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Trading: o que é, como funciona e como investir?

o que e o trading

Você já ouviu falar em trading e quer entender melhor como funciona? Neste artigo, vamos explicar de forma clara o que é trading, quais são os principais tipos de operações, os riscos e oportunidades envolvidos e como você pode começar nesse mercado.

Além disso, vamos mostrar quais são os passos essenciais para iniciar no trading, quais produtos financeiros estão disponíveis e o que você deve avaliar antes de dar os primeiros passos.

Se o seu objetivo é aprender os fundamentos e descobrir se o trading combina com o seu perfil de investidor, siga a leitura e confira o guia completo.

Trading: o que é?

Trading é a prática de comprar e vender ativos financeiros, como ações, moedas, commodities e títulos, com o objetivo de obter lucro a partir das variações de preço.

É uma atividade que envolve riscos consideráveis e exige conhecimento técnico, disciplina e uma boa gestão de risco. Enquanto alguns traders conseguem alcançar retornos expressivos, outros podem acumular perdas significativas se não tiverem uma estratégia bem definida.

De forma geral, o sucesso no trading depende de ter um plano claro:

  • Perfis mais conservadores tendem a focar em operações de longo prazo, buscando consistência e menor exposição à volatilidade.
  • Perfis mais arrojados preferem explorar movimentos rápidos de curto prazo, tentando capturar ganhos especulativos.

Como funciona o trading?

O trading se diferencia do investimento tradicional principalmente pelo horizonte de tempo. Enquanto um investidor costuma comprar ações ou outros ativos financeiros para formar uma carteira de longo prazo, o trader busca ganhos em prazos mais curtos, que podem variar de alguns minutos a algumas semanas ou meses. É muito raro que uma operação de trading permaneça aberta por mais de um ano.

Na prática, o trader analisa o comportamento do mercado, identificando tendências ou possíveis reversões. A partir disso, define sua estratégia: pode optar por operar a favor da tendência ou assumir posições contrárias, tentando aproveitar momentos de correção.

Para tomar decisões mais precisas, o trader utiliza ferramentas gráficas, indicadores técnicos e modelos de análise que o ajudam a interpretar melhor os movimentos de preço e a gerenciar o risco de cada operação.

6 passos para iniciar no trading

Se você está pensando em dar os primeiros passos no trading, é importante ter um roteiro claro para evitar erros comuns e começar com mais segurança. A seguir, veja os 6 passos essenciais para iniciar no trading e construir sua jornada no mercado financeiro:

1. Estude e acompanhe traders de referência

Antes de entrar no universo do trading, é fundamental se preparar com informação de qualidade. O trading não é uma atividade simples: exige conhecimento sólido dos mercados financeiros e dos ativos que são negociados neles.

Por isso, dedique tempo a ler, assistir e acompanhar conteúdos sobre temas que vão fazer diferença na sua jornada:

  • Tipos de ativos financeiros (ações, moedas, commodities, índices, etc.)
  • Estratégias de trading usadas por traders profissionais
  • Análise técnica e análise fundamentalista, ferramentas básicas para tomada de decisão
  • Notícias econômicas e eventos globais que impactam diretamente o mercado

Quanto mais contato você tiver com materiais de qualidade e com a prática de traders experientes, mais preparado estará para construir sua própria visão de mercado.

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2. Conheça os principais ativos financeiros

Antes de começar a operar, é essencial entender quais produtos financeiros estão disponíveis no mercado e como cada um funciona. Essa base vai ajudar você a escolher os ativos mais adequados ao seu perfil e às suas estratégias de trading.

AçõesFácilAltosR$ 5.000
ETFsFácilBaixosR$ 12.500
Câmbio (Forex)DifícilMédiosR$ 2.500
FuturosDifícilAltosR$ 5.000
OpçõesMuito difícilAltosR$ 5.000
CriptomoedasMédioMédiosR$ 2.500
Renda fixa (Títulos)MédioBaixosR$ 5.000

Cada tipo de ativo tem suas próprias características e níveis de risco. Por isso, é essencial conhecer bem essas diferenças para escolher aqueles que estejam mais alinhados com o seu perfil de investidor e com os seus objetivos financeiros.

