

Este foi o primeiro produto financeiro patrocinado pela The Royal Mint. Assim como outros ETCs de ouro físico, trata-se de uma dívida lastreada em reservas reais de ouro, mas com um diferencial exclusivo: o investidor pode, sob certas condições, converter suas cotas em lingotes ou moedas de ouro físico, armazenados diretamente no cofre da The Royal Mint em Llantrisant, no País de Gales.

Após a invasão da Ucrânia pela Rússia, o fundo excluiu todos os lingotes de origem russa de sua carteira. Vale destacar, porém, que entre os produtos dessa categoria, este ETC apresenta o TER mais elevado.

7) iShares Gold Producers UCITS ETF

O iShares Gold Producers UCITS ETF oferece exposição direta às principais mineradoras de ouro globais, acompanhando fisicamente o índice S&P Commodity Producers Gold, que reúne 69 empresas do setor.

Principais características:

  • Nome do fundo: iShares Gold Producers UCITS ETF
  • Ticker: SPGP
  • Rentabilidade em 3 anos: 54,80%
  • Volatilidade em 3 anos: 29,10%
  • Distribuição de rendimentos: Não, fundo de acumulação
  • TER: 0,55%
Gráfico de desempenho do ETF SPGP em 2025, mostrando variação acumulada e tendência de recuperação ao longo do ano.

Por outro lado, apresenta uma volatilidade mais elevada (~29% no desvio padrão a 3 anos), refletindo o comportamento mais dinâmico e arriscado das ações de mineradoras em comparação ao ouro físico.

Prós e contras de investir em ETFs de ouro

Prós de investir em ETFs de ouro

  • Acesso facilitado: exposição ao ouro sem precisar comprar, transportar ou guardar o metal físico.
  • Alta liquidez: cotados em bolsa, podem ser comprados e vendidos facilmente durante o pregão.
  • Custos competitivos: geralmente apresentam taxas menores e spreads mais baixos do que o mercado de ouro físico.
  • Flexibilidade: variedade de produtos que se adaptam a diferentes perfis de investidor.

Contras de investir em ETFs de ouro

  • Ausência de posse física: o investidor não tem acesso direto ao metal.
  • Risco cambial: para quem investe em ETFs cotados em moedas estrangeiras (USD, EUR).
  • Distância regulatória: alguns produtos são domiciliados fora do Brasil.

Quais tipos de ETFs de ouro existem?

Existem diferentes tipos de ETFs de ouro, cada um com suas particularidades e formas distintas de exposição ao metal precioso. Veja os principais:

  • ETFs de ouro físico: fundos que investem diretamente em barras de ouro armazenadas em cofres de alta segurança.
  • ETFs de dívida colateralizada em ouro: estruturados segundo exigências da regulação europeia, esses produtos combinam características de títulos de dívida com lastro em ouro físico. O investidor não compra ouro diretamente, mas sim uma obrigação financeira garantida por reservas de ouro.
  • ETFs de futuros de ouro: em vez de deter o metal, investem em contratos futuros de ouro.
  • ETFs de mineradoras de ouro: aplicam em ações de empresas que exploram, extraem e produzem ouro. O desempenho depende não só do preço do metal, mas também de fatores como custos de produção, reservas, eficiência operacional e contexto geopolítico.
  • ETFs de ouro com hedge cambial: oferecem proteção contra variações cambiais, algo relevante quando o ouro está cotado em uma moeda diferente da do investidor.
  • ETFs de ouro alavancados e inversos: destinados a investidores experientes, buscam multiplicar o retorno diário do ouro ou gerar retorno inverso. Utilizam derivativos e são indicados apenas para operações de curto prazo com alta tolerância ao risco.

Vale a pena investir em ouro por meio de ETFs?

Aqui no Brasil, a gente já está acostumado com os ETFs listados na B3, que seguem uma estrutura mais simples e transparente. Mas na Europa a situação é diferente: lá, a forma mais comum de investir em ouro é através dos ETCs, que funcionam como uma dívida colateralizada. Na prática, isso mostra como a regulação europeia nesse tema ainda é atrasada quando comparada a outros mercados.

Lingotes de ouro e moedas empilhadas ao lado de um gráfico de crescimento que representa o investimento em ETFs de ouro.

O ponto de atenção é que, nesses produtos, o investidor não é dono direto do ouro físico. Em vez disso, ele se torna credor de uma obrigação emitida pela gestora. Se o emissor ou o custodiante tiverem problemas de solvência e o ouro não estiver bem segregado, existe o risco de não recuperar todo o capital investido.

Por isso, para quem pensa em investir, o ideal é sempre acompanhar de perto:

  • A proporção de ouro alocado e não alocado;
  • A saúde financeira do emissor e do custodiante;
  • Os relatórios de auditoria do ouro armazenado.

Não é alarmismo, é apenas uma forma de deixar claro o que realmente estamos comprando quando falamos em ETFs e ETCs de ouro no exterior.

  • Baixas comissões de trading.
  • Ampla gama de produtos.
  • Juros de até 4,83% em contas em USD e 3,49% em euros.
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Investir em produtos financeiros implica um certo nível de risco.

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