Fundos
Desde a chegada da Robinhood ao mercado de corretores, há um termo que aparece diariamente nos jornais e na mídia, mas que quase todos os investidores desconhecem: PFOF
No artigo de hoje, vou te contar rapidamente como funciona e o que você deve ter em mente para não perder dinheiro com os corretores que usam esse modelo de negócio.
PFOF é a sigla para Payment per order flow ou traduzido pagamento por fluxo de ordens. É um mecanismo de receita dos corretores pelo qual recebem comissões de centros de execução (fundos hedge, bolsas alternativas ou MTFs) por enviar ordens de seus clientes em vez de enviá-las aos principais centros de negociação.
Vejamos um pouco de contexto. A principal fonte de renda dos corretores tem tradicionalmente sido a renda das comissões que seus clientes geram por suas operações.
Nos últimos anos, novas formas de obter renda indireta dos clientes têm surgido no setor de intermediários financeiros. Isso levou ao surgimento de corretores que eram a contraparte das ordens dos clientes (market makers) ou rendimentos relacionados ao encaminhamento de ordens para pools de liquidez onde empresas ofereciam essa contraparte.
Com a chegada da Robinhood ao mercado americano, temos pela primeira vez um corretor que usa o PFOF como modelo de negócio.
Com um slogan de zero comissões diretas, atrai milhões de clientes e incentiva suas operações que, em vez de serem executadas na Nasdaq ou bolsas similares, são enviadas para a Citadel, um dos maiores hedge funds do mundo, que oferece contrapartida.
O negócio aqui está no volume. Pense que para cada ordem de cliente a Citadel ganha alguns centavos, comprando ações antes e vendendo-as para os clientes da Robinhood que lançaram ordens de mercado.
Este lucro de milhões de operações gera lucros extraordinários dos quais a Citadel e a Robinhood se beneficiam.
Os corretores nos Estados Unidos devem apresentar um modelo trimestral chamado Regra 606 onde devem detalhar quanto dinheiro recebem dessas entidades e onde executam as operações
O modelo Robinhood, conhecido por sua abordagem inovadora e uma experiência de usuário gamificada, tem chamado atenção por popularizar o daytrade e simplificar operações complexas com opções, até então restritas a grandes investidores.
No Brasil, a adoção direta do modelo Robinhood por corretoras é complexa e varia devido a diferenças regulatórias, culturais e de mercado. O modelo de negócios se baseia em pagamento pelo fluxo de ordens. Esse modelo, embora utilizado por corretoras nos EUA, pode não ser diretamente aplicável ou popular no Brasil devido a diferenças nas regulamentações financeiras e nas preferências de investimento dos brasileiros.
Além disso, o mercado financeiro brasileiro tem suas particularidades, como a forte presença de bancos tradicionais e o crescimento de fintechs e plataformas de investimento que já oferecem taxas reduzidas ou isenção de taxas em determinadas operações. Essas empresas podem incorporar aspectos do modelo Robinhood, como a gamificação e a simplificação da experiência do usuário, mas adaptando-os à realidade e às regulamentações locais.
A discussão sobre o modelo Robinhood no Brasil também envolve considerações sobre a educação financeira dos investidores e os riscos associados ao daytrade e investimentos de alto risco, especialmente para investidores inexperientes. A experiência dos EUA, onde o modelo Robinhood tem sido associado tanto a democratizar o acesso aos investimentos quanto a incentivar comportamentos de investimento arriscados, serve como um ponto de reflexão para corretoras e reguladores no Brasil.
Em resumo, enquanto o modelo Robinhood tem influenciado o mercado de corretagem global, sua aplicação no Brasil requer adaptações e considerações específicas ao contexto local. Corretoras brasileiras podem se inspirar em aspectos do modelo, mas sempre dentro do quadro regulatório e cultural do país.
A legislação e regulação do mercado financeiro brasileiro são distintas das dos Estados Unidos, onde o PFOF é uma prática estabelecida e regulada pela Securities and Exchange Commission (SEC).
No Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é o órgão responsável por regular o mercado de valores mobiliários, incluindo as atividades das corretoras. A CVM tem como um de seus princípios a transparência e a proteção dos investidores, o que inclui garantir que os investidores tenham acesso a informações claras e precisas sobre os custos e as taxas associadas aos seus investimentos.
A adoção de práticas como o PFOF no Brasil poderia levantar questões sobre conflitos de interesse e a necessidade de transparência para os investidores, especialmente considerando que tais práticas poderiam influenciar a forma como as ordens dos clientes são executadas pelas corretoras. Qualquer mudança ou adoção de práticas semelhantes ao PFOF no Brasil exigiria uma análise cuidadosa pela CVM, possivelmente acompanhada de ajustes na regulamentação para assegurar a proteção dos investidores e a integridade do mercado.
Portanto, é importante para investidores e profissionais do mercado financeiro no Brasil acompanhar as comunicações e regulamentações emitidas pela CVM para obter informações atualizadas sobre a legalidade e a prática de PFOF ou práticas similares no mercado brasileiro.
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