3. Escolher uma corretora de acordo com o seu perfil

A escolha da corretora é um dos passos mais importantes para quem quer começar no trading, já que ela será a ponte entre você e o mercado financeiro. Por isso, é fundamental optar por uma instituição que esteja alinhada ao seu perfil de investidor e às suas necessidades operacionais.

Na hora de decidir, leve em conta critérios como:

  • Regulação: verifique se a corretora é autorizada e fiscalizada por órgãos competentes, como a CVM no Brasil ou entidades internacionais.
  • Custos e comissões: avalie taxas de corretagem, spreads, custódia e outros custos que podem impactar sua rentabilidade.
  • Plataforma de negociação: a ferramenta deve ser estável, intuitiva e oferecer os recursos técnicos que você precisa.
  • Diversidade de ativos: quanto maior a variedade de produtos disponíveis (ações, forex, cripto, futuros, etc.), mais opções para diversificar sua estratégia.

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Investir em produtos financeiros implica um certo nível de risco.

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Investir em mercados financeiros envolve riscos.

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4. Regra dos 2%: controle o risco em cada operação

O gerenciamento de risco é um dos pilares do trading e precisa ser levado a sério para evitar prejuízos que comprometam todo o seu capital.

Uma regra bastante conhecida é a regra dos 2%, que recomenda nunca arriscar mais do que 2% do saldo total da sua conta em uma única operação.

Por exemplo: se você possui R$ 10.000 na corretora, o risco máximo em cada trade não deve ultrapassar R$ 200. Dessa forma, mesmo em caso de perdas consecutivas, seu capital continuará protegido e você terá fôlego para seguir no mercado.

5. Dê o próximo passo: invista no mercado real

Depois de estudar, praticar e escolher a corretora certa para o seu perfil, chega a hora de colocar a mão na massa e entrar no mercado real.

As contas de demonstração (ou “contas demo”) são muito úteis no início, pois permitem conhecer a plataforma e testar estratégias sem risco. No entanto, é importante entender que elas servem apenas como etapa de aprendizado.

Ficar tempo demais no ambiente simulado pode criar uma falsa sensação de segurança. No fim das contas, é no mercado real que você vai ganhar experiência de verdade, aprendendo a lidar com fatores como emoção, volatilidade e disciplina.

O trading não é um jogo: exige seriedade, gestão de risco e consistência para alcançar bons resultados.

6. Registre todas as suas operações

Uma prática essencial para evoluir no trading é documentar cada operação que você realiza. Esse hábito permite analisar seus acertos e erros, identificar padrões de comportamento e aprimorar sua estratégia ao longo do tempo.

Você pode usar uma planilha no Excel, Google Sheets ou até um diário de trading para registrar informações como:

  • Data da operação
  • Ativo negociado
  • Tamanho da posição
  • Nível de risco assumido
  • Resultado (lucro ou prejuízo)
  • Observações sobre a decisão tomada

Com o tempo, esse registro se torna um verdadeiro “raio-x” da sua performance, ajudando a entender o que funciona e o que precisa ser ajustado.

Principais estilos de trading e como funcionam

De acordo com o tempo em que uma operação permanece aberta, o trading pode ser classificado em quatro modalidades principais.

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1. Position Trading (operações de longo prazo)

O position trading é um estilo de operação no qual o trader mantém suas posições abertas por períodos mais longos, que podem durar semanas, meses ou até anos. Essa abordagem busca capturar movimentos amplos do mercado, aproveitando tendências consolidadas.

A principal vantagem dessa estratégia é que o investidor não precisa acompanhar cada oscilação de curto prazo. Assim, consegue reduzir o estresse diário e focar em decisões baseadas em análises mais profundas, seja técnica ou fundamentalista.

