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Tesouro Direto descomplicado: invista com segurança a partir de R$30

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O Tesouro Direto começou 2025 com o pé no acelerador: só em janeiro foram 989.581 operações, somando R$ 8,76 bilhões em aplicações — um recorde histórico, segundo o Tesouro Nacional. Com investimentos a partir de R$ 30, títulos com vencimentos variados e a solidez do governo federal por trás, o programa se firmou como uma das formas mais seguras e populares de aplicar no Brasil.

Criado em 2002 pelo Governo Federal, o Tesouro Direto permite que qualquer pessoa física compre títulos públicos pela internet de forma direta e acessível.

E com milhões de brasileiros já investindo — e esse número crescendo mês a mês — fica a pergunta: qual título escolher, quais os riscos e como começar? Vamos direto ao ponto.

O que é o Tesouro Direto e como ele funciona?

O Tesouro Direto é um programa do Tesouro Nacional que permite a compra de títulos públicos diretamente do governo, e que são usados para o financiamento de projetos em áreas como saúde, educação e infraestrutura.

Em troca, o investidor recebe uma remuneração ao longo do tempo. Mas como funciona o Tesouro Direto? Todo o fluxo ocorre da seguinte maneira:

  1. O governo emite títulos públicos para captar recursos;
  2. Os investidores podem comprar esses títulos por meio do site do Tesouro Direto ou de corretoras autorizadas;
  3. Ao adquirir um título, você empresta dinheiro ao governo e recebe juros em troca;
  4. Você pode resgatar o investimento antes ou no momento do vencimento — mas a escolha entre um e outro vai afetar o rendimento final da aplicação.

Quais são os tipos de título do Tesouro Direto?

Cada título tem características que se encaixam em diferentes necessidades: seja para criar uma reserva de emergência, proteger seu dinheiro da inflação ou obter uma rentabilidade previsível. A seguir, explicamos os principais títulos do Tesouro Direto para você decidir qual é o melhor para o seu caso.

1. Tesouro Selic (LFT)

O Tesouro Selic é o título mais indicado para quem busca segurança e facilidade de resgate. E tudo porque a rentabilidade do ativo está vinculada à taxa Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira.

Isso significa que ele é uma ótima opção para quem quer manter uma reserva de emergência ou precisa de um investimento com alta liquidez (ou seja: para quem busca facilidade de resgate no curto prazo).

Portanto, se você investir 1.000 reais no Tesouro Selic, com um rendimento próximo a 11,75% ao ano, isso significa que, ao final desse período, seu investimento renderia aproximadamente R$ 117,50, com um total de R$ 1.117,50 em 12 meses.

2. Tesouro IPCA+ (NTN-B)

Se o objetivo é proteger seu dinheiro da inflação e garantir um rendimento extra, o Tesouro IPCA+ é uma boa escolha para análise.

Afinal, o título combina a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com uma taxa fixa para garantir que o seu dinheiro não perca valor ao longo do tempo.

Por exemplo: um título com IPCA + 5% ao ano garante que seu dinheiro seja corrigido pela inflação (IPCA) e ainda renda 5% acima disso. Portanto, se você investir R$ 1.000 em um Tesouro IPCA+ com o indicador + 5% e a inflação (IPCA) for de 6% no ano, seu rendimento será calculado da seguinte forma:

  • Correção pela inflação: 6% de R$ 1.000 = R$ 60;
  • Taxa fixa: 5% de R$ 1.000 = R$ 50;
  • Total ao final do ano: R$ 1.000 + R$ 60 + R$ 50 = R$ 1.110.

3. Tesouro prefixado (LTN)

Para quem gosta de saber exatamente quanto vai ganhar no futuro, o Tesouro prefixado é a melhor opção. Nele, a rentabilidade é definida no momento da compra, sem surpresas ou variações ao longo do tempo.