2. Swing Trading (operações de curto prazo)

O swing trading é uma estratégia que busca capturar movimentos de preço em horizontes curtos, geralmente entre alguns dias e algumas semanas. Diferente do day trade, o swing permite que o trader mantenha posições por mais tempo, tentando aproveitar oscilações relevantes sem precisar acompanhar o mercado a cada minuto.

Essa técnica costuma se apoiar fortemente na análise técnica, utilizando indicadores como MACD, RSI e médias móveis para definir pontos de entrada e saída. Embora exija acompanhamento frequente do mercado, o swing trading pode ser uma boa alternativa para quem deseja operar a curto prazo sem ficar o dia inteiro diante da tela.

3. Day Trade (operações intradiárias)

O day trade, também chamado de trading intradiário, é uma estratégia em que o investidor compra e vende ativos financeiros dentro do mesmo pregão. O objetivo é capturar movimentos de preço rápidos para obter ganhos no curto prazo, muitas vezes utilizando alavancagem.

Esse tipo de operação exige alto nível de conhecimento técnico, experiência prática e controle emocional, já que as decisões precisam ser tomadas em questão de minutos ou até segundos. Por isso, é uma modalidade mais indicada para traders que já possuem disciplina e uma estratégia bem definida de análise técnica.

4. Scalping (operações ultra rápidas)

O scalping é uma estratégia de trading que consiste em realizar diversas operações em intervalos muito curtos, geralmente gráficos de 1 a 5 minutos. O objetivo é aproveitar micro variações de preço para acumular pequenos ganhos sucessivos ao longo do dia.

Por ser um estilo de negociação extremamente rápido, o scalping exige alta disciplina, controle emocional e foco absoluto, já que qualquer erro pode se tornar caro. Além disso, para que funcione bem, é fundamental contar com uma corretora que ofereça execução de ordens ultrarrápida, spreads competitivos e boa infraestrutura tecnológica.

Embora seja atrativo para quem busca dinamismo, o scalping não é adequado para todos os perfis de investidor. Ele demanda experiência, paciência e conhecimento técnico avançado para ser consistente.

5. Trading com Inteligência Artificial

A Inteligência Artificial (IA) vem ganhando cada vez mais espaço no mercado financeiro, e ferramentas como o ChatGPT já estão sendo utilizadas por traders para aprimorar suas estratégias.

Na prática, o ChatGPT pode ser combinado com plataformas como o TradingView para auxiliar em backtests, análises de cenários e geração de insights sobre estratégias de trading. Isso permite ao investidor testar hipóteses, identificar padrões e até mesmo automatizar partes do processo de estudo.

É importante destacar que, até o momento, o ChatGPT não executa operações automaticamente, mas funciona como um apoio valioso na análise e no planejamento. Ainda assim, a decisão final de investir deve ser sempre do trader, especialmente porque nenhuma estratégia é infalível em todos os contextos de mercado.

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6. Copy Trading

O copy trading é uma forma de investimento que vem conquistando cada vez mais espaço no mercado financeiro. A ideia é simples: o investidor conecta sua conta a de outro trader e passa a replicar automaticamente as operações realizadas por ele, sem precisar ter experiência prévia ou conhecimento técnico avançado.

Essa modalidade pode ser especialmente atrativa para iniciantes ou para quem ainda não obteve bons resultados operando por conta própria, já que possibilita seguir estratégias de traders mais experientes.

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No entanto, é fundamental lembrar que resultados passados não garantem ganhos futuros e que o copy trading não elimina o risco de perdas. Além disso, apesar de permitir observar as decisões de outros traders, essa prática não substitui o aprendizado sobre análise técnica, fundamentalista ou gestão de risco, deixando o investidor dependente da performance de terceiros.

Principais produtos financeiros para operar na bolsa

Assim como existem diferentes estilos de trading, também há uma grande variedade de ativos financeiros que podem ser negociados nos mercados. Cada um possui características próprias, níveis de risco distintos e exige estratégias específicas.

A seguir, estão os produtos mais comuns utilizados por traders que atuam na bolsa de valores:

Operar com ações

Quando você compra ações, está adquirindo uma participação em uma empresa. Isso significa que se o preço da ação se valorizar, o seu investimento também aumenta. Por outro lado, se o preço cair, o valor aplicado será reduzido.

Além da valorização, muitos investidores escolhem ações também pelo pagamento de dividendos, que podem representar uma fonte recorrente de renda passiva.

Operar com futuros

Outra forma bastante comum de fazer trading é por meio dos contratos futuros. Esses derivativos permitem tanto proteger a carteira contra oscilações de preços (hedge) quanto especular sobre tendências de mercado.

No Brasil, os futuros são negociados na B3 (Bolsa de Valores do Brasil), em um ambiente altamente regulado e transparente, o que garante maior segurança nas operações. Ainda assim, é importante lembrar que, apesar da regulação, os futuros envolvem alavancagem, o que pode potencializar tanto os ganhos quanto as perdas.

Operar no mercado de Forex

O Forex (Foreign Exchange) é o maior mercado financeiro do mundo, onde se negocia a troca de moedas. Para investir nele, você precisa de uma corretora de Forex que ofereça uma plataforma online confiável, com acesso a cotações em tempo real, execução rápida de ordens e spreads competitivos.

Depois de abrir sua conta, é essencial definir uma estratégia de operação. Essa estratégia deve considerar:

  • O tamanho da posição em cada operação;
  • O prazo da negociação (se será de curtíssimo, curto ou médio prazo);
  • Os níveis de entrada e saída (take profit e stop loss) para proteger seu capital.

Além disso, é importante estabelecer um limite de capital por operação, evitando comprometer todo o saldo da conta em uma única posição. O Forex oferece liquidez global e oportunidades praticamente 24 horas por dia, mas também envolve alto risco, especialmente pelo uso de alavancagem.

Trading com Warrants

Os warrants são instrumentos financeiros que funcionam de forma parecida às opções, mas com prazos geralmente mais longos. Eles dão ao investidor o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender um ativo subjacente (como ações, índices ou moedas) por um preço predeterminado dentro de um período específico.

Na prática, isso significa que o investidor pode lucrar se o preço do ativo subir ou cair durante o prazo do warrant. Por serem derivados, os warrants permitem alavancar a posição com um investimento inicial menor em relação à compra direta do ativo.

No entanto, também apresentam alto risco: se o preço do ativo não se mover a favor da operação dentro do período estabelecido, o warrant pode perder totalmente o seu valor.

Trading com Commodities

O trading com commodities consiste em negociar produtos básicos como ouro, prata, petróleo, soja, milho ou café. A ideia é aproveitar as flutuações diárias de preço desses ativos, que variam conforme fatores macroeconômicos, geopolíticos e até climáticos.

Além da especulação, muitos investidores utilizam as commodities como uma forma de proteção contra a inflação. Isso porque, em períodos de alta inflacionária, os preços de matérias-primas tendem a subir, preservando o poder de compra do capital investido.

No Brasil, por exemplo, é comum negociar commodities agrícolas (soja, milho, café) ou energéticas (petróleo, etanol) diretamente na B3 ou por meio de contratos futuros.

Trading com Opções

O trading com opções financeiras envolve a negociação de contratos que dão ao investidor o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender um ativo subjacente (como ações, índices ou commodities) por um preço previamente definido, em uma data futura ou até ela.

Esse tipo de operação permite especular sobre movimentos de preços com potencial de rentabilidade significativa. No entanto, também apresenta riscos elevados, já que o valor das opções pode se deteriorar rapidamente caso o mercado não siga a direção esperada.

Por isso, o trading com opções exige conhecimento avançado em análise técnica e fundamentalista, além de uma boa gestão de risco. Muitos traders brasileiros utilizam opções na B3 tanto para proteção de carteira (hedge) quanto para estratégias especulativas de curto prazo.