Assim, se você investir R$ 1.000 em um Tesouro prefixado com taxa de 10% ao ano, ao final do período você terá:

  • Rendimento: 10% de R$ 1.000 = R$ 100;
  • Total ao final do ano: R$ 1.000 + R$ 100 = R$ 1.100.

4. Tesouro Renda+

Voltado para quem deseja garantir uma aposentadoria com estabilidade, esse título oferece uma renda mensal fixa por 20 anos, após um período de acumulação. Ou seja, você investe durante um tempo determinado e, ao atingir a data escolhida para início do pagamento, começa a receber depósitos mensais.

É ideal para quem quer planejar o futuro com disciplina e previsibilidade, funcionando como uma alternativa de previdência pública complementar. A liquidez é baixa, pois o foco é o recebimento parcelado e prolongado pensado para aposentadoria, garante uma renda mensal durante 20 anos após o período de acumulação.

5. Tesouro Educa+

O Tesouro Educa+ é voltado para quem deseja garantir recursos futuros para a educação de filhos, netos ou dependentes. Assim como o Tesouro Renda+, ele funciona com um período de acumulação e outro de recebimento mensal.

A diferença está no objetivo: enquanto o Renda+ foca na aposentadoria, o Educa+ permite escolher uma data de início de pagamentos que coincida, por exemplo, com o ingresso na universidade.

É ideal para famílias que queiram construir um fundo educacional com segurança, previsibilidade e controle direto dos aportes.

Comparativo entre os títulos do Tesouro Direto

Se você está em dúvida sobre qual título escolher, essa tabela resume as principais características de cada um: da rentabilidade até o nível de risco e liquidez. Essa comparação ajuda a visualizar, de forma rápida, qual opção se encaixa melhor no seu perfil e nos seus objetivos financeiros.

TítuloRentabilidadeIndicação de usoLiquidezRisco
Tesouro SelicTaxa SelicReserva de emergênciaAltaBaixo
Tesouro IPCA+IPCA + taxa fixaProteção contra inflaçãoMédiaDe baixo a moderado
Tesouro PrefixadoTaxa fixaPrevisibilidade de ganhosMédiaDe baixo a moderado
Tesouro Renda+Parcela mensal por 20 anosAposentadoria de longo prazoBaixaModerado
Tesouro Educa+Parcela mensal por 5 a 15 anosPlanejamento educacional de dependentesBaixaModerado

Como faço para investir no Tesouro Direto? Passo a passo rápido

Investir no Tesouro Direto é mais simples do que muita gente imagina. Com apenas alguns passos, você pode começar a aplicar seu dinheiro em títulos públicos e, caso queira dar o primeiro passo, confira o guia abaixo para começar hoje mesmo:

  1. Abra uma conta em uma corretora: escolha uma corretora autorizada pelo Tesouro Direto ou acesse o site do título governamental;
Site do Tesouro Direto
Site do Tesouro Direto
  1. Transfira o dinheiro: caso utilize uma corretora, envie o valor que deseja investir para a sua conta na instituição;
  2. Escolha o título: decida entre Tesouro Selic, Tesouro IPCA+ ou Tesouro prefixado, e também analise o vencimento de cada título para que esteja de acordo com os seus objetivos;
  3. Compre o título: acesse a plataforma da corretora ou do Tesouro Direto e faça a compra;
  4. Acompanhe seu investimento: monitore o rendimento.

Na hora de escolher o melhor título do Tesouro Direto, aprenda a comparar cada ativo e a colocá-los em análise segundo os seus objetivos e necessidades. Para ajudar você a tomar a decisão certa, preparamos uma tabela comparativa com os principais títulos, confira:

Vantagens e riscos do Tesouro Direto

Como qualquer aplicação financeira, o Tesouro Direto tem as suas vantagens, mas também conta com pontos de atenção independentemente do seu perfil. E conhecê-los pode ajudar a tomar decisões alinhadas aos seus objetivos.