Trading com criptomoedas

O trading de criptomoedas ganhou enorme popularidade nos últimos anos no Brasil e no mundo. Na prática, consiste em comprar e vender moedas digitais como Bitcoin, Ethereum e outras altcoins, buscando lucrar com as variações de preço, seja em operações de curto prazo ou como parte de uma estratégia mais longa.

Normalmente, esse tipo de negociação é feito em exchanges especializadas, que oferecem diferentes pares de negociação e permitem aproveitar a alta volatilidade típica do mercado cripto.

Trading profissional: técnicas e sistemas

Se você já tem experiência no mercado e busca levar sua atuação a outro nível, vale conhecer algumas modalidades que permitem profissionalizar a atividade de trading.

Essas formas de trading são mais comuns entre traders profissionais, fundos de investimento e instituições financeiras, mas alguns recursos já estão acessíveis para investidores individuais através de corretoras e plataformas avançadas.

Trading quantitativo

O trading quantitativo é uma forma avançada de operar nos mercados que utiliza modelos matemáticos e algoritmos para identificar oportunidades de negociação. Diferente do trading tradicional, que muitas vezes depende da intuição ou da análise fundamental feita pelo investidor, o foco aqui está em dados, estatística e padrões numéricos.

Os chamados “quants” (traders quantitativos) aplicam ferramentas de matemática financeira, estatística e ciência de dados para desenvolver estratégias capazes de prever tendências de preços e tomar decisões automatizadas. Isso envolve desde o estudo de séries históricas e backtests até a criação de modelos complexos de risco.

Uma das principais marcas do trading quantitativo é a sua dependência da tecnologia. Normalmente, os quants programam algoritmos de negociação automatizados que conseguem executar ordens em velocidade e frequência inalcançáveis para um ser humano. Esses sistemas são capazes de processar grandes volumes de dados de mercado em tempo real e operar de acordo com regras pré-estabelecidas, sem interferência emocional.

Trading automático

O trading automático, ou trading automatizado, é a prática de utilizar softwares e algoritmos para executar ordens nos mercados financeiros com mínima ou até nenhuma intervenção humana. Esses sistemas são programados para tomar decisões com base em critérios previamente definidos, como indicadores técnicos, padrões de preço ou sinais específicos do mercado.

A grande vantagem do trading automático é que ele permite que investidores e traders apliquem suas estratégias de forma mais rápida, objetiva e consistente, eliminando a influência das emoções ou de erros manuais que podem comprometer o resultado.

Enquanto o trading quantitativo se concentra em gerar sinais de compra e venda com base em modelos matemáticos e estatísticos, o trading automático leva esse processo um passo adiante: ele não apenas identifica as oportunidades, mas também executa as ordens de forma totalmente autônoma, tornando a atividade de investimento mais independente e livre de interferências emocionais.

Sistemas de trading

Um sistema de trading nada mais é do que um conjunto estruturado de regras e estratégias que orienta as decisões de compra e venda no mercado financeiro. Essas regras podem ser baseadas em indicadores técnicos, em fundamentos econômicos ou até em uma combinação dos dois.

A lógica por trás de um sistema é simples: padronizar o processo de tomada de decisão, de forma a reduzir a influência emocional e buscar um equilíbrio entre maximizar ganhos e controlar riscos.

Vale destacar que não existe sistema universal, aquilo que funciona bem para um trader pode não gerar os mesmos resultados para outro, já que tudo depende do perfil, da estratégia e do horizonte de tempo de cada investidor. Por isso, antes de adotar qualquer modelo, é fundamental ter uma boa base de gestão de risco e conhecimento sobre os ativos que serão negociados.

High-Frequency Trading (HFT)

O High-Frequency Trading (HFT), ou negociação de alta frequência, é uma modalidade de trading automatizado que faz uso de algoritmos avançados, servidores potentes e conexões ultrarrápidas para executar milhares de ordens em questão de microssegundos.