Vantagens do Tesouro Direto

  • Segurança pode serem títulos do governo.
  • Acessibilidade, com investimento a partir de R$ 30.
  • Diversidade de títulos, com opções para diferentes perfis.
  • Isenção de IR para títulos com mais de 2 anos.
  • Facilidade de compra e venda pela plataforma online do Tesouro ou corretoras.
  • Possibilidade de reinvestimento automático dos juros.

Riscos do Tesouro Direto

  • Inflação maior que o esperado: pode reduzir o ganho real, principalmente em títulos prefixados.
  • Oscilações na taxa Selic: afetam o valor de mercado dos títulos, impactando o investidor que vende antes do vencimento.
  • Mark-to-market: a rentabilidade pode ser menor no resgate antecipado, já que o preço do título varia conforme as condições do mercado.
  • Risco soberano: embora raro, o risco de calote do governo existe e está ligado à situação fiscal do país.

Tesouro Direto: panorama recente (dados de 2025)

No inicio de 2025, o Tesouro Direto registrou um recorde histórico de operações, com 989.581 transações realizadas, totalizando R$ 8,76 bilhões. Esse número representou um crescimento significativo em relação ao mês anterior e destaca a popularidade crescente dos investimentos em títulos públicos. As aplicações de até R$1 mil continuaram sendo a maioria, com 56% do total, e um valor médio por operação de R$8.855,67.

Os títulos mais vendidos foram:

  • Tesouro Selic: R$3,8 bilhões (44,1%)
  • Tesouro IPCA+ e similares: 30,1%
  • Tesouro Prefixado: 25,9%
  • Tesouro RendA+ e Educa+: juntos somaram R$419,4 milhões

O estoque total de títulos atingiu R$159,9 bilhões, com crescimento de 1,9% no mês e 22,9% em relação a janeiro de 2024. A maior parte está em títulos indexados à inflação, com R$81,1 bilhões (50,7%).

O programa contabiliza 3.010.879 investidores ativos (alta de 19,2% em 12 meses) e 31,49 milhões de investidores cadastrados (aumento de 15% no mesmo período).

Tesouro Direto ou outras opções de renda fixa?

Comparado a outros ativos de renda fixa, como o Certificado de Depósito Bancário (CDB) e a Letra de Crédito Imobiliário (LCI), o Tesouro Direto oferece a vantagem de ser lastreado pelo governo federal, o que reduz os riscos por ser uma instituição mais sólida.

Além disso, com o Tesouro Direto, hoje você pode investir com pouco dinheiro (títulos a partir de R$ 30) e ainda contar com uma boa rentabilidade anual.

Lembre-se, contudo, de que as vantagens só beneficiam o investidor caso estejam em alinhamento com o seu perfil. Por isso, é importante estudar cada ativo e contar com auxílio especializado para que suas escolhas estejam de acordo com o que você espera do mercado financeiro.

Mas, caso ainda esteja em dúvida, que tal começar com um valor pequeno e acompanhar os resultados? Utilize o simulador do Tesouro Direto para calcular os ganhos e escolher o melhor título, e comece a construir seu futuro financeiro.

Tesouro Direto vale a pena?

Com a popularização do Tesouro Direto e o volume crescente de investidores, fica claro que essa modalidade continua sendo uma porta de entrada sólida para a renda fixa no Brasil.

Se você quer começar a investir com pouco dinheiro e entender exatamente como seu dinheiro vai render, o Tesouro Direto é uma excelente escolha. Mas é essencial conhecer os riscos, principalmente se pretende resgatar antes do vencimento.

Para quem busca segurança, previsibilidade e opções alinhadas a diferentes objetivos financeiros, os títulos do Tesouro Direto seguem sendo uma escolha relevante. Além disso, o programa vem evoluindo com produtos voltados a planejamento de longo prazo, como o Tesouro Renda+, ampliando seu apelo também para quem pensa em aposentadoria.

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