A lógica do HFT está em explorar pequenas oscilações de preço que ocorrem no curtíssimo prazo. Cada operação costuma gerar margens de lucro muito reduzidas, mas o elevado volume de transações permite que esses ganhos se acumulem de forma significativa ao longo do tempo.

Esse tipo de estratégia é considerado o estágio mais sofisticado e profissionalizado do trading automatizado, já que combina:

  • Velocidade extrema de execução
  • Algoritmos quantitativos complexos
  • Uso frequente de arbitragem entre diferentes mercados e ativos

Estima-se que o HFT seja responsável por uma parte expressiva do volume diário das bolsas globais, chegando a representar mais da metade das transações em mercados desenvolvidos.

Análise técnica: por que é importante para traders?

A análise técnica é uma das ferramentas mais utilizadas por traders no mundo inteiro. Ela se baseia no estudo de gráficos e do histórico de preços de um ativo para tentar antecipar seus movimentos futuros. O objetivo é identificar padrões e tendências de mercado que ajudem na hora de decidir se vale a pena comprar, vender ou manter uma posição.

Diferente da análise fundamentalista, que olha para indicadores econômicos e balanços de empresas, a análise técnica é focada exclusivamente no comportamento do preço e no volume negociado. Por isso, é considerada uma abordagem mais objetiva e prática para quem busca oportunidades de curto e médio prazo.

Entre os principais indicadores usados na análise técnica estão:

  • Índice de Força Relativa (RSI): mede se um ativo está em condição de sobrecompra ou sobrevenda.
  • Médias Móveis (MA): ajudam a visualizar a tendência predominante de preços ao longo do tempo.
  • Índice de Volatilidade (VIX): embora mais associado ao mercado americano, pode servir como termômetro da instabilidade do mercado.

Em resumo, a análise técnica pode ser uma grande aliada no trading, desde que seja usada em conjunto com uma boa gestão de risco e disciplina na execução das estratégias.

O que é essencial para ter sucesso no trading?

O trading não é algo que se aprende da noite para o dia. Para operar de forma consistente, é preciso levar em conta alguns fatores-chave:

  • Psicologia do trader: ter a mentalidade correta é fundamental, já que as emoções influenciam diretamente as decisões. Muitos iniciantes cometem o erro de abrir uma posição “por vingança” depois de perdas, sem análise prévia. O foco deve estar em fazer operações de qualidade, não apenas em ganhar ou perder dinheiro.
  • Gestão de risco: preservar o capital é o que garante longevidade no trading. Traders experientes geralmente arriscam apenas de 1% a 3% do capital por operação. Além disso, a relação risco/retorno é crucial: o ideal é buscar alvos que ofereçam pelo menos 2 ou 3 vezes mais lucro do que o risco assumido.
  • Estratégia de operação: todo trader precisa de um plano bem definido, que indique os pontos de entrada e saída. É nesse momento que entram o conhecimento de mercado e o uso da análise técnica.

É possível viver de trading?

O primeiro passo para quem sonha em viver de trading é dominar os conceitos básicos. Isso inclui entender como funcionam os diferentes mercados financeiros e, principalmente, os fundamentos da gestão de risco.

Em seguida, é necessário encontrar uma estratégia que esteja alinhada ao seu estilo de operação e objetivos financeiros. Isso exige estudo constante, prática em conta demo e, só depois, a transição para o mercado real.

Outro ponto essencial é definir limites claros de perda. Um trader disciplinado sabe exatamente quanto está disposto a arriscar antes de abrir uma operação e encerra a posição se o limite for atingido.

O trading pode sim gerar renda, mas não existe fórmula mágica. É uma atividade que demanda tempo, dedicação e disciplina emocional. Quem deseja transformar isso em profissão precisa estar disposto a estudar continuamente e aprimorar sua estratégia antes de arriscar grandes valores no mercado.